Sabedoria Ramatis

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segunda-feira, 6 de maio de 2013

A Importância da Dor na Evolução Espiritual – 6ª parte

















PERGUNTA: Como poderíamos compreender melhor essa hereditariedade psíquica, que transmite a influência enfermiça de uma existência para outra?



RAMATIS:  A transmissão psíquica é possível através do que chamaremos o “átomo-semente”, o elemento imortal que preexiste e sobrevive a todas as mortes corporais, muito conhecido dos ocultistas e teosofistas. E o precioso e indestrutível resumo da memória etéricasideral do espírito; ele guarda em sua intimidade a síntese micropsíquica da vida mental e astral da alma, registrada desde os primeiros bruxuleios de sua consciência individual.
Durante cada nova encarnação, o átomo-semente ativa as energias intermediárias entre o espírito e o novo corpo físico, responsabilizando-se pela manifestação legível de sua consciência na esfera material e simultaneamente no mundo espiritual. Encarrega-se de plasmar na nova encarnação o verdadeiro temperamento psíquico imortal da alma, ajustando-lhe as virtudes, pecados e também a bagagem tóxica, pois conserva em estado latente todos os impulsos e tendências pregressas. Após a morte do corpo físico, desata-se na plenitude do Além, consolidando a configuração imortal do perispírito. E a segurança da estrutura consciente da individualidade espiritual operando no mundo de formas e no seio da Consciência do Criador; é o registro definitivo dos fatos vividos pela alma nas caminhadas do mundo carnal.




PERGUNTA: E o sofrimento só beneficia porque expurga os venenos psíquicos do espírito, ou também modifica a constituição do espírito?


RAMATIS:  E a Lei Cármica que se encarrega de retificar no devido tempo os desvios perigosos cometidos pelo espírito, quando de suas excursões pelo mundo material, procedendo à limpeza do perispírito contaminado pela aderência dos venenos, que são frutos dos descalabros e imprudências do pretérito. O corpo carnal, então, como se fora um alambique encarregado de drenar esses resíduos perniciosos da vestimenta perispiritual para o seio da terra, provoca na alma, em sua operação de expurgo, a sensação de dor e de sofrimento. Trata-se de toxinas que lesam e massacram a carne durante a sua expurgação para o mundo exterior, motivo por que a velha tradição espiritual considera a Terra como um “vale de lágrimas”, onde as almas lavam e purificam os seus trajes perispirituais, para depois participarem das núpcias do Céu!
A túnica nupcial, que a alma deve envergar para tomar parte no banquete do Rei, citado na parábola contada por Jesus (Mateus 22-1 a 14; Lucas 14: 16 a 24), em verdade significa o resultado da lavagem dolorosa do perispírito no tanque das lágrimas purificadoras do mundo carnal, de onde ele sai com as suas vestes limpas. A dor aquebranta a rudeza e humilha o orgulho da personalidade humana; obriga o espírito a centralizar-se em si mesmo e a procurar compreender o sofrimento. Na introspecção dolorosa pela ansiedade de solver o seu problema aflitivo, ele tem de reconhecer a precariedade, a presunção e a vaidade de sua figura transitória no mundo das formas.
Assim como o calor vaporiza as gorduras ou o fogo apura a fusão do ferro para a têmpera do aço, a dor é como a energia que aquece a intimidade do espírito e o ajuda a volatizar as aderências ruinosas do seu perispírito. E concentração de forças que desintegram as toxinas psíquicas no seio da alma, e que sob a ação natural do magnetismo do mundo físico transferem-se para a carne, até que a morte do corpo, depois, as deposite na terra do cemitério, através do cadáver em decomposição. E por isso que, em geral, os espíritos desencarnados louvam os seus padecimentos na carne, pois os consideram tão somente como processo que os ajudou a alijar de si os resíduos deletérios.



Do livro: “Fisiologia da Alma” Ramatís/Hercílio Maes – Editora do Conhecimento.

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