PERGUNTA
- Por que o espírito benfeitor que autoriza
o socorro por intercessão e por merecimento, como foi demonstrado, é um Caboclo
de Ogum? Poderia ser outro espírito ou outra forma astral da entidade
espiritual?
RAMATÍS
- Sem dúvida, poderia ser outro espírito em forma astralina
diferente de um Caboclo. Na verdade isso é de somenos importância no trabalho
assistencial nos grupos de Apometria. Há que se afirmar que as roupagens
fluídicas que os espíritos adotam estão de acordo com as afinidades do
agrupamento terreno e a maneira com que os trabalhos estão organizados. Obviamente,
isso é estabelecido antes do médium reencarnar. Por isso vemos, com tristeza,
muitos medianeiros sentirem-se contrariados em seus ideais de passividade
mediúnica e contato fluídico com os mentores, pois muitos idealizam médicos,
sacerdotes egípcios, filósofos gregos ou instrutores orientais, mas quando se
deparam com os "simples" silvícolas ou os humildes pretos velhos nas
mesas mediúnicas, os preconceitos "falam" forte, chegando ao ponto de
muitos recusarem peremptoriamente um mentor espiritual nessas formas astrais,
jogando fora abençoado compromisso aceito e pedido no astral antes de
reencarnarem.
Contudo,
na Umbanda, os Caboclos de Ogum são os que tem autoridade no Plano Astral para
liberar os trabalhos e as movimentações das falanges socorristas quando se
requer a atuação caridosa dos Agentes Mágicos - Exus - mesmo que sejam as
vibrações de outros Orixás (Oxóssi, Xangô, etc.) as requeridas nos socorros.
Isso não quer dizer superioridade, é somente uma questão de organização e
disciplina do lado de cá, já que são muitos os espíritos operosos, vários ainda
reencarnantes e em aprendizado corretivo, o que requer autoridade e mando, mas
com amor e humildade.
PERGUNTA
- São "somente" os Caboclos de
Ogum que têm esta autoridade de comando dos agentes mágicos - Exus?
RAMATÍS
- O simbolismo da imagem de São Jorge vencendo
o dragão - associado à atuação de Ogum e suas falanges - tem um sentido oculto.
Como
é muito baixa a moralidade da população habitante da psicosfera terrícola,
ainda prepondera na maioria o eu inferior, com os instintos mais baixos, simbolizado
pelo dragão que jaz dentro de cada um, e deve ser dominado pela
"espada" - a vontade - do Eu Superior, como São Jorge imobilizando a
besta caída.
Os
grandes "embates" em vosso amparo são conduzidos pelas vibrações e
falanges de Ogum. Muitos espíritos que foram magos brancos desde os Templos da
Luz da Atlântida atuam em posições de comando dessas legiões e tem autoridade
conquistada no organizado movimento de Umbanda no Astral. Esses espíritos
"especialistas" na Alta Magia Cósmica e conhecedores das conseqüências,
dentro das leis de causalidade, da manipulação de energias, apresentam as condições
necessárias para avaliar todas as faixas vibratórias e as exigências de
intermediação dos Agentes Mágicos de cada Linha ou Orixá, de conformidade com
as peculiaridades de trabalho de cada uma, para a cura e equilíbrio dos
consulentes e sofredores. Isso não significa que "somente" os
Caboclos de Ogum tenham essas características de trabalho ou que todos os
Caboclos de Ogum assim procedam. É possível entidades que atuam mais diretamente
sob outros orixás atuarem nas sete linhas da Umbanda, como por exemplo as que
tem o número sete no nome. O numero sete é uma identificação sacerdotal e de
hierarquia, no Astral, dentro do movimento de Umbanda, em nomes que as caracterizam
vibratoriamente: Caboclo Sete Flechas ou Sete Folhas na linha de Oxóssi,
Caboclo das Sete Pedreiras na linha de Xangô e Caboclo das Sete Encruzilhadas
na linha de Oxalá.
(Origem:
Do Livro “Jardim dos Orixás” – Ramatís/Norberto Peixoto – Editora do
Conhecimento)
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