Sabedoria Ramatis

Sabedoria Ramatis

terça-feira, 26 de novembro de 2019

OGUM



É o Orixá que vence as demandas, que abre os caminhos e vem na frente para nos defender de todo mal. Orixá ligado à vontade, à atitude, perseverança, persistência, tenacidade. É a vibração que nos impulsiona a sobrevivência e não atua apenas nas situações de conquista e vitória em nossas lutas diárias. Sem reino vibratório específico, mas que atua na defesa de toda a natureza. Assim como veio na frente de Oxalá para completar a criação, assim o poder de realização de Ogum está em todos os lugares.

Na Umbanda não usamos regularmente o termo qualidade de Orixá, mas comumente conceituamos como desdobramento para caracterizar a fusão de dois ou mais Orixás num determinado momento de manifestação das forças da natureza, sem que se perca o vínculo com o Orixá que primeiro originou esse desdobramento ou cruzamento vibratório. São reinterpretações comuns no meio umbandista que não nos faz perder o empoderamento com os atributos originais dos Orixás – muito pelo contrário, os fortalecem. Então, temos os principais desdobramentos de Ogum, ou seja, o poder de realização pela vontade, que impulsiona à luta, à conquista e vitória, vibrando ou cruzando em harmonia com os demais Orixás:
- Ogum Megê: trabalha em harmonia com Omulu, em todo trabalho que envolva a energia da terra e combate à baixa magia. Está presente nos assuntos atinentes a desmanche de magia;

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

OS "NÓS" DE VIDAS PASSADAS QUE DESEQUILIBRAM O ENCARNADO NA VIDA PRESENTE




PERGUNTA: - Para nosso melhor entendimento, solicitamos outros exemplos de "nós" de vidas passadas que aturdem e desequilibram o encarnado na vida presente.

RAMATÍS: - Podemos afirmar que esses "nós" das vidas anteriores, que repercutem negativamente na vida presente de um encarnado, são como resíduos cármicos, espécies de fragmentos da aplicação justa da Lei de Causa e Efeito diante das vivências na carne do espírito imortal. "Flutuam" aos milhares junto à superfície consciencial, pois nem todos são deletérios e ruins, a maioria é benéfica e boa. São contidos no grande oceano do inconsciente milenar que jaz em vosso psiquismo de profundidade, nos escaninhos do Eu Espiritual. Um exemplo: uma esposa é depressiva e irrequieta no relacionamento amoroso com seu esposo, a ponto de entrar em crises de choro compulsivo descontrolado. Ao mesmo tempo, o companheiro a sufoca, não depositando nela o mínimo de confiança.
No atendimento apométrico, um médium se vê como sendo ela em vida anterior, presa em uma torre de um castelo medieval, torturada pelo atual marido, que também era seu companheiro no passado.
A desequilibrada de hoje está presa num quarto escuro e é regularmente espancada pelo esposo, que não a perdoa pelas inúmeras infidelidades sexuais cometidas com os guardas do palácio. Noutro caso, uma jovem sofre de colite, sem causa aparente nos diagnósticos médicos realizados.
No grupo de Apometria autorizamos um médium a sintonizar o problema e ele verifica a ocorrência pregressa de envenenamento em campo de concentração e tortura nazista. Desfaz-se essa expressão de horror residual que repercutia na vida presente, sem causa aparente. Em outro ainda, um homem de meia-idade padece de tosse crônica, insuficiência respiratória e constante inflamação nos olhos. Tendo sido um sacerdote maia da época das invasões espanholas, foi obrigado a assistir à queima de toda a sua aldeia e seus habitantes, desencarnando sufocado no meio da fumaça durante tal tragédia, na época da Inquisição. São muitos os exemplos. Esses casos têm o mérito de demonstrar-vos que sois afetados pelo estado único de espírito, e que não dependeis exclusivamente da roupa física que estais vestindo num determinado momento existencial. Não nos preocupamos em coletar o máximo de detalhes históricos dos consulentes suscetíveis a servirem de exemplos.

terça-feira, 19 de novembro de 2019

AS CONSEQUÊNCIAS DA ALIMENTAÇÃO CARNÍVORA



"Expomo-vos aquilo que deve ser meditado e avaliado com urgência, porque os tempos são chegados e não há subversão no mecanismo sideral. É mister que compreendais, com toda brevidade, que o veículo perispiritual é poderoso ímã que atrai e agrega as emanações deletérias do mundo inferior, quando persistis nas faixas vibratórias das paixões animais. "

PERGUNTA: — Surpreendem-nos as vossas asserções algo vivas; muita gente não compreende, ainda, que essa grave impropriedade da alimentação carnívora causa-nos tão terríveis consequências! Será mesmo assim?

RAMATÍS - anjo, já liberto dos ciclos reencarnatórios, é sempre um tipo de suprema delicadeza espiritual. A sua tessitura diáfana e formosa, e seu cântico inefável aos corações humanos não são produtos dos fluidos agressivos e enfermiços dos “patê de foiegras” (pasta de fígado hipertrofiado), da famigerada “dobradinha ao molho pardo” ou do repasto albumínico do toucinho defumado!
A substância astral, inferior, que exsuda da carne do animal, penetra na aura dos seres humanos e lhes adensa a transparência natural, impedindo os altos vôos do espírito. Nunca havereis de solucionar problema tão importante com a doce ilusão de ignorar a realidade do equívoco da nutrição carnívora e, quiçá, tarde demais para a desejada solução.
Expomo-vos aquilo que deve ser meditado e avaliado com urgência, porque os tempos são chegados e não há subversão no mecanismo sideral. E mister que compreendais, com toda brevidade, que o veículo perispiritual é poderoso ímã que atrai e agrega as emanações deletérias do mundo inferior, quando persistis nas faixas vibratórias das paixões animais. E preciso que busqueis sempre o que se afina aos estados mais elevados do espírito, não vos esquecendo de que a nutrição moral também se harmoniza à estesia do paladar físico.

QUAL A ORIGEM ORGÂNICA DOS CABELOS? SÃO REALMENTE CONDUTORES DE ELETRICIDADE?


PERGUNTA: - Qual é a importância dessa origem orgânica dos cabelos com o seu metabolismo elétrico?

RAMATÍS: - O cabelo, na verdade, é um líquido que, devido ao contato com o ar atmosférico e com a temperatura inferior do corpo humano, consolida-se em matéria córnea, sólida. Aliás, o organismo produz diariamente 30 metros de substância córnea líquida, só para a formação dos cabelos. O líquido é bom condutor de eletricidade e predomina na formação do cabelo, motivo por que este também recebe maior carga elétrica na sua composição.
Os cabelos, na sua conformação de microscópicos canudos, são vigorosos condutores de eletricidade animal, dotados de carga positiva, isto é, pobres em elétrons. Então expelem chispas, quando, por exemplo, são esfregados com um pente de âmbar, o qual é um corpo carregado de energia negativa e conhecido em física por um "corpo dielétrico".


PERGUNTA: - Então há fundamento em certas lendas e superstições de povos antigos sobre a força dos cabelos?

RAMATÍS: - Ainda hoje diz-se que o homem com "cabelos nas ventas" é genioso, bravo e enérgico, talvez pela intuição de que se trata de criatura com "excesso de eletricidade" a escorrer-lhe pelas pontas da cabeleira através da fronte.
A força de Sansão estava nos seus cabelos e ele enfraqueceu-se quando Dalila os cortou!
Os cabelos de uma pessoa normal podem aguentar 400 quilos, com facilidade, como provam os artistas e ginastas de circos. Sem dúvida, é preciso ter-se o cuidado de distribuir tal peso equitativamente entre todos os fios de cabelo. Não quer isto dizer que o fato de o homem possuir mais ou menos cabelo também explique a sua maior ou menor tonalidade de força, vigor e gênio.
A cabeleira, no entanto, é a região onde mais se aglomera a eletricidade e o magnetismo animal, porque nela é mais intensa a sua fuga pelas pontas.
A prova de que a maior cota de eletricidade biológica do indivíduo escorre veementemente pela sua cabeleira, a qual também é fortemente impregnada de éter-físico, verifica-se nos indivíduos que ficam de cabelos brancos, instantaneamente, sob forte comoção produzida pelo medo, ansiedade ou pavor da morte. A sua descarga emocional violenta, oriunda de uma eletrização inesperada, converge, justamente, para a zona onde se acumula e se escoa o fluxo elétrico humano!

O MAU OLHADO



PERGUNTA: O mau-olhado é sempre consequência de uma pessoa maldosa?
RAMATÍS: O mau-olhado, já explicamos, também pode originar-se acidentalmente de estados de espírito censuráveis, como ambição, inveja, ciúme, despeito, ira, cobiça ou vingança, projetando fluidos ruinosos.
Mas há pessoas de bons sentimentos portadoras do mau-olhado, que sofrem crucialmente por causa das mortificações e prejuízos ou males involuntários semeados na vida do próximo! Basta, às vezes, expressar o desejo muitíssimo natural de possuir uma planta, ave ou animal, que outros possuem, para que a carga fluídica acumulada no olhar se despeje sobre tais coisas ou seres, produzindo efeitos nefastos, como doença, melancolia e até a morte.


PERGUNTA: Por que as pessoas de bons sentimentos também podem ser portadoras do estigma do mau-olhado?

RAMATÍS: Infelizmente, conforme preceitua a lei cármica, a "semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória". Em consequência, mesmo depois de nortearmos a agulha de nossa vida espiritual para o Norte do Cristo, ainda temos de colher os frutos ruins da sementeira imprudente do pretérito. Embora a criatura viva atualmente uma conduta sadia e benfeitora, nem por isso ela fica livre dos efeitos daninhos que resultam dos seus desatinos pregressos.
A criança, que por traquinagem ou rebeldia espalha o lixo no jardim ou nas calçadas, é obrigada a recolhê-lo novamente, embora prontifique-se a jamais cometer tal desatino. Quem transforma o seu lar num salão de festas sob a prodigalidade alcoólica, depois terá de limpar o assoalho, os móveis e tapetes, mesmo que deplore a sua imprudência. O homem que, num momento de cólera, envenenou a cisterna de água pura, mesmo depois de arrependido terá de esgotá-la completamente para mitigar a sede.
O espírito que em vidas anteriores serviu-se indiscriminadamente de energias subvertidas para semear prejuízos e dores alheias, a fim de usufruir egoisticamente os bens prematuros, mesmo depois de convertido ao bem, ainda sofre os efeitos dos seus atos ruinosos.

terça-feira, 12 de novembro de 2019

"O CONHECIMENTO NÃO É PROPRIEDADE SOMENTE DOS ESPÍRITOS BONDOSOS. A SABEDORIA SIM. "



"As influenciações são muito sutis. Na intenção de abalar e acabar com um agrupamento de trabalhadores da mediunidade, as organizações trevosas movimentam os mais variados recursos e tecnologias. O conhecimento não é propriedade somente dos espíritos bondosos, a sabedoria sim.
Imaginai o manancial de conhecimento que adquiriu um espírito empedernido no mal, no ódio, em milênios de reencarnações, e mais algumas centenas de anos, conseguindo fugir à encarnação, tal o seu poder mental, imperando no baixo Astral como se fosse Príncipe, com disciplina rígida sobre seus súditos, liderando exército de seguidores, caracterizando-se por verdadeiro mago negro. Conhecedor profundo da psicologia e da fisiologia humana, estuda com frieza e pormenorizadamente, dispondo de recursos técnicos condizentes, por extenso período e sem pressa, os pontos fracos e as brechas cármicas daqueles que quer fragilizar. Aumenta, acentuadamente, os sentimentos negativos, quando lhe dão abertura, num processo de indução mental. Cria situações as mais variadas e engenhosas para o envolvimento e, quando menos espera, o médium está em conflito com o dirigente ou odiando o irmão ao lado, em ocorrência que beira o inusitado e por motivo o mais banal."


RAMATÍS - CHAMA CRÍSTICA
NORBERTO PEIXOTO



imagem fonte: Banco de imagens e fotos de Man Flashlight Face

sexta-feira, 8 de novembro de 2019

O MÉDIUM E A MISTIFICAÇÃO


PERGUNTA: — Todos os médiuns podem ser mistificados?

RAMATÍS: — A mistificação mediúnica ainda é problema que requer minucioso estudo e análise isentos de qualquer premeditação pessoal, porquanto nela intervém inúmeros fatores desconhecidos aos próprios médiuns que são vítimas desse fenômeno. A Terra ainda é um planeta em fase de ajuste geológico e de consolidação física; a sua instabilidade material é profundamente correlata à própria instabilidade espiritual de sua humanidade. Em consequência, ainda não podeis exigir o êxito absoluto no intercâmbio mediúnico entre os "vivos" e os "mortos", pois que depende muitíssimo do melhor entendimento evangélico que se puder manter nessas relações espirituais. Só os médiuns absolutamente credenciados no serviço do Bem, e assim garantidos pela sua sintonia à faixa vibratória espiritual de Jesus, é que realmente poderão superar qualquer tentativa de mistificação partida do Além-Túmulo. Na verdade, os agentes das sombras não conseguem interferir entre aqueles que não se descuidam de sua conduta espiritual e se ligam às tarefas de socorro e libertação dos seus irmãos encarnados.

PERGUNTA: — A mistificação que pode dar-se com o médium significa porventura descuido ou indiferença dos seus guias espirituais?

RAMATÍS: — Ela é fruto de circunstâncias naturais criadas pelo medianeiro, ou do descuido daqueles que ainda imaginam a sessão espírita como um espetáculo para impressionar o público.
O Espírito mistificador sempre aproveita o estado de alma, a ingenuidade ou a vaidade do médium para então mistificar. No entanto, podemos vos assegurar que a mistificação não acontece à revelia dos mentores do médium, embora eles não possam ou não devam intervir, tudo fazendo para que os seus intérpretes redobrem a vigilância e acuidade psíquica, a fim de se fortalecerem para o futuro. Na verdade, a maioria das mistificações deve-se mais ao amor próprio exagerado, à preguiça mental, e também ao excesso de confiança dos médiuns no intercâmbio tão complexo e manhoso com o plano invisível, em que se abandonam displicentemente à prática de sua faculdade mediúnica.

O EFEITO DA DEFUMAÇÃO NO PLANO ASTRAL E ETÉRICO.



PERGUNTA: - Como poderíamos ter uma ideia melhor do efeito energético da defumação atuando simultaneamente no plano astral e etérico?

RAMATÍS: - Desde o instante em que as ervas principiam a germinar no seio da terra até o momento em que são colhidas, elas extraem do solo toda a sorte de minerais, vitaminas, proteínas, sais químicos e umidade, além de imantadas pelos raios solares, eflúvios elétricos e magnéticos provindos da própria Lua, além de impregnados do ectoplasma terráqueo, super carregadas de éter-físico, prana e da energia vigorosa que é o fogo "kundalíneo". Algumas plantas são fontes prodigiosas de utilidades benfeitoras à humanidade, já na sua contextura física, como é a carnaubeira, vegetal da família das palmáceas.
O homem pode extrair dela: açúcar, sal, álcool, ração para o gado, madeira para habitação, combustível para iluminar, resina para cola, medicamento para sífilis, úlceras, erupções e reumatismo. São mais de 40 utilidades já catalogadas nessa planta maravilhosa, cujo poder e serventia, considerados apenas no campo físico, ainda prolongam-se pelo mundo etéreo-astralino, num campo de forças incomuns! Enfim, todo o potencial que se elabora no seio da planta, durante os meses de sua vivência no solo seivoso da terra, depois é liberto em alguns minutos da defumação, projetando em torno um potencial de forças, que, além de sua manifestação propriamente física, ainda desagregam miasmas e bacilos astralinos disseminados no ambiente humano.
A queima de ervas defumadoras também obedece a uma determinada disciplina mental ou concentração, atraindo a cooperação de espíritos de pretos-velhos, caboclos e bugres, simpáticos a tal processo tradicional de defesa psíquica, os quais ajudam a amenizar na limpeza das pessoas enfeitiçadas.

A QUEIMA DE ERVAS AROMÁTICAS AFASTA OS MAUS FLUIDOS?



PERGUNTA: - A defumação feita pela queima de ervas odorantes afasta os maus fluidos, ou trata-se apenas de crendice?

RAMATÍS: - Antigamente era crendice colocar prego enferrujado no vinho para reconstituir o sangue, mas, hoje, a farmacologia moderna prepara qualquer medicação. contra a anemia, acrescentando-lhe "citrato de ferro", ou seja, algo de prego enferrujado! No futuro, a Botânica também demonstrará, cientificamente, que durante a queima de ervas odorantes desprendem-se energias ocultas, potencializadas no éter vegetal e que podem afastar os maus fluidos do ambiente onde atuam. Sem dúvida, seria absurdo alguém mobilizar fumaça de ervas, para limpar paredes, abrir janelas ou descascar batatas.

quarta-feira, 6 de novembro de 2019

A MISSÃO DA UMBANDA



A umbanda é a mais universalista das religiões, doutrinas ou filosofias existentes atualmente na Terra. Não por acaso, tem sua porta aberta a todos os espíritos, independentemente de sua forma ou crença: "Todas as entidades serão ouvidas, e nós aprenderemos com os espíritos que souberem mais e ensinaremos àqueles que souberem menos; a nenhum viraremos as costas nem diremos não, pois esta é a vontade do Pai", já dizia o Caboclo das Sete Encruzilhadas na fundação da umbanda. Assim, negros, índios, baianos, chineses, ciganos, doutores, profetas, sábios, iogues, santos celestiais e andarilhos dos umbrais, todos são o povo da umbanda. Ela é universalista em sua essência doutrinária, e todos os livros sagrados estão contidos em seus ensinamentos. É normal enxergardes um Pai João ou Caboclo Roxo no terreiro recitando Jesus, Buda, Krishna, Zoroastro ou Confúcio; todos são importantes, todos são bem-vindos. Baforadas xamânicas, magnetismo egípcio, medicina ayurvédica, ervas diversas, cromoterapia.
Como é divina a magia da umbanda! Dispensa os dogmas paralizantes e alarga as capacidades anímico- mediúnicas; fortalece o amor e amplia o entendimento espiritual fazendo o ser, aos poucos, se voltar para o Todo, onde um dia esteve e para onde voltará como individualidade imortal, liberta das formas transitórias e de suas personalidades ilusórias.

QUE É A DOR?




PERGUNTA: — Como poderíamos ter uma idéia mais específica da dor? Que é a dor, enfim? Como se manifesta ela no homem?
RAMATIS: — A dor é produto de desequilíbrio magnético na estrutura do organismo psicofísico do homem; assemelha-se a um curto-circuito que ocorre na rede magnética ou eletrônica sustentadora do perispírito, e que repercute em qualquer região orgânica mais vulnerável, com um impacto energético capaz de provocar o desequilíbrio atômico. Sem dúvida, a dor,o sofrimento ou a enfermi(lade têm sua origem na perturbação do psiquismo. Por mais que se focalize a dor em sua expressão mais periférica, fundamentalmente ela parte de um desequilíbrio psíquico “interatômico”.

domingo, 3 de novembro de 2019

"O INFERNO TEOLÓGICO É UM PRODUTO DA IMAGINAÇÃO LENDÁRIA DO PASSADO RELIGIOSO"



Pergunta: Não será provável que o Inferno e o Diabo, da tradição bíblica, sejam idéias decalcadas da própria realidade do astral inferior, percebida pelos videntes da época?
Atanagildo: O inferno teológico é um produto da imaginação lendária do passado religioso, adaptada à compreensão de uma humanidade ainda atrasada. Daí o fato de se descrever o sofrimento no astral inferior como um reinado de Belzebu, com as características das torturas primitivas e dos castigos mais conhecidos e empregados naquela época. Para que a humanidade ficasse impressionada - pois que de outro modo não o ficaria - foi preciso dizer que os infelizes pecadores deveriam ser cozidos em caldeirões de água, cera ou chumbo ferventes, e assados entre carvões e enxofre. É óbvio que, se o Inferno fosse imaginado no vosso século atual, os religiosos poderiam descrevê-lo como provido de todos os recursos científicos modernos, em matéria de destruição, tais como instalação de cadeiras elétricas, bombas asfixiantes, câmaras frigoríficas ou superaquecidas, e tudo que o cidadão do século XX descobriu para aliviar a superpopulação do seu planeta... Sem dúvida, o Inferno eletrônico do século XX não só poderia dispensar os seus caldeirões anacrônicos e anti-higiênicos, como também abandonar o sistema obsoleto de queima de enxofre e carvão, cujo braseiro vultoso consome verbas astronômicas sem esperanças de que Satã obtenha indenização por parte de pecadores já completamente falidos. Sem dúvida, o Diabo sentir-se-ia eufórico e venturoso, nesse Inferno modernizado e automático, onde, para se moverem talhas, guinchos e vagonetes admiravelmente eletrificados, bastar-lhe-ia um rápido acionar de botões, e todo o Inferno funcionaria na mais efusiante sinfonia de gritos, berros e barulho de ventiladores e exaustores elétricos, eliminando o cheiro da carne assada!
A Ciência e a Indústria, bastante desenvolvidas no vosso mundo, poderiam fornecer o aparelhamento de torturas mais genial e eficiente para o Inferno, acomodando-o na conformidade dos tipos, pesos e torpezas dos pecadores modernos. Acredito que os comodistas e os ociosos teriam que repousar eternamente sobre confortáveis redes anatômicas, elétricas; os exploradores do próximo rodariam de modo divertido dentro de modernas máquinas de lavar roupa, mas repletas de água fervente, que lhes arrancaria a pele sem danificar os órgãos; os avarentos seriam condenados a contar moedas de cobre eletrificadas por alta tensão; os falsários e os hipócritas ficariam se debatendo dentro de fornos elétricos, aquecidíssmos, tentando abrir e fechar suas portas falsas e sem saída; os coléricos e irascíveis seriam colocados incessantemente sob chuveiros elétricos de água fervente; os cruéis seriam colocados em excelentes churrasqueiras rodantes, enquanto os administradores relapsos e delapidadores do patrimônio público ver-se-iam condenados a servir-se de poderosas canetas eletrificadas, eternamente obrigados a encher cheques feitos de folhas de aço...

sábado, 2 de novembro de 2019

OS CAMINHOS DE OGUM E AS ENCRUZILHADAS DE EXU NOS IDOS DA UMBANDA



Quando o Caboclo das Sete Encruzilhadas profetizou que, para ele, "não haverá caminhos fechados", utilizou-se dos atributos divinos com poderes de realização de dois orixás, a saber: Exu e Ogum.

É notória a relação estabelecida entre os caminhos e as encruzilhadas. Ogum é o Orixá dos caminhos, mas é Exu que abre e fecha as encruzilhadas. Então, o mito fundante da Umbanda tem a personagem principal, o Caboclo das Sete Encruzilhadas, como uma entidade que assimila as forças de concretização do projeto da religião nascente nestes dois Orixás, que vão à frente, literalmente tirando os obstáculos do percurso.

O nome adotado pelo espírito responsável por viabilizar a nova religião para a humanidade esclarece a própria formação do imaginário umbandista, que se apresenta como sete encruzilhadas, onde se encontrarão várias tradições e saberes; catolicismo, espiritismo, religiões tradicionais africanas, pajelança indígena, esoterismo e os novos cultos da diáspora amalgamados com as práticas mágicas populares, dando abertura ainda para influências esotéricas das mais diversificadas origens. Sem dúvida, este encontro de caminhos que se cruzam produziu a fermentação do "bolo", que não parou por aí.


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