Sabedoria Ramatis

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segunda-feira, 19 de março de 2012

Os Artificiais condensadores energéticos na magia negra - ll parte









PERGUNTA - O "Artificial", quando suga a energia vital, vampiriza o que, exatamente? Se o desencarnado já não tem mais corpo etérico, podemos inferir que não tem mais ectoplasma, então o que foi sugado?!


RAMATÍS - Nem toda energia vital pode ser interpretada como ectoplasma. Mesmo o laço fluídico que é o cordão de prata - ligação magnética do corpo astral com o duplo etérico e com o corpo físico - já estando "cortado" após o desencarne, não é incomum o espírito "sentir" através do corpo astral, ainda que adormecido em entreposto socorrista do Além, as sensações do fardo pesado que o alojou no seu estagio terreno. Considerai que o período que sucede ao desencarne de homens excessivamente apegados aos prazeres mundanos ou a alguns desligamentos traumáticos como vossos acidentes automobilísticos, e acompanhado de intensa "cristalização" ou fixação mental do espírito. Desligado do vaso carnal que jaz no plano físico, entretanto é como se perpetuasse as sensações e angústias, como se nada tivesse acontecido, muito menos tendo noção da mudança de plano vibratório, tendo talvez a vaga impressão de que o corpo somático não faz mais parte da sua "nova" vida. Essa situação leva a uma ligação vibratória com o enredo "post mortem", puramente psíquica, em que o dínamo gerador é a mente desequilibrada, ainda sintonizada com as energias vitais próprias da matéria que compunha a sua veste física.
Por um processo de repercussão vibratória, o recém-desencarnado se liga mentalmente com as "sensações" da desintegração do envoltório carnal enrijecido e putrefato, que se encontra submetido a uma espécie de força descondensadora, regida pela Mãe Natureza, que tudo modifica e nada deixa se perder.
Assim, através dessa sintonia mental do desencarnado que se perpetua, o Artificial preparado pela mente malévola de experimentado mago negro "suga" os restos de energia vital, inclusive do corpo etérico ainda pujante de denso ectoplasma, e que não se desintegra logo após o desenlace do espírito, até podendo apresentar-se como um autômato, um cascão a vaguear chumbado na crosta por determinado tempo de vossa dimensão.
Se tivésseis olhos de ver do lado de cá, poderíeis observar as chusmas de espíritos dementados, em total desalinho existencial, que vivem perdidos no tempo em cidadelas medievais plasmadas por seus pensamentos, se digladiando entre si pela captura dos corpos etéricos dos homens imorais, gulosos, concupiscentes, sexólatras e drogados. Intensifica-se tal cenário infernal quando hábeis mãos dos engenheiros das sombras conseguem apropriar-se desses corpos temporários e densos, manipulando-os para seus intentos mais odiosos e nefastos. Então a pura tecnologia do astral inferior e o mal milenar da Terra se associam para causar doenças, discórdias, conflitos e sofrimento, criando terríveis Artificiais que - embora devam inevitavelmente um dia se desintegrar pelo magnetismo planetário - têm suas energias vitais deletérias potencializadas, sendo utilizados em processos de imantação nos encarnados, levados a efeito por arquitetos das Sombras.
Os mais variados vícios do corpo e da alma são transmitidos assim entre os dois planos da vida, para causar dor àqueles encarnados que estão em mesma faixa sintônica, fria e calculadamente obsediados.
Essas ocorrências dantescas das vampirizações fluídicas das energias vitais podem se perpetuar no tempo, criando imantações simbióticas de difícil solução, qual parasita que não pode ser retirado das entranhas da planta que o aloja. Espírito e energia, e como centelha provinda do Pai, do Todo Cósmico, eterno e imortal, se "alimenta" do infinito manancial energético existente no universo.
Muitos espíritos que fizeram escambo com o além-túmulo quando encarnados, explorando os Espíritos da Natureza, escravizando os irmãos sofredores do lado de cá em contratos com poderosos magos negros, hoje se encontram prisioneiros, em funesto sono, alojados em úmidas e malcheirosas cavernas do umbral inferior, sendo verdadeiras usinas vivas de fornecimento de energia para as organizações trevosas. Porém, imortais que sois todos vos, o manancial interminável de energia do Grande Arquiteto do Universo em tudo se apresenta imanente, e vos assiste na trajetória evolutiva, mesmo em situação tão deprimente como a desses irmãos aprisionados, até que cesse o pagamento do último ceitil das dívidas de outrora e o manto da caridade os encubra com suas falanges socorristas de resgate.


(Origem: Do Livro “Jardim dos Orixás” – Ramatís/Norberto Peixoto – Editora do Conhecimento)

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