PERGUNTA
- O "Artificial", quando suga a
energia vital, vampiriza o que, exatamente? Se o desencarnado já não tem mais
corpo etérico, podemos inferir que não tem mais ectoplasma, então o que foi
sugado?!
RAMATÍS
- Nem toda energia vital pode ser interpretada como ectoplasma.
Mesmo o laço fluídico que é o cordão de prata - ligação magnética do corpo astral
com o duplo etérico e com o corpo físico - já estando "cortado" após
o desencarne, não é incomum o espírito "sentir" através do corpo
astral, ainda que adormecido em entreposto socorrista do Além, as sensações do
fardo pesado que o alojou no seu estagio terreno. Considerai que o período que
sucede ao desencarne de homens excessivamente apegados aos prazeres mundanos ou
a alguns desligamentos traumáticos como vossos acidentes automobilísticos, e
acompanhado de intensa "cristalização" ou fixação mental do espírito.
Desligado do vaso carnal que jaz no plano físico, entretanto é como se perpetuasse
as sensações e angústias, como se nada tivesse acontecido, muito menos tendo
noção da mudança de plano vibratório, tendo talvez a vaga impressão de que o
corpo somático não faz mais parte da sua "nova" vida. Essa situação
leva a uma ligação vibratória com o enredo "post mortem", puramente
psíquica, em que o dínamo gerador é a mente desequilibrada, ainda sintonizada
com as energias vitais próprias da matéria que compunha a sua veste física.
Por
um processo de repercussão vibratória, o recém-desencarnado se liga mentalmente
com as "sensações" da desintegração do envoltório carnal enrijecido e
putrefato, que se encontra submetido a uma espécie de força descondensadora,
regida pela Mãe Natureza, que tudo modifica e nada deixa se perder.
Assim,
através dessa sintonia mental do desencarnado que se perpetua, o Artificial
preparado pela mente malévola de experimentado mago negro "suga" os
restos de energia vital, inclusive do corpo etérico ainda pujante de denso
ectoplasma, e que não se desintegra logo após o desenlace do espírito, até podendo
apresentar-se como um autômato, um cascão a vaguear chumbado na crosta por
determinado tempo de vossa dimensão.
Se
tivésseis olhos de ver do lado de cá, poderíeis observar as chusmas de
espíritos dementados, em total desalinho existencial, que vivem perdidos no
tempo em cidadelas medievais plasmadas por seus pensamentos, se digladiando
entre si pela captura dos corpos etéricos dos homens imorais, gulosos,
concupiscentes, sexólatras e drogados. Intensifica-se tal cenário infernal quando
hábeis mãos dos engenheiros das sombras conseguem apropriar-se desses corpos temporários
e densos, manipulando-os para seus intentos mais odiosos e nefastos. Então a
pura tecnologia do astral inferior e o mal milenar da Terra se associam para
causar doenças, discórdias, conflitos e sofrimento, criando terríveis
Artificiais que - embora devam inevitavelmente um dia se desintegrar pelo
magnetismo planetário - têm suas energias vitais deletérias potencializadas,
sendo utilizados em processos de imantação nos encarnados, levados a efeito por
arquitetos das Sombras.
Os
mais variados vícios do corpo e da alma são transmitidos assim entre os dois
planos da vida, para causar dor àqueles encarnados que estão em mesma faixa sintônica,
fria e calculadamente obsediados.
Essas
ocorrências dantescas das vampirizações fluídicas das energias vitais podem se perpetuar
no tempo, criando imantações simbióticas de difícil solução, qual parasita que
não pode ser retirado das entranhas da planta que o aloja. Espírito e energia,
e como centelha provinda do Pai, do Todo Cósmico, eterno e imortal, se
"alimenta" do infinito manancial energético existente no universo.
Muitos
espíritos que fizeram escambo com o além-túmulo quando encarnados, explorando os
Espíritos da Natureza, escravizando os irmãos sofredores do lado de cá em
contratos com poderosos magos negros, hoje se encontram prisioneiros, em funesto
sono, alojados em úmidas e malcheirosas cavernas do umbral inferior, sendo
verdadeiras usinas vivas de fornecimento de energia para as organizações trevosas.
Porém, imortais que sois todos vos, o manancial interminável de energia do
Grande Arquiteto do Universo em tudo se apresenta imanente, e vos assiste na
trajetória evolutiva, mesmo em situação tão deprimente como a desses irmãos aprisionados,
até que cesse o pagamento do último ceitil das dívidas de outrora e o manto da caridade
os encubra com suas falanges socorristas de resgate.
(Origem:
Do Livro “Jardim dos Orixás” – Ramatís/Norberto Peixoto – Editora do
Conhecimento)
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