PERGUNTA: Quais as formas das espaçonaves de voo interplanetário? Guardam semelhanças
com os nossos aviões?
RAMATIS:
Há certa semelhança, pois o curso longo de um planeta a outro
exige sempre um aparelho cuja sustentação anatômica se aproxime ao voo da ave
gigante. E uma nave de grande porte, alongada, construída também de matéria
vítrea e que resiste a 6.000 graus de calor e às pressões incríveis. Suas
disposições internas nas acomodações, compartimentos de bagagem, almoxarifado e
material de vôo lembram os recursos da engenharia terrestre, em que os ângulos
mais triviais estão enquadrados na massa útil.
Existem
vários tipos, mas não diferem quanto às linhas básicas de navegação aérea. São pintadas
em cores claras, como é do gosto marciano; as insígnias no dorso referem-se ao
número
de missões interplanetárias e aos planetas já visitados.
PERGUNTA: Sob a nossa visão terrena, qual o aspecto mais conhecido a que se assemelha
essa espaçonave marciana?
RAMATIS:
A sua forma se identifica com um "fuso-voador" Nos seus rapidíssimos
vôos interplanetários, o material poderoso, mas algo flexível e que reveste
todo o corpo, amolda-se um tanto às pressões exteriores. Não há compressão
interna.
PERGUNTA: Conduzem muitos passageiros e tripulantes?
RAMATIS:
As mais modernas, atualmente, permitem conduzir até cento e vinte pessoas,
embora com certo sacrifício da carga de pequenos aparelhos voadores, que costumam
conduzir no seu bojo.
PERGUNTA:
Então, esses aparelhos, "discos-voadores", são
transportados em viagens interplanetárias, no interior dessas espaçonaves?
RAMATIS:
Em qualquer viagem, são transportados, sempre, no mínimo, doze aparelhos de voo
atmosférico; e são estes, realmente, os responsáveis por todas as investigações
e contato direto com os mundos visitados. A sua movimentação desembaraçada para
qualquer ângulo e a mutação rapidíssima de velocidade; a rapidez de partida do ponto
estático para altas velocidades; seu tamanho adequado para as incursões locais
e a redução de energia com os recursos mecânicos mais simples e práticos na
sustentação atmosférica contribuem para que esses aparelhos,
"discos-voadores", sejam os preferidos para os voos internos nos
orbes. Além disso, possibilitam adaptações urgentes em casos de gravidade inesperada
quando penetram em atmosfera de planetas desconhecidos.
PERGUNTA: Os cientistas terrenos também estão procurando concretizar um vôo em
direção à Lua, como seu primeiro objetivo interplanetário.
RAMATIS:
Não desmentimos esse futuro advento de vossos cientistas; mas deploramos
vossa pressa em dilatar fronteiras planetárias, quando ainda não conseguistes a
paz e a harmonia entre a vossa humanidade: Enquanto problemas graves e
dispendiosos ainda exigem toda a capacidade de recursos terráqueos, torna-se
improcedente e prematuro resolver os que, de nenhum modo, devem antecipar-se às
vossas necessidades mais imperativas.
Sim:
como se justificar que dissipeis milhões em experiências extemporâneas com engenhos
interplanetários, em vez de aplicardes essas verbas fabulosas na extinção do analfabetismo
no mundo inteiro; também, em extinguir essa exposição miserável e chocante, constituída
pelos mendigos nus e chagados instalados nas praças públicas; e, acima de tudo,
destinardes esses milhões em solucionar o drama social constituído por essas
crianças, por esses meninos órfãos de pais mortos e "vivos"; e que,
formando legião imensa, se encontram nas ruas e nos morros, abandonados como
cães sem dono; pois, semelhante espetáculo não depõe, apenas, contra os
governantes de cada país. É
uma calamidade de tuberculose social que avilta e rebaixa a consciência da
própria Humanidade!
As
vossas pretensas viagens à Lua constituem, pois, mais uma discrepância da vossa
mentalidade, da vossa insensibilidade em relação aos problemas fundamentais da civilização
atual e da que se aproxima. Por que, então, cogitardes de ampliar o panorama da
vossa visão científica no mundo material, enquanto ainda tendes um deserto moral
no coração?...
Livro:
"A Vida No Planeta Marte e Os Discos Voadores" Ramatís/Hercílio Maes – Editora do
Conhecimento.
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