"Que
possamos ter sempre no coração a gratidão pelo Criador, que, em toda a Sua
Glória, colocou as ervas nos campos para a nossa cura."
Dr.
Edward Bach
As flores
estão presentes nos principais momentos de nossas vidas: nos nascimentos, nos aniversários,
nas formaturas e casamentos, e também nas despedidas e nos funerais. Costumamos
ofertar flores aos santos, nos altares das igrejas, e incluí-Ias nas oferendas
aos orixás.
Os florais
descobertos pelo médico inglês Edward Bach são essências extraídas das flores e
atuam preventivamente nas nossas emoções, para que mais tarde não se instale a
doença em nosso corpo físico. Ao contrário do que se pensa, não são considerados
remédios e sim compostos eletromagnéticos que funcionam como alimento da alma.
Portanto, são muito eficazes no tratamento da depressão, baixa-estima,
ansiedade, medos, traumas, crises de pânico, doenças mentais etc., trabalhando
a personalidade ou um momento específico de vida do indivíduo.
Também são
muito eficazes em processos de mudança, como na adolescência, na gravidez,
na
menopausa, nas auto obsessões (idéias fixas), ou mesmo nas doenças consideradas
físicas, já que estas têm início no campo mental/emocional do ser humano em
desequilíbrio, quando atrai para si pensamentos negativos de raiva, mágoa,
rancor, vingança, em situações mal resolvidas, e geram cristalizações mentais
que dão origem às enfermidades. É como se diz popularmente: "Aquilo que o
cérebro não compreende, o estômago não digere", ou seja, a falta de
compreensão, gratidão e perdão cria no corpo físico a doença.
Partindo
da máxima" Conhece-te a ti mesmo", somos levados a meditar sobre o
despertar do "curador" que existe dentro de nós, já que possuímos uma
verdadeira farmácia interior. Essa capacidade de auto-cura precisa ser despertada,
pois, na verdade, ninguém cura ninguém, ou seja, só se cura quem deseja
realmente ser curado. O mestre Jesus disse: "A tua fé te curou!".
Isso quer dizer que Ele só ministrou a cura naqueles que realmente estavam
prontos internamente para mudar.
As essências
florais contribuem justamente para essa autodescoberta, funcionando como um
terapeuta que respeita o ritmo interno de cada um e faz aflorar para o
consciente, amorosamente, o que precisa ser transformado, libertado e perdoado
no indivíduo, de forma integral, ou seja, no ser físico, etérico, emocional e
mental.
Se o
paciente tem consciência do processo, a atuação dos florais é mais rápida, pois
ele participa da terapia como parte integrante e, conseqüentemente, a resposta
ilumina todo o seu ser. No entanto, quando faz uso do floral e não tem
consciência ainda, a luz continua interagindo, mas a resposta levará mais tempo
para ser percebida ou acontecerá de outras formas.
É importante
saber que: "O floral dispara o desabrochar do ser". Por isso, os
utilizamos na umbanda
para harmonizar e instigar o consulente a participar do seu desenvolvimento
evolutivo, conhecendo-se melhor, sendo responsável pelos seus atos, já que ele
vem ao "terreiro" por vontade própria, em busca de ajuda.
O plano
espiritual auxilia, respeitando o merecimento de cada um, sem violar o
livrearbítrio, mas o consulente também tem de fazer a parte que lhe cabe,
mudando os seus pensamentos e atitudes, e não apenas pedindo troca de favores,
o que certamente não encontrará na umbanda. No que se
refere ao auxílio na personalidade humana, os florais atuam como equilibradores tanto nos
excessos da energia dos orixás, como na escassez. Exemplo: um indivíduo com
excesso de energia da vibração de Xangô será intolerante e pode desejar fazer
justiça com as próprias mãos. No caso de escassez da energia ligada à vibração
de Ogum, o indivíduo não assume as rédeas da própria vida, e possui uma vontade
fraca. Na falta de Oxum, a pessoa vive no passado, com saudade do que já
aconteceu, não se doa, não se entrega para a vida, e se torna ressentida.
O correto,
portanto, é vibrar nas sete linhas, nos sete orixás, já que cada um deles nos direciona
uma determinada vibração que nos fortalece no amor, no entendimento, na
humildade, na sabedoria, na justiça, no respeito etc. O uso do floral adequado
equilibra todas essas carências, atuando junto com os banhos e preceitos
orientados pelo regente umbandista. Mas é preciso principalmente nos
conscientizarmos do papel de cada um de nós, pois a vida é uma só, dividida em
várias existências, e somos hoje o reflexo de nossos atos de ontem.
Do livro: “Umbanda
Pé No Chão”
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