Sabedoria Ramatis

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segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Viagens interplanetárias





PERGUNTA: Quais as formas das espaçonaves de voo interplanetário? Guardam semelhanças com os nossos aviões?

RAMATIS: Há certa semelhança, pois o curso longo de um planeta a outro exige sempre um aparelho cuja sustentação anatômica se aproxime ao voo da ave gigante. E uma nave de grande porte, alongada, construída também de matéria vítrea e que resiste a 6.000 graus de calor e às pressões incríveis. Suas disposições internas nas acomodações, compartimentos de bagagem, almoxarifado e material de vôo lembram os recursos da engenharia terrestre, em que os ângulos mais triviais estão enquadrados na massa útil.
Existem vários tipos, mas não diferem quanto às linhas básicas de navegação aérea. São pintadas em cores claras, como é do gosto marciano; as insígnias no dorso referem-se ao
número de missões interplanetárias e aos planetas já visitados.
PERGUNTA: Sob a nossa visão terrena, qual o aspecto mais conhecido a que se assemelha essa espaçonave marciana?

RAMATIS: A sua forma se identifica com um "fuso-voador" Nos seus rapidíssimos vôos interplanetários, o material poderoso, mas algo flexível e que reveste todo o corpo, amolda-se um tanto às pressões exteriores. Não há compressão interna.


PERGUNTA: Conduzem muitos passageiros e tripulantes?

RAMATIS: As mais modernas, atualmente, permitem conduzir até cento e vinte pessoas, embora com certo sacrifício da carga de pequenos aparelhos voadores, que costumam conduzir no seu bojo.

PERGUNTA: Então, esses aparelhos, "discos-voadores", são transportados em viagens interplanetárias, no interior dessas espaçonaves?

RAMATIS: Em qualquer viagem, são transportados, sempre, no mínimo, doze aparelhos de voo atmosférico; e são estes, realmente, os responsáveis por todas as investigações e contato direto com os mundos visitados. A sua movimentação desembaraçada para qualquer ângulo e a mutação rapidíssima de velocidade; a rapidez de partida do ponto estático para altas velocidades; seu tamanho adequado para as incursões locais e a redução de energia com os recursos mecânicos mais simples e práticos na sustentação atmosférica contribuem para que esses aparelhos, "discos-voadores", sejam os preferidos para os voos internos nos orbes. Além disso, possibilitam adaptações urgentes em casos de gravidade inesperada quando penetram em atmosfera de planetas desconhecidos.


PERGUNTA: Os cientistas terrenos também estão procurando concretizar um vôo em direção à Lua, como seu primeiro objetivo interplanetário.

RAMATIS: Não desmentimos esse futuro advento de vossos cientistas; mas deploramos vossa pressa em dilatar fronteiras planetárias, quando ainda não conseguistes a paz e a harmonia entre a vossa humanidade: Enquanto problemas graves e dispendiosos ainda exigem toda a capacidade de recursos terráqueos, torna-se improcedente e prematuro resolver os que, de nenhum modo, devem antecipar-se às vossas necessidades mais imperativas.
Sim: como se justificar que dissipeis milhões em experiências extemporâneas com engenhos interplanetários, em vez de aplicardes essas verbas fabulosas na extinção do analfabetismo no mundo inteiro; também, em extinguir essa exposição miserável e chocante, constituída pelos mendigos nus e chagados instalados nas praças públicas; e, acima de tudo, destinardes esses milhões em solucionar o drama social constituído por essas crianças, por esses meninos órfãos de pais mortos e "vivos"; e que, formando legião imensa, se encontram nas ruas e nos morros, abandonados como cães sem dono; pois, semelhante espetáculo não depõe, apenas, contra os governantes de cada país. É uma calamidade de tuberculose social que avilta e rebaixa a consciência da própria Humanidade!
As vossas pretensas viagens à Lua constituem, pois, mais uma discrepância da vossa mentalidade, da vossa insensibilidade em relação aos problemas fundamentais da civilização atual e da que se aproxima. Por que, então, cogitardes de ampliar o panorama da vossa visão científica no mundo material, enquanto ainda tendes um deserto moral no coração?...


Livro: "A Vida No Planeta Marte e Os Discos Voadores" Ramatís/Hercílio Maes – Editora do Conhecimento.











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