PERGUNTA: - Supomos que durante o conluio amoroso entre o
casal existe uma união das auras que integra os chacras e os corpos superiores,
existindo um fluxo energético positivo a esses veículos sutis, gerado pelo
sentimento amoroso. Pedimos maiores detalhes sobre o tema.
RAMATÍS: -
Os humanos têm uma composição setenária: três corpos que formam o eu superior
ou individualidade cósmica (átmico, búdico e mental abstrato); quatro corpos
que integram o chamado eu inferior, ligado à personalidade transitória (mental concreto,
astral, etérico e físico).
É oportuno comentar que na tríade que forma o eu superior,
não há registros negativos de nenhuma espécie.
A mônada ou chispa divina que reluz no corpo átmico dá
"vida" ao corpo búdico e mental abstrato; sustenta o processo de
individuação espiritual e o contato com a Unidade cósmica, embora não dispense
a conexão com o Universo manifestado, onde o espírito estagia no ciclo carnal,
por intermédio dos corpos inferiores.
Esses quatro corpos do eu inferior mantêm relações vibratórias
entre si, sendo o mais sutil o estimulador do mais denso. Assim, as vibrações
do corpo astral, a sede das sensações, dos instintos e das paixões, repercutem
no corpo etérico e no físico mais do que estes o influenciam, pelo simples fato
de sua contextura vibratória ser moldada pelos registros negativos do corpo
mental inferior, relacionados com encarnações pretéritas. São espécies de fulcros
dissonantes que poderão imprimir as síndromes de ressonância de vidas passadas
na rede sináptica cerebral do reencarnante.
Não poderia ser diferente: a forte influência dos
corpos mental inferior e astral, e. seus registros negativos retidos no ciclo
carnal, deve-se à anterioridade desses corpos em relação ao duplo etérico e ao
corpo físico, e por terem uma "vida" muito mais longa, como veste do espírito,
na sua caminhada imortal.
Por outro lado, em quase nada o quaternário inferior é
influenciado pelas emanações positivas do corpo causal (mental superior), que é
formado de matéria dos três subplanos superiores do plano mental, nível que é
todo perfeição.
Isso ocorre porque a maioria dos cidadãos terrícolas
tem esse envoltório espiritual ainda muito pouco desenvolvido, em decorrência
da imoralidade que grassa no orbe.
Cada corpo que compõe o eu inferior é influenciado e
"controlado" pelo imediatamente anterior e mais sutil, ao mesmo tempo
em que o corpo ulterior, mais denso, por sua força centrípeta pode registrar
estimulas positivos ou negativos nos mais sutis desse quaternário: ou
densificando-os, imprimindo-lhes marcas como se fossem ferimentos de açoites que não cicatrizam (um tipo de nódoa
purulenta, que resulta da agregação de energias de baixo teor), ou
sutilizando-os pelos sentimentos elevados, de amor, solidariedade, altruísmo,
mansuetude, humildade, entre tantos outros.
É apropriado concluirdes que as experiências vivenciadas
pelo complexo astral, etérico e físico, farão o espírito se fixar na busca do
que é agradável, habituando-se ilusoriamente aos gozos sensórios recebidos por
intermédio desses corpos, que, por sua vez, influenciarão ativamente para a
formação da memória perene, que deveria' ser fator de expansão da consciência.
Para que esse processo (com as ideações do corpo mental inferior exteriorizadas
no mundo da forma pelas ações) seja positivo, deveis persistir na libertação
das sensações grosseiras, animalizadas.
Quando persiste a estimulação sexual exagerada,
promíscua, desprovida de sentimento amoroso, vosso corpo mental inferior
fixa-se exageradamente nas sensações grosseiras oferecidas pela estimulação dos
corpos físico e etérico.
Assim, estabelece-se um fluxo negativo em que a mente
concreta (corpo mental inferior) se "vicia" nos estímulos do veículo
imediatamente mais denso, provindo dos gozos sensórios e das energias
animalizadas liberadas pelo duplo etérico e corpo físico. Desse modo, a mente
se torna cada vez mais exigente e impaciente pelos ansiados encontros libidinosos,
situação que acaba invertendo o fluxo saudável de energias entre os corpos,
pois o mais grosseiro passa a interferir vibratoriamente e em ,demasia no mais
sutil, o que não impulsiona evolutivamente o espírito, pelos exagerados
estímulos dos corpos inferiores.
O contrário se dá quando as relações entre os pares são
baseadas no amor. Instala-se um fluxo energético altamente criador e positivo.
O êxtase do encontro amoroso sincero desencadeia uma aceleração de todos os
chacras e uma expansão das auras, formando um enorme ovóide áurico, acompanhado
de um vórtice vibratório que permite que as energias dos corpos superiores
"desçam", influenciando o fluxo energético do quaternário inferior e alargando
a sensação de êxtase beatifico. É como se polaridades contrárias se
encontrassem, integrando-se novamente em uníssono à Unidade cósmica, fator
indispensável à evolução espiritual em todas as dimensões vibratórias.
(Origem: Do Livro “Vozes de Aruanda” – Ramatís,
Babajiananda/Norberto Peixoto – Editora do Conhecimento)
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