PERGUNTA: Quereis dizer que a limitação de filhos é um
mal para a retificação espiritual cármica?
RAMATÍS:
Em obra anterior, já expusemos detalhadamente esse problema e, apenas ventilamos,
resumidamente, ser a procriação dirigida e controlada não um crime doloso,
porém exercício do livre-arbítrio humano. Sem dúvida, a "quantidade"
de filhos pode ocasionar problemas na educação, no equilíbrio financeiro da
família, e outras justificativas, inclusive a explosão demográfica em
andamento. Mas
quem já conhece o problema espiritual, e se sente, também, como um membro da
grande família universal, sabe da importância para a alma desesperada, vivendo
no mundo espiritual o problema de suas mazelas, crimes e débitos pretéritos, de
um corpo carnal onde possa apagar a sua memória pregressa e reiniciar uma nova
romagem educativa no mundo físico.
Assim,
não nos restringimos, propriamente, ao problema de se o homem "deve"
ou "não deve" limitar os filhos, ou organizar a sua prole conforme as
possibilidades financeiras e recursos educativos.
Observando
a História, não é difícil ao terrícola comprovar que muitos dos nossos mestres
de vida foram pessoas oriundas de lares pobres, enfrentando imensas dificuldades
para sobreviver e cumprir suas tarefas. Basta
citar Jesus, como símbolo principal. Em
conseqüência, apenas expomos a realidade do problema fundamental e da
responsabilidade de todos os espíritos encarnados, ou desencarnados, o qual se
afirma no seguinte "slogan": quanto mais corpos na Terra, mais venturas
no Além-Túmulo; quanto menos filhos, menos oportunidades
de redenção espiritual dos irmãos aflitos. E não nos esqueçamos da
Lei: "Fazei ao próximo o que quiserdes que vos seja feito" ou "A
cada um segundo as suas obras"; fica explícito: quanto
mais filhos, mais corpos para o "próximo". E, segundo a Lei, "a
cada um será dado segundo suas obras". Quem
limita a sua prole, logicamente, fica mais tempo na fila simbólica do Além-Túmulo,
para reencarnar.
PERGUNTA: Ainda gostaríamos de vos fazer mais uma pergunta nesse assunto, sobre o controle de natalidade: qual é o meio mais digno ou justificável para evitar filhos?
RAMATÍS:
Pareceria radical, porém, indiscutivelmente a maneira mais digna
de se limitar o nascimento de filhos ainda é a continência sexual. Porque, cabe
a toda criatura do inundo aceitar e criar o fruto de sua satisfação sexual.
Do
livro: “Sob A Luz Do Espiritismo” Ramatís/Hercílio Maes – Editora do
Conhecimento.
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