Sabedoria Ramatis

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sábado, 18 de maio de 2013

Desdobramentos grupais na Apometria – 3ª Parte












PERGUNTA - Insistimos, no atendimento apométrico é certo desdobrarmos cada um dos níveis e respectivos subníveis para localizarmos a fonte do problema? Afinal, são sete corpos, tantos níveis e infinitos subníveis. Também com frequência não sabemos se há processos obsessivos externos nos transtornos anímicos do consulente, se existe apenas um ente obsessor ou mais de um, se é um espírito desencarnado, um encarnado desdobrado, forma pensamento artificial ou várias ressonâncias de vidas passadas, tudo ao mesmo tempo. O que devemos fazer?




VOVÓ MARIA CONGA - Os filhos nos perdoem o mugido atravessado, mas esta preta velha pede licença ao indiano, mais conhecido na nossa banda como o Caboclo Atlante, para meter a colher na cumbuca alheia e reforçar o ponto do caldo senão a coisa vai desandar.
Os espíritos benfeitores, guias e protetores, por mais conhecimento que tenham, não andam com uma tabuada decorada na cachola. Sabe, nós estamos por aí visitando seguidamente muitos grupos de Apometria da Terra, pois temos compromisso com os que nos autorizam a trabalhar no Plano Astral assistindo os filhos nesses trabalhos. Vamos falar bonito, diferente do terreiro de Umbanda, que os filhos "apômetras" entendem e apreciam.
Temos visto muito ego avantajado, muito excesso de técnica, muito conhecimento que não quer dizer sabedoria, muita numerologia e fórmulas da física quântica aprendidas num fim de semana previamente pago, que mais parece um cabalístico piquenique festivo contratado, em que cada um procura estalar os dedos mais alto que os outros; e quanto mais vasto o número de bolsões de espíritos sofredores "socorridos" e legiões de magos "retidos" ou "doutrinados", mais pomposos os posteriores relatos estatísticos dos atendimentos coletivos. Feitos em salas de hotéis impregnadas de baixas vibrações pelo excesso de imaginação que compensa as carências afetivas dos filhos, e sem nenhum comprometimento com a egrégora necessária, que imanta os locais consagrados ao trabalho habitual.
Nesses casos, com o coração entristecido, verificamos uma banalização das desobsessões, que não se traduzem em simplicidade altruísta, mas num interesseiro e articulado método de atendimento, muito similar, mesmo sendo mais erudito na exposição verbal, à retórica das igrejas salvacionistas, movidos que são pela intenção oculta de angariar dinheiro dos seus divulgadores, "instrutores" da Nova Era. São tantos os níveis, subníveis, cordões coloridos, corpos, subcorpos, energia das estrelas, reprogramações cármicas, campos de forças de que só os doutores da física entendem os fundamentos, que muitos filhos que almejavam serem deuses poderosos no olimpo da Apometria estão como centauros perdidos na floresta e não sabem mais o caminho de volta à trilha da simplicidade dos espíritos sábios, como Jesus ou Francisco de Assis. O intelecto serenado e o amor aumentado são importantes para que sejam instrumentos mediúnicos dóceis e fiéis. O excesso de racionalização aumenta demais o animismo durante os atendimentos, deixando vossa rede nervosa como se numa tempestade cheia de raios e escuras nuvens, dificultando ao nosso barquinho do lado de cá chegar nesse mar revolto das mentes encarnadas.
Heh, heh, heh, saibam, meus filhos, quando uma vovó da nossa banda, calejada no atrito dos terreiros da vida, ainda por cima preta e mirongueira, fala, os burricos abaixam as orelhas.
Vamos falar bonito para os filhos doutos entenderem: as experiências do espírito milenar vão sendo arquivadas numa espécie de holograma, em que as vivências nas diversas encarnações são específicas ondas vibratórias, "acondicionadas" em um mesmo enfeixamento ondulatório, como se estivessem sobrepostas em uma única escala de frequência, sem início ou fim, caracterizando a unidade atemporal que é o inconsciente. O que fazemos nos atendimentos da Apometria é potencializar as ondulações desse feixe que estão distorcidas e ressoando negativamente por traumas do passado não superados, direcionando-as para os médiuns captarem os estímulos desequilibrantes que aparecem polarizados, impressos na rede sináptica, ocasionando a natural somatização.
Mas de nenhuma maneira isto descaracteriza a unidade do inconsciente ou divide-o em "retalhos" ligados aos corpos sutis esfacelados, como se fossem fatias de um bolo. Muito menos se apaga a memória perene ou se reprograma níveis conscienciais outrora vividos que estão a influenciar a atual consciência encarnada. Quando os filhos se libertarem dos instintos inferiores e do ciclo carnal terão acesso a todos os registros disponíveis nesse holograma, que nada mais é do que a mente espiritual destinada aos mundos isentos da forma, percebida no universo tridimensional limitado ao plano físico.
Os filhos devem se preocupar é com se entregar amorosamente às catarses que liberam os consulentes dos sofrimentos, usar mais os sentimentos e as emoções do corpo astral. Se é forma pensamento, espírito ou Artificial, é de somenos importância no ato do atendimento, pois muitas vezes somente alguns espíritos especializados nessas lides no Além - antigos magos e alquimistas que hoje trabalham na faixa dos Exus - conseguem detectar essas pequenas diferenças.







Do livro: “JARDIM DOS ORIXÁS” Ramatís/Norberto Peixoto – Editora do Conhecimento.

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