Sabedoria Ramatis

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terça-feira, 28 de maio de 2013

O planejamento do Alto - As diretrizes da orientação de Jesus na sua pregação da Boa Nova do "Reino de Deus”.













O Universo é regido por leis perfeitas e imutáveis tanto na dinâmica das suas leis físicas como na regência das suas leis morais. Tudo se move num ritmo harmonioso e seguro. Assim, quanto aos Espíritos, na longa caminhada da sua evolução, proporciona-lhes sempre múltiplas oportunidades ou ensejos de desenvolverem e consolidarem a sua consciência individual, pois esta é a matriz que lhes estrutura o caráter. Em tais condições, todos os acontecimentos de grande projeção moral e social, que se processam na face dos planetas, estão subordinados a um esquema de absoluta segurança previsto pelo Governo Oculto de cada orbe.
A conturbação proveniente de surpresas ou imprevistos não existe nas manifestações panorâmicas da Criação cósmica. Consequentemente, Jesus só desceu à Terra depois do Alto programar e aprovar o fato. Porém, quanto aos aspectos intermediários de suas atitudes, tratando-se de um missionário de elevada hierarquia espiritual, torna-se evidente que ele não seria um autômato acionado por "cordões" manejados do mundo invisível. Era um elevado mensageiro eleito pela Administração Sideral, para entregar à Humanidade terrena o Código de sua própria redenção espiritual; mas dependia, essencialmente, do seu próprio discernimento, o seu triunfo nessa realização messiânica.
Em verdade, a sua renúncia e heroísmo absolutos é que cimentaram as bases morais do Cristianismo; embora, naturalmente, os seus amigos invisíveis sempre o tenham assistido e confortado nas suas horas de angústia e nas vacilações adstritas ao meio ambiente. Jesus aceitou o programa sacrificial da sua missão atento às diretrizes fundamentais que ela lhe impunha, as quais examinou antes de encarnar-se; porém, o êxito do movimento cristão foi produto de seu próprio esforço. Na Terra, ele teve de submeter-se a todos os imperativos próprios da família carnal, adaptando-se a certas conveniências prosaicas da sociedade terrícola e nivelando-se às raças e aos costumes da época. Embora se tratasse de um anjo, ele também se obrigava a viver e participar dos acontecimentos humanos, próprios dos encarnados, obviamente, não podia dispensar os apetrechos e as convenções do mundo material, onde tinha de se movimentar contando com os recursos naturais de todos os homens.
Mas a obra de Jesus desenvolveu-se sob os aplausos e o júbilo dos seus mentores siderais, pois ele cumpriu integralmente a sua missão redentora da humanidade. Além disso, livrou-se das incongruências e das deformações muito comuns a certos líderes de povos, que nas suas tarefas deixam-se imbuir pela vaidade, em acirrada defesa da sua personalidade humana e muitíssimo preocupados com o possível julgamento da posteridade. Cuidam principalmente de exaltar a sua figura transitória no cenário do mundo, em detrimento da própria obra de que são responsáveis.
Jesus, no entanto, não se preocupou com a opinião histórica do mundo, pois devotou-se exclusivamente à tarefa de esclarecer o homem e ajudá-lo a libertar-se de suas paixões e instintos animais, a fim de despertar-lhes as qualidades íntimas e sublimes do anjo. Num dos mementos mais expressivos de sua vida, quando lhe solicitaram para demonstrar suas credenciais superiores de Mestre, eis que ele curvou-se, humilde, e lavou os pés dos seus apóstolos!


RAMATÍS – “O SUBLIME PEREGRINO”

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