Sabedoria Ramatis

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terça-feira, 16 de abril de 2013

Os Estigmas do pecado no corpo físico e no perispírito – 9ª parte









PERGUNTA: E quais seriam os sinais acidentais que poderíamos notar na aura daquele espírito extremamente egoísta, que nos serviu de exemplo?


RAMATÍS: Sobre sua aura de cor parda brilhante e reflexiva pela sujidade oleosa, poderiam se manifestar, acidentalmente, outras nódoas, manchas escuras repelentes, ou mesmo indícios de cores claras e belas, que seriam as variações dos sentimentos, emoções ou pensamentos, que também possam se manifestar de modo acidental numa alma "fundamentalmente" egocêntrica.


 
PERGUNTA: E qual seria a natureza exata dos pensamentos responsáveis pelas formas, cores, manchas, sinais ou nódoas acidentais, na sua aura parda?


RAMATÍS:  Já vos expliquei que não há espírito absolutamente perverso pois, mesmo no estado do mais profundo egoísmo, que é a paixão do excessivo amor ao bem próprio e desinteresse pelo alheio, ele tem momentos de angústia, saudade, ternura ou remorso, que são provenientes do impulso expansivo e ascensional, que incessantemente se origina da centelha divina palpitante do imo da alma. O espírito, por mais desprezível que se nos apresente, sempre é vulnerável a certo afeto, a algum ideal recalcado, e também pode ser vítima de suas próprias reflexões dolorosas ou desespero interior.
Mesmo os seres mais diabólicos não deixam de ter saudade da família e de certos amigos que deixaram na Terra, assim como há momentos, no recôndito dos seus corações, que clamam pela exaustão da própria maldade. Como a tendência inata da alma é a Ventura Espiritual, em afinidade com a natureza da centelha de luz interior provinda de Deus, sendo as trevas uma condição anormal, as entidades satânicas são como os viciados no álcool, que teimam em defender o sofisma de que assim é a verdadeira vida e o prazer de viver!
Malgrado os entusiasmos e os poderes diabólicos, os génios do mal comprovam que precisam viver em constante defensiva e vigilância, pois não ignoram que são odiados e vigiados pela desconfiança e hostilidade dos próprios associados e sequazes, que anseiam por suplantá-los. O diabolismo não é um estado de malignidade definitiva, porque é visitado incessantemente pelas oscilações benéficas, que vêm da intimidade espiritual e lhe enfraquecem a estrutura subversiva. Esse surto de pensamentos e sentimentos com intenções renovadoras, no psiquismo embrutecido, é que produzem novos efeitos de cores claras e límpidas sobre a aura permanente, e que em nosso exemplo têm o tom pardo terroso do egoísmo. São os sinais "acidentais" que se manifestam à superfície do perispírito, variando de conformidade com os sentimentos em jogo, nas cores correspondentes aos mesmos.




PERGUNTA: Podeis nos citar algumas dessas variações e suas respectivas cores?


RAMATÍS: Supondo-se que a alma profundamente egocêntrica, do nosso exemplo, se deixasse tomar momentaneamente por alguns impulsos de orgulho, ciúme e cólera, estas seriam outras paixões acidentais projetadas sobre o seu egoísmo. Então, sobre a cor áurica pardo-oleosa permanente, do egoísmo, surgiriam nódoas ou fragmentos de alaranjado escuro e brilhante, verde em matiz sujo e encarnado chamejante, que identificam, respectivamente, os padrões cromosóficos ou vibratórios do orgulho, ciúme e cólera. Em outro sentido, supondo-se um espírito cuja paixão fundamental fosse a cólera, a cor permanente de sua aura seria então um encarnado afogueado; desde que acidentalmente tivesse alguns assomos de egoísmo, o fenómeno seria inverso, pois nessa aura de encarnado permanente apareceriam nódoas ou manchas esparsas, de cor parda oleosa e suja, que é a cor do egoísmo .
Os sentimentos de tolerância e urbanidade revelam-se por alguns matizes de um verde claro e transparente; a saudade fraterna ou o amor sincero se denunciam pelo rosa-claro, enquanto que a ansiedade espiritual elevada se manifesta por uma formosa tonalidade de azul claro, luminescente, cujas cores, como formosas centelhas policrômicas, têm alguns momentos de vida, como sinais acidentais elevados sobre a aura fundamental do espírito.


Do livro: “A Sobrevivência do Espírito” Ramatís/Hercílio Maes – Editora do Conhecimento

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