PERGUNTA:
Como se explica melhor essa aflição de
quase todos os médiuns novos, quanto à sua insistência e preocupação de "abrir"
os trabalhos mediúnicos com a palavra dos seus guias, que geralmente denominam
de "protetores"?
RAMATÍS: Os médiuns novatos crêem que o
seu desenvolvimento mediúnico depende mais propriamente da maior
"quantidade" de comunicações de espíritos desencarnados, do que da "qualidade"
do estudo do espiritualismo e de sua urgente renovação moral. Então afobam-se
em aproveitar todo o ensejo favorável, que se fizer nos trabalhos espíritas, para
transmitir a sua comunicação mediúnica, pois sentem-se profundamente malogrados
quando não podem concretizar tal desejo.
Basta lembrar-vos que nos trabalhos mediúnicos onde a direção da mesa é inexperiente ou de excessiva condescendência, há momentos em que várias comunicações se atropelam simultaneamente, ou alguém ainda comunica após o encerramento, tal a febre dos novatos em transmitir a palavra dos seus guias, embora estes não sejam tão afoitos.
Basta lembrar-vos que nos trabalhos mediúnicos onde a direção da mesa é inexperiente ou de excessiva condescendência, há momentos em que várias comunicações se atropelam simultaneamente, ou alguém ainda comunica após o encerramento, tal a febre dos novatos em transmitir a palavra dos seus guias, embora estes não sejam tão afoitos.
Se o êxito
da mediunidade dependesse do maior número de comunicações de espíritos desencarnados,
é evidente que os tipos populares, obsidiados de ruas, e os infelizes
segregados nos manicômios deveriam ser considerados "excelentes"
médiuns completamente desenvolvidos, pois comunicam fielmente a todo instante a
palavra e os desejos dos seus obsessores.
Em
conseqüência evitem-se os excessos das saudações dispendiosas nas aberturas de
trabalhos mediúnicos, as preleções triviais, as longas perorações e os
comunicados excêntricos que fatigam o público, como frutos do animismo
exacerbado dos médiuns novatos. Que se aproveite ao máximo possível o tempo disponível
para o esclarecimento dos "vivos", em vez de se estimular o estéril
convencionalismo dos "mortos"!
DO LIVRO:
“MEDIUNISMO” RAMATÍS/HERCÍLIO MAES – EDITORA DO CONHECIMENTO.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.