"A
primeira e básica idéia da Filosofia Hermética é o axioma "aquilo que está
em cima é como o que está embaixo". Uma analogia ao macrocosmo, o
"corpo" de Deus na infinitude universal, com seus meteoros,
satélites, astros, estrelas, constelações e galáxias em relação ao corpo
humano, com suas células, bactérias, resíduos metabólicos, órgãos e mente; o
mundo grande, que é o Cosmo, e o pequeno mundo, que é o homem, correIa cio
nados pela Lei de Correspondências Vibracionais. Nos escritos daquele sábio,
está expresso que o Cosmo é feito à imagem de Deus; logo, o homem à imagem do
Cosmo. Os sábios e os sacerdotes iniciados da Atlântida já conheciam plenamente
essas interações cósmicas.
O
conhecimento dos centros de força remonta a épocas milenares. Esses vórtices energéticos,
em número de sete principais, existentes como centros de força no corpo astral,
denominados chacras, isto é, "discos giratórios", no corpo etérico,
estão relacionados com o corpo físico através do que chamais de plexos e
situam-se exatamente em cima de entrelaçamentos encadeados como redes de vasos,
filetes de nervos e gânglios do sistema nervoso autônomo, na altura da cabeça,
testa, garganta, coração, estômago, baço e genitália. Esses plexos nervosos lembram
teias de aranha quando vistos amplia dos. São autênticos transformadores de
energia vital, haurindo essas energias dos planos vibracionais mais elevados e
mais sutis e encaminhandoas
para
o corpo físico. Não retornaremos ao estudo dos chacras, minuciosamente já
enunciados em obras anteriores. Abordaremos a relação desses vórtices energéticos
do homem com os existentes em vossa galáxia ou constelação; do macrocosmo, o
"corpo" de Deus, com o microcosmo, que é o corpo do homem.
Para
a harmonia no Cosmo, se faz necessário o intercâmbio energético entre os sete
campos ou planos vibratórios interpenetrados, previstos pela Lei das
Correspondências Vibracionais.
Assim
como, no homem, existem grandes vórtices energéticos no Espaço, conhecidos em
vossa física terrena por "buracos negros". Preferimos chamá-los de
"chacras cósmicos", numa comparação um pouco tosca, mas procedente ao
vosso entendimento. (Na verdade, é como se estivésseis sentados numa carroça
puxada por burricos, tentando compreender o mecanismo hodierno de funcionamento
de um avião muito veloz, que passou por vós deixando-vos atordoados pelo
estrondo da quebra da barreira do som). Como há um princípio dualista no
equilíbrio dos planos vibratórios no Universo, do material com o imaterial, do
plano denso com o plano rarefeito e vice-versa, esses chacras cósmicos foram
previstos pelos engenheiros siderais, arcanjos co-criadores do Pai, como
grandes transformadores de energia, de dupla ação: por um lado, condensando as
energias mais sublimadas do Éter universal, adaptando-as ao campo de energia em
que vos encontrais - o Universo físico - e, por outro lado, passando à matéria
como conheceis ao Todo cósmico.
um
aparente colapso da matéria, ocasionado pela expansão da massa, que é fluido
cósmico universal compactado, e retoma ao seu estado original de energia livre
do nosso lado da vida. Há uma transferência de energia entre os planos
vibracionais, que se encontram interpenetrados. É como se um corpo material na
vossa dimensão aumentasse a freqüência vibratória de sua massa até sumir aos
vossos olhos, desfazendo a energia compactada que dá forma à matéria em vosso
meio, havendo uma transmutação em decorrência da adaptação do campo de energia
ao plano vibracional da outra dimensão, e vice-versa.
Esse
"colapso" também é decorrência da falsa ausência de campo
eletromagnético nessas zonas de trocas, quando submetidos ao exame de vossas hodiernas
aparelhagens e sondas espaciais. Esse intercâmbio energético entre os campos
vibracionais do Cosmo ainda está muito além de vossa atual capacidade de
compreensão e não nos é permitido, por nossos Maiorais, adentrarmo-nos em
detalhamentos mais aprofundados, justamente, por falta de correspondência em
vosso campo de conhecimento atual. O equilíbrio vital de toda a vida, em todos
os orbes, depende desses grandes vórtices energéticos, chacras cósmicos do
"corpo" de Deus.
Todas
as coisas são criadas pela vontade e comando da mente criadora de Deus, e essa essência
é a primeira substância a formar tudo no Universo, o que denominais
hodiernamente de fluido cósmico universal. A Lei das Correspondências
Vibracionais, do semelhante afinado com o semelhante,
pode fazer desaparecer as manifestações doentias, ou seja, as moléstias. São os
semelhantes manipulados, com suas conseqüências manifestando-se na dualidade
dos contrários, em correspondência com a Lei de Causa e Efeito. Este é o princípio
da homeopatia, que nas suas dinamizações consegue eterizar a matéria primeira
do semelhante, que é o agente causador do desequilíbrio, manipulando-a para a
cura, a saúde, em contrapartida à doença; pressuposto alquímico usado em
benefício dos seres criados pela mente criadora que está acima de tudo.
A
Lei de Causa e Efeito e a geração do carma nada mais são que o semelhante
curando o semelhante, confrontando-o com o seu saldo credor ou devedor de vidas
passadas. Os pensamentos, os atos praticados, as ações volitivas na zona dos
sentimentos, serão a mola propulsora.
Na física cósmica, essas ações, irremediavelmente, atrairão igual reação em
sentido contrário, trazendo ventura ou acarretando desgraças, na proporção
dualística entre o bem e o mal que foram as causas e deles resultaram.
Quando
souberdes do nascimento de um rebento em estado teratológico e da grande
revolta da mãezinha contrariada, sede condescendentes com o problema. Não
julgueis precipitadamente, pois a Justiça Divina, no mais das vezes, vos é
incompreensível nesse suspiro reencarnatório, que é o espaço de uma existência.
Existe um determinismo regulador da harmonia cósmica que vos catapulta à
evolução, não sendo nem bom nem mau, nem beneficiador e nem punitivo, nem positivo
e nem negativo, pois é neutro. O vosso livre-arbítrio e a liberdade de
pensamentos da mente, prerrogativa cósmica dos filhos de Deus, os levarão para
um lado ou outro. Devem ser educados dentro das verdadeiras leis, harmônicas e
altruísticas, que determinam a ascese à plenitude
espiritual.
A
correspondência atrativa do semelhante com semelhante, positivo com positivo,
negativo com negativo, permitindo abrigar uma série de fenômenos, espirituais,
mentais e físicos, é designação das propriedades dos campos vibracionais e
característica da força magnética no Astral, que propicia todos os fenômenos do
magnetismo. É a força a vos conduzir pela mão firme das afinidades, aos áridos
desertos sem água e sem camelo ou às florestas verdejantes de lagos cristalinos
em castelos de segurança e paz. Por isso, um dos ensinamentos da "Tábua de
Esmeralda" dos alquimistas, que apresenta a teoria alquímica e onde os
escritos herméticos estão grafados em termos de filosofia mística, diz:
"Deveis separar a terra do fogo e o sutil do rude ou grosseiro";
simbolicamente, o mais denso, material, do espiritual e mental.
Para
conseguirmos proceder com o efeito desejado na cura, no socorro, no
soerguimento das criaturas, utilizamo-nos do magnetismo, além da forma por vós
conhecida tradicionalmente; de polarização das cargas positivas e negativas
despolarizadas, desequilibradas. Utilizamo-nos desse recurso
junto aos campos vibracionais para dissociação, no sentido de disjunção, de desacoplamento,
como técnica magnética que separa os corpos, mediadores plásticos da vida do espírito
na carne ou no Astral. .
Essa
técnica magnética separatória poder-se-ia denominar desdobramento provocado, sendo-vos
mais familiar esta nomenclatura. O desdobramento espontâneo é aquele que ocorre
de maneira natural durante o sono físico do encarnado. À semelhança de um
estilingue finamente trabalhado pelo marceneiro no evo dos tempos, quanto maior
é a extensão da tira elástica que arremessa a pedra ao alto, tanto maior o
impulso que solta os corpos mediadores. Quanto mais lapidados estiverem os
instintos e os sentimentos inferiores do ego, menor será a força que o mantém
preso à imantação das cargas contrárias, positivas com negativas, comuns no
invólucro carnal, que é tanto mais intensa quanto mais próximo da crosta do
orbe. Isso é oriundo das leis físicas cósmicas, onde as cargas de mesmo sinal
se atraem e de sinal diferente se repelem.
Diante
da força atrativa, que une um específico corpo a outro, agimos com cargas contrárias,
de sinal diferente, gerando a força repelente, separando os corpos visados, que
antes estavam unidos magneticamente. Conforme o trabalho de caridade que
estivermos participando e do local planejado, para o qual temos que nos
deslocar, utilizamo-nos do corpo correspondente, separado do equipo físico do
instrumento mediúnico.
Podemos
estar em incursões nos charcos trevos os e cidades umbralinas, abaixo da crosta
planetária, em atividades de varredura energética, de remoção e de recomposição
dos irmãos com deformações perispirituais; nesses casos nos utilizamos
principalmente do corpo etérico. Em outras ocasiões, estaremos acompanhando
grupo de estudos em paragens onde o pensamento é perene, fazendo-se necessário
o corpo mental. Nas atividades de transporte, de mudança de localidade astralina,
acopla-se o corpo astral do medianeiro às entidades resgatadas. Mais adiante, discorreremos
detalhadamente sobre essas incursões astrais. Para melhor compreensão e assimilação
no âmbito geral, nessas singelas exposições, não trataremos desta ação nos sete campos
existentes. Doravante, nos referiremos aos corpos físico, etérico, astral e
mental.
É
tudo muito simples, não fazendo-se necessário adotar termos mais complexos e pomposos,
que, no fundo, escondem uma falsa aura de saber e especialização, tão habituais
ainda no vosso meio acadêmico científico e em alguns sábios terrenos; tão
infreqüentes na sabedoria da Espiritualidade.
Com o avanço da experimentação científica no meio espiritualista e a paulatina adesão
do meio médico, essas técnicas, aliadas ao exercício mediúnico e à fenomenologia,
se predispõem à escrita e verborragia difíceis, dispensáveis, necessárias
somente aos egos ainda eivados de vaidade e interesses mundanos,
características decorrentes de condicionamentos antigos, que estão no
inconsciente, caracterizando uma disputa divisionista, totalmente dispensável.
Esquecem-se de que essas técnicas indutivas sempre foram e serão utilizadas
pelos espíritos benfeitores do orbe, desde épocas imemoriais, independente de
credos, religiões ou raças.
roem
o fino tecido que só é usado em ocasiões festivas, as larvas podem roer o
canteiro mental escassamente cultivado. Novas explicações que fogem ao
instituído, levando-vos a uma compreensão mais dilatada, de acordo com vossas
capacidades de entendimento, "baixarão" da Espiritualidade,
tornando-vos mais livres, espiritualizados e místicos. A lição de a mente não
estar presa a conceitos empoeirados, principalmente na pesquisa da psique humana
e dos fenômenos psíquicos não aceitos pelos cientistas, é muito necessária à
ciência terrícola, tão deficitária de humildade em seus pesquisadores. A
perquirição humilde será a prima essência que moverá a pesquisa comprometida
com as verdades ocultas.
Atentem
ao fato de que, assim como na época da codificação da doutrina espírita, começarão
a jorrar, da fonte do Altíssimo, novos ensinamentos e conceitos que se
completarão e se confirmarão, em diversas localidades de vosso orbe,
comprovadamente verídicos e sem estarem relacionados na sua formulação. Será
como um guia epistemológico do Astral, a baixar nas lides científicas
terrícolas. Caracterizar-se-á como um compilado crítico de natureza e
procedência vária,
fundamentado na experimentação fenomenológica de laboratório. Determinará as
novas verdades das ciências espirituais ao alcance do entendimento dos homens.
Discorremos,
habitualmente, utilizando-nos de alguns recursos de linguagem figurada e de cunho
mais simbólico, planejadas para alargar vossas concepções, tão presas às formas
que vos envolvem, que embotam a capacidade de abstração, faculdade perceptiva
ainda escassa em vós, e para mostrar-vos que a ânsia de conhecimento é inerente
à existência do homem, embora com novos prismas, ao ritmo oscilatório pendular
do relógio da Eternidade.
O
Cristo-Jesus, psicólogo, cientista, físico, engenheiro e arquiteto sidéreo, a
acompanhar a evolução planetária desde antes da existência do orbe, se fazia
entender quando da sua estada terrena, pela singeleza e simplicidade das
parábolas, acessíveis aos homens mais incultos e comuns. Explicava que "o
seu reino não era desse mundo", ensinando quanto à natureza espiritual que
reside no homem, e não aos fatos transitórios concernentes à matéria ilusória.
Não adentrava em maiores conhecimentos ocultistas. A sua oratória, que a todos
magnetizava, como se fosse medicamento, levava a medida certa do entendimento,
fiel posologia divina. Fazia-se método essencial à absorção dos assuntos mais
transcendentes, diante da muralha dos ouvintes ignorantes e rústicos, tão
apegados às questiúnculas da vida cotidiana: comer, beber, dormir e
locupletar-se nos prazeres do corpo. Naquele momento existencial da humanidade,
deixou para o futuro o descortinar dos mistérios ocultos."
Muita paz e muita luz!
(Origem: Do Livro “Chama Crística” Ramatís/Norberto Peixoto –
Editora do Conhecimento)
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