PERGUNTA:
Antes
de prosseguirdes no assunto, poderíeis nos explicar com mais clareza o que
sejam esse "cunho permanente" e "sinais acidentais", que resultam
dos pensamentos e das emoções definitivas ou provisórias sobre a contextura do perispírito?
RAMATÍS: Quando alguma obra humana se impõe definitivamente por alguma
expressão particular ou por um aspecto artístico, literário ou oratório
"sui generis", considera-se isso como um estilo, marca ou cunho permanente
que distingue o modo inimitável de se expressar do autor da manifestação
exterior. Diz-se, no vosso mundo, que o estilo é a maneira privativa que cada
um tem de exprimir o seu pensamento pela escrita ou pela palavra, pois pelo
estilo da escrita se conhece o escritor e pelo estilo da palavra o orador.
O
estilo, pois, é a expressão, a arte da forma, que torna sensíveis as ideias e
os sentimentos, através de um meio particular de exprimirmos os nossos pensamentos.
Ele abrange a ideia e a fortuna; expõe ao mundo exterior o conteúdo particular
da alma. Do
mesmo modo, através das características exteriores do perispírito, que
constituem o seu "cunho permanente", sintetizado nas convenções
sidéreas de cor, magnetismo, odor e luminosidade, também é possível conhecer-se
o tipo de alma ali presente. Esse "cunho permanente", da alma,
distingue-lhe a virtude fundamental, a sua máxima qualidade já conseguida no ritmo
de vida sideral ou, então, marca a sua paixão aviltante milenária, da qual ainda
não pôde se libertar. E verdade que, na maneira peculiar de o homem se
expressar, seja na
poesia, na literatura ou na oratória, ele também se vale de outras expressões
acidentais, ou de outros recursos e figuras provisórias, que não fazem parte
definitivamente do seu estilo consagrado, e que não expressam a sua exata
individualidade já construída no tempo.
Do
livro: “A Sobrevivência do Espírito” Ramatís/Hercílio
Maes – Editora do Conhecimento
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