PERGUNTA: - Conforme já temos comprovado, certas afecções da
pele como o cobreiro, alguns eczemas e impingens, podem resultar da picada ou
do contacto de alguns répteis, insetos ou "bichos de arvoredos", que
depois causam erupções infecciosas. Porventura, isso não
elimina a hipótese de uma causa fluídica ou de toxinas psíquicas que baixam do
perispírito?
RAMATÍS: -
Realmente, inúmeros insetos, répteis e bichos de arvoredos podem provocar
infecções eczemáticas ou "cobreiros" pela sua picada e contacto
virulentos, mas a ação e coesão do seu veneno material resulta da mesma
essência fluídica do "éter físico", quando, em sua intimidade, fica intoxicado
pelo homem nos seus momentos de cólera, injúria ou irascibilidade. Aliás, algumas afecções cutâneas e
de início inofensivas, também podem transformar-se em certos tipos de eczemas
ou "cobreiros" depois de tratamentos muito corrosivos, ou mesmo por
força das condições patogênicas do próprio organismo humano.
Repetimos, que, tanto no caso da picada ou do contágio
de insetos e répteis venenosos, ou de certas afecções cutâneas provindas diretamente
da intimidade do corpo carnal, há sempre uma "base fluídica" mórbida
semelhante àquela que também produz os tóxicos psíquicos vertidos pela mente
humana. No primeiro caso, essa base fluídica associa as moléculas da coesão
fisico-química do veneno material; no segundo, sustenta e liga o tóxico
psíquico que, ao desagregar-se do perispírito em sua descida para a carne, termina
agravando as enfermidades cutâneas.
Sendo o próprio éter "físico" emanado da
Terra um receptor de emanações materiais ou psíquicas, é óbvio que as erupções
eczemáticas ainda mais se exacerbam quando são bombardeadas pelos dardos
mentais deletérios produzidos pelo enfermo irascível e violento.
Assim como existem certas doenças específicas, que se
agravam pelo tipo de fluidos daninhos baixados do perispírito depois de um
ataque do ciúme, enquanto outras pioram apenas pelo morbo psíquico resultante
da inveja, do ódio ou da perversidade, os eczemas, "cobreiros", e quase todos os processos
enfermiços da pele, se irritam ou agravam sob os impactos violentos da cólera!
Em sentido oposto, tais enfermidades também regridem, melhoram ou curam-se
durante os estados espirituais tranqüilos e otimistas dos pacientes, assim como
cedem sob o processo magnético dos benzimentos e passes, que lhe atacam diretamente
a base fluídica da sua coesão tóxica e da formação "endógena",
virulenta.
PERGUNTA: - O que poderíamos entender por essa formação
"endógena" virulenta do eczema?
RAMATÍS: -
Enquanto a picada e o contágio dos bichos venenosos causam infecções
"exógenas", ou seja, que se manifestam de "fora para
dentro" e imediatamente visíveis e sensíveis na pele, as erupções
"endógenas" são as que resultam de "dentro para fora", ou
seja, da intimidade do corpo físico para a sua epiderme. Estas demoram mais
algum tempo no seu curso mórbido invisível antes de atingirem a pele, pois na
sua descida do perispírito para a carne elas incorporam pouco a pouco os
fluidos danosos causados pela cólera, pelo ódio, vingança e outras emoções
deprimentes, produzindo maior ou menor virulência psíquica. Esse tóxico nocivo
e imponderável, conhecido no Espaço como o "fluido rancoroso", desce
ou baixa diretamente do perispírito para o sangue, alastrando-se na pele porque
a sua circulação é mais delicada ou vulnerável.
Nos dias de intensa irritação mental de certos enfermos
eczemáticos e descontrolados, aumentam os edemas colaterais e as crostas ou
escamas dos eczemas aumentam a exsudação da serosidade infecciosa. Daí, a
sabedoria do povo antigo em denominar o eczema de "fervor do sangue",
pois sendo moléstia que se alastra e se exacerba sob as emoções violentas do espírito,
a sua "ebulição" resulta de uma espécie de "fervura" mental
e emotiva do próprio doente.
Sob a Lei Sideral que impõe ao espírito encarnado a luta
de expurgar os seus venenos psíquicos através da sua própria carne e sofrer-lhe
os efeitos danosos, então, a pele é, justamente, o "dreno" de
escoamento dos fluidos tóxicos que se vão desprendendo da vestimenta
perispiritual.
As infecções eczemáticas, cuja origem mórbida é de
natureza psíquica, resistem às pomadas, à medicação tópica ou injetável da
medicina comum; e só regridem e desaparecem sob a terapêutica dos benzimentos
ou passes porque estes processos, sendo de natureza psicomagnética, atacam a
causa.
(Origem:
Do Livro “Mediunidade de Cura” – Ramatís/Hercílio Maes – Editora do
Conhecimento)
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