Sabedoria Ramatis

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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Elucidações sobre o perispírito – II Parte






PERGUNTA: - Considerando o perispírito como um "corpo vaporoso", conforme explica o "Livro dos Espíritos" qual é a natureza intrínseca do Espírito, isto é, a entidade que o comanda e governa?

RAMATÍS: - Explica o próprio Allan Kardec, em suas obras, o seguinte: "A Vida dos Espíritos é a espiritual, que é eterna; a corpórea é transitória e passageira, verdadeiro minuto na eternidade". O Espírito portanto, é a entidade imortal, e sem forma de homem; enquanto o perispírito é o seu invólucro, ou seja, o seu corpo etéreo estruturado também com os fluidos mentais e astrais que o envolvem e dão-lhe a configuração humana. No dizer de Kardec, o Espírito é a "chama, a centelha ou o clarão etéreo", espécie de luz material, que se justapõe ou conjuga ao perispírito a fim de lhe ser possível baixar e ajustar se a um mundo planetário sob a configuração de um corpo físico ou humano.
É evidente que se o Espírito é sem forma e assemelha-se a um clarão, centelha ou chama imortal, sendo o núcleo real da vida do homem, ele precisa de corpos ou elos intermediários que lhe facultem descer vibratoriamente até poder manifestar-se mediante o corpo carnal na Terra. Esses corpos mediadores plásticos, que estabelecem a interligação do mundo espiritual com a matéria, são constituídos com a essência ou substância do plano físico em que o espírito tem de ingressar. Assim, o perispírito que, há cem anos Kardec descreveu como um "corpo vaporoso", no intuito de evitar discussões que prejudicariam a doutrina espírita ainda no início de sua codificação, hoje já pode ser estudado em seus verdadeiros aspectos e detalhes, abrangendo a sua estrutura fisiológica ou orgânica.
Sabeis que não existem distâncias "métricas" entre o reino do Espírito eterno e o mundo material, pois essa pretensa separação é apenas a diferença dos estados vibratórios de cada plano, entre si. Mesmo nesse instante em que vos ditamos estas palavras, viveis simultaneamente no mundo espiritual, mas ligados a um organismo carnal. Não é preciso ocorrer a vossa morte corporal, para sobreviverdes em espírito, pois na realidade sois sempre Espírito imortal, embora encarnado ou sujeito a um corpo físico mediante o elo do perispírito, a fim de, em caráter transitório, poderdes viver subordinados às limitações do mundo terráqueo.
É óbvio que o Espírito em face de sua natureza superior e vibração sutilíssima, para "encarnar-se" na carne, ele precisa servir-se de veículos intermediários. Assim como o raio do Sol não pode mover um vaso de barro, o Espírito pela sua natureza material também não seria capaz de movimentar diretamente um corpo físico. Em resumo: entre o Espírito e o corpo carnal existe um "espaço" ou "distância vibratória" que precisa ser preenchido pelos corpos, veículos ou elos confeccionados da mesma substância de cada plano intermediário. Considerando-se que o perispírito é justamente o equipo ou o conjunto de outros corpos imponderáveis e reais, que preenchem esse intervalo vibratório, é evidente então, que não pode ser um "corpo vaporoso", qual uma nuvem sem pouso certo no Espaço.



Do livro: “Elucidações do Além” Ramatís/Hercílio Maes – Editora do Conhecimento.

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