Sabedoria Ramatis

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sábado, 4 de maio de 2013

A Importância da Dor na Evolução Espiritual – 4ª parte









PERGUNTA: Como poderíamos ter uma idéia mais específica da dor? Que é a dor, enfim? Como se manifesta ela no homem?



RAMATIS: A dor é produto de desequilíbrio magnético na estrutura do organismo psicofísico do homem; assemelha-se a um curto-circuito que ocorre na rede magnética ou eletrônica sustentadora do perispírito, e que repercute em qualquer região orgânica mais vulnerável, com um impacto energético capaz de provocar o desequilíbrio atômico. Sem dúvida, a dor, o sofrimento ou a enfermidade têm sua origem na perturbação do psiquismo. Por mais que se focalize a dor em sua expressão mais periférica, fundamentalmente ela parte de um desequilíbrio psíquico “interatômico”. Não existindo doenças, porém doentes, resulta que a dor e a enfermidade variam tanto quanto seja o estado moral, intelectual e consciencial de cada criatura.
Há doentes que desempenham um exagerado dramalhão, apenas submetidos à prova de um simples resfriado; outros, ameaçados pelo câncer, mantêm o seu otimismo costumeiro, a sua bondade e confiança no destino espiritual, servindo ainda como fonte de resignação para a suportação alheia à dor. Tudo depende do modo como interpretamos o fenômeno da dor; para uns é castigo de Deus com o fito de punir os pecados dos homens; para outros é efeito das faltas cometidas em vidas anteriores; raros, porém, aceitam a dor como processo de evolução espiritual. Ela só se manifesta diante de qualquer resistência física, moral ou espiritual para com o sentido útil, benfeitor e harmônico da Vida. Pode ser considerada em sua função criadora quando examinada em qualquer reino da natureza: no reino mineral, ela poderia ser catalogada no processo benéfico de transformar o ferro em aço e no burilamento do cascalho bruto para o brilhante sem jaça; no reino vegetal, ela estaria presente no apodrecer, germinar e crescer da semente no seio triste da terra; na configuração humana, então a vemos corrigindo e ajustando a centelha espiritual para que obtenha a sua consciência nos caminhos da forma do mundo exterior.
A dor, portanto, é sensível e acusável na essência do espírito sob duas razões de grande importância: quando se está processando a gestação do ser humano para a futura e definitiva configuração angélica, ou então quando ele se dessintoniza e desvia-se da rota exata de sua ascensão espiritual. Sob qualquer um desses dois aspectos, sempre verificamos o sentido benéfico da dor: no primeiro caso ela concentra energias e coordena o crescimento angélico; no segundo caso faz a correção do equívoco, limpando as vestes da alma das toxinas residuais provindas do mundo instintivo. São os pensamentos e os atos do espírito que determinam a maior ou menor soma de dores por que há de passar, pois do equilíbrio e da paz da consciência espiritual do ser é que resulta a estabilidade magnética ou eletrônica do perispírito e do corpo físico. Como o Ideal de Deus é a Harmonia e do Equilíbrio perpétuo no Cosmo, qualquer instabilidade que se manifeste no mais íntimo fluir da vida requer sempre o imediato reajustamento, para que não perturbe o Todo harmônico. Eis então a dor, surgindo como o processo necessário a esse reajustamento.
Como dispomos do livre arbítrio até o ponto em que nossos atos não causem perturbações ao próximo ou naquilo em que intervimos, poderemos extinguir a dor pouco a pouco, à medida que nos integrarmos na vida harmoniosa criada por Deus. Sendo o Amor o fundamento essencial de toda vida, presente na afinidade entre as substâncias, na coesão entre os astros e na união entre os seres, é suficiente a nossa adesão incondicional ao ritmo constante desse Amor para que em breve a saúde completa do nosso espírito tenha eliminado o sofrimento!




Do livro: “Fisiologia da Alma” Ramatís/Hercílio Maes – Editora do Conhecimento.


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