Sabedoria Ramatis

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sexta-feira, 10 de maio de 2013

A Importância da Dor na Evolução Espiritual – 7ª parte








PERGUNTA: Poderíeis descrever-nos como se processa essa descida dos venenos psíquicos do perispírito para o corpo carnal?




RAMATIS: Quando o espírito encarna, necessita primeiramente diminuir ou “encolher” o seu perispírito, até alcançar a forma etérica fetal e em seguida adaptar-se ou “encaixar-se” satisfatoriamente à contraparte etérica do útero feminino. Após o êxito genésico da gravidez ele se desata pouco a pouco, à medida que também se desenvolve o feto carnal sob a direção dos ascendentes biológicos do tipo hereditário em gestação. E os tóxicos psíquicos desde muito cedo vertem do perispírito para o novo corpo carnal em formação, causando-lhe moléstias ou lesões tão graves quanto o sejam a sua intensidade e virulência. É por isso que, mesmo na fase da infância, o espírito efetua proveitoso exercício quando, pela eclosão das doenças comuns da idade, ele se habilita para resistir melhor às dores futuras mais acerbas, que depois hão de advir devido ao expurgo mais intenso da carga deletéria.

Mais tarde, então, o morbo invisível incrustado no perispírito transfere-se com mais intensidade para a carne; desagrega-se e flui primeiramente pelo duplo-etérico em formação junto ao corpo físico e, de início, afeta o trabalho delicado dos “chacras”, perturbando-lhes as funções e as relações vitais. Depois, o fluido tóxico perispiritual tange o conjunto nervoso, infiltra-se pelas glândulas endocrínicas, afeta o sistema subterrâneo linfático, insinua-se pela circulação sanguínea e produz a proliferação microbiana ou as lesões orgânicas.
Ramificando-se por todos os órgãos e sistemas do corpo carnal, as toxinas que são vertidas pelo psiquismo mórbido ferem as zonas mais delicadas e vulneráveis, prejudicando-as conforme a própria deficiência hereditária do tipo biológico a que ataca. Acumulam-se nos órgãos mais débeis e produzem afeções isoladas mais amplas, que mais tarde podem imobilizar o organismo físico. Enquanto isso, a Medicina alinha as suas denominações tradicionais classificando as doenças, mas quase sempre sem lograr identificar o doente! E a hepatite, a úlcera gástrica ou péptica, a colite, a nefrite, a cirrose, a amebíase, a asma, o reumatismo, a tuberculose, o diabetes ou a esplenite; são as atrofias, as insuficiências cardíacas, as lesões insuperáveis, a anemia perniciosa ou os quadros modernos de alergia inespecífica.
Em alguns casos, as toxinas, ao descerem do psiquismo enfermo para o metabolismo físico, acomodam-se na região cerebral e produzem as alienações mentais, os delírios, ou a hidrocefalia; ou então acumulam-se nos plexos nervosos, causando as paralisias, as atrofias nervosas ou as síndromes parkinsonianas; doutra feita, disturbam o funcionamento glandular produzindo insuficiências ou hiperproduções graves de secreções hormonais, influindo no crescimento, na reprodução e no metabolismo vital da mulher ou do homem. Quando se concentram mais fortemente nos pulmões, para ali convergem os bacilos de Koch, produzindo a tuberculose pulmonar; caso se localizem na região intestinal, tanto podem provocar as colites, como estabelecer o terreno para nutrir a giárdia, o estrongilóide ou as amebas coli e histolítica. Justamente porque existe íntima relação psíquica entre a enfermidade e a natureza física da criatura, é que se observa em certos tipos enfermos um círculo vicioso, que os mantém sob contínua perturbação mórbida. Quando ficam irritados ou aflitos, veem aumentadas as crises amebisíacas; cresce o açúcar na urina, aceleram-se as funções desarmônicas da tiroide, agravam-se as dispneias nervosas ou proliferam os eczemas. Inúmeras criaturas vivem algemadas aos mais terríveis padecimentos gerados na sua região abdominal, tentando frenar o vagos simpático à custa de drogas antiespasmódicas, reduzir suas crises de colite ou disenterias amebianas à custa de medicamentos tóxicos, esquecendo-se, no entanto, de que, antes da prescrição médica, é imprescindível controlar a mente e a emoção, pois dessa desarmonia é que resulta o bombardeio incessante ao morbo psíquico, já acumulado ria região do abdômen e superexcitado por novos fluxos doentios. Algumas criaturas confessam a seus médicos que, diante do menor receio de êxito em seus negócios ou mesmo devido a qualquer surpresa emotiva, recrudescem-lhes os fluxos disentéricos, exacerbam-se as coletividades parasitárias do intestino, ou aumenta-se-lhes o açúcar na urina.
Os indivíduos atacados pelo estrongilóide, oxiúros, giárdias, amebas histolíticas e outras espécies de vermes microscópicos, são inquietos, pessimistas, remoendo ideias e vivendo antecipadamente os problemas do dia seguinte, devido à profunda influência que esses germes parasitários exercem no seu psiquismo adoentado, pois que se excitam, provocando surtos de virulência no organismo.




Do livro: “Fisiologia da Alma” Ramatís/Hercílio Maes – Editora do Conhecimento.

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