“Axé é o fluido cósmico universal. Tudo tem axé: os minerais, as
matas, as folhas, os frutos, a terra, os rios, os mares, o ar, o fogo. Todos
nós, seres vivos, animamos um corpo físico que é energia condensada, e que
também pode ser definido como "uma usina de fluido animal" (um tipo específico
de axé), pois estamos em constante metabolismo energético para a sustentação
biológica da vida, que é amparada por um emaranhado de órgãos, nervos e
músculos, os quais liberam, durante o trabalho de quebra de proteína realizado
no interior de suas células, uma substância etéreo-física de que os mentores
espirituais se utilizam em forma de ectoplasma.
Durante a manifestação mediúnica no terreiro, são liberadas grandes
quantidades de ectoplasma, decorrentes do próprio metabolismo orgânico dos médiuns
e da multiplicação celular realizada em nível de plasma sanguíneo (na verdade,
uma variedade de axé). Portanto, estamos sempre produzindo novas matrizes
celulares, e a cada sete anos, em média, temos um corpo físico "novo".
Nossa fisiologia é sensível à produção de um manancial fluídico consistente e
necessário, uma espécie de "combustível" indispensável às curas,
desmanchos de magias e outras atividades espirituais que ocorrem nas sessões
mediúnicas, inclusive as cirurgias astrais.
Essa força fluídica que em tudo está é da natureza universal,
independentemente do nome que queiramos designá-la. Os orientais a definem como
prana. Numa linguagem mais esotérica, é fruto de variações, no plano
etéreo-físico, da energia primordial que sustenta o Cosmo, em maior ou menor
nível de condensação, para se manifestar no meio materializado afim. Existe uma
natural, permanente e constante permuta de axé entre os planos vibratórios e as
dimensões.
Liberam axé processos químicos do tipo: decomposição orgânica,
evaporação, volatização e corrosão de certos elementos. É possível a liberação
de axé do plano físico para o éter espiritual intencionalmente, por meio da
queima de ervas e macerações, ou nas oferendas rituais com frutas, perfumes,
água, bebidas e folhas.”
(Origem: Do Livro
“Umbanda Pé No Chão” – Ramatís/Norberto Peixoto – Editora do Conhecimento)
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