Sabedoria Ramatis

Sabedoria Ramatis

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

ABORTO




PERGUNTA:  Muitas pessoas são defensoras do aborto, alegando não existir, nos primeiros meses de gestação, uma vida organizada; logo, se não existe uma vida disciplinada ou superior no ventre da mulher, não é delito a prática do aborto. Afirmam que, só depois de nascer a criança, há o aparecimento de uma personalidade para, depois, se desenvolver no decorrer da própria existência. Que dizeis?



RAMATÍS:  Nenhum julgamento científico, ou dos "entendidos", pode ser levado a sério, caso o seu autor desconheça essas três premissas fundamentais: vida imortal, Lei do Carma e Reencarnação. Qualquer opinião sem o conhecimento da vida real da individualidade imortal é absolutamente falsa, incoerente e sem fundamento plausível. Mesmo o dogma católico de que a alma do homem só se incorpora no corpo carnal na hora do nascimento é falho, porquanto existe vida e não se justifica o aborto do nascituro. Seria absurdo o fato de se gerar uma vestimenta de carne para uma alma, sem que ela mesma escolha o tipo da fazenda. Portanto, se a alma existe mesmo antes da formação do corpo carnal, obviamente, esse organismo é produto de um plano, ou esquema antecipado, no qual a futura mãe já está comprometida; e será culpada por fugir à responsabilidade de criá-lo. 
Mas, a realidade espiritual ainda é bem mais severa, porque o corpo carnal do homem não é simplesmente o traje físico, envergado pelo espírito para manifestar-se no mundo material — é a materialização de si mesmo, traço por traço, célula por célula, órgão por órgão. O organismo físico, em consequência, é o "traje vivo", em progressiva materialização no orbe terráqueo, dentro do ventre da mulher. Reafirmamos ser o aborto provocado causador de lesões profundas, traição, irresponsabilidade ou crime do espírito da mãe, a qual partiu do Espaço prontificando-se a cumprir essa tarefa, a fim de resgatar suas culpas passadas e auxiliar o espírito encarnante no seu retorno à vida física. Não há justificativa para se liberar o aborto, sob a alegação de não existir vida superior ou individualidade nos primeiros meses de gestação; o feto, em incessante transformação, é, na verdade, o próprio espírito a se plasmar na figura do _homem terrícola. Não se trata de justificar as condições fetais, mas a interrupção de uma vida planejada e ativada desde o Além, para se manifestar na forma de um ser, à superfície do mundo físico que, tanto poderá ser um flagelo, como um benfeitor da 65 humanidade.


PERGUNTA:  Qual é a mais grave repercussão do aborto no mundo espiritual?



RAMATÍS:  Sem dúvida, é a violência, a perda de tempo e energia desperdiçada num projeto cuidadosamente elaborado para um espírito materializar-se na Terra e ressarcir-se das culpas passadas, cujo remorso o aflige constantemente na vida astral. 
É impossível, para o homem encarnado, avaliar o sofrimento e o desespero da alma, quando a mãe lhe destrói o organismo carnal, destinado a servir-lhe de instrumento apropriado para se livrar mais breve dos seus desvios pregressos. Mal sabem as infelizes mães abortadeiras que esse rompimento imprevisível frustra um programa da mais alta responsabilidade espiritual, do qual os médicos e as "fazedoras de anjos" assumem a responsabilidade, e terão de ressarcir os danos causados à mãe e ao filho, em próximas reencarnações, atrasando a própria evolução espiritual 1. 
1 — Vide o capítulo "Os Charcos de fluidos nocivos no Astral Inferior", da obra "A Vida Além da Sepultura", de RAMATÍS, onde se descreve a terrível situação dos responsáveis pelo aborto, considerados os "inimigos da vida", além das deformações ideoplásticas que, depois, os materializam na Terra, compondo uma das repulsivas faunas teratológicas. Na hora infeliz do aborto, são seccionadas abruptamente as ligações não só de corpo para corpo, como, também, de espírito para espírito, frustrando uma plêiade de tarefeiros do Bem, curvados e pesarosos pela ignorância humana, a ceifar de um só golpe brutal a vida carnal e anímica de um ser esperançoso de encontrar a redenção de seus equívocos.



PERGUNTA: — Que dizeis da estuprada que, em conseqüência, engravida e pratica o aborto por causa da revolta Justa em expulsar de si o fruto de um delito hediondo? Ela também incorre na mesma culpa atribuída às que praticam o aborto sem um motivo real?



RAMATÍS:  Cada existência humana, já o dissemos, é um enredo elaborado e decorrente de acontecimentos vividos no passado. Não há, jamais, um "fio de cabelo" de injustiça por parte da Lei Cármica. A criatura humana passa sobre o planeta colhendo os frutos saborosos ou insulsos da má sementeira anterior ou, então, usufruindo dos benefícios da boa sementeira do passado. Nenhum acontecimento, fato ou vicissitude ocorre sem algum fundamento cármico geratriz, em encarnações anteriores.
Embora se verifique certa fatalidade nas vivências humanas, não há, propriamente, um destino implacável e insuperável, o qual é sempre decorrência de um programa previamente elaborado pelos próprios personagens do drama terrícola, sob a assistência de entidades superiores; e esses quadros aflitivos e acontecimentos trágicos ainda proporcionam a devida educação superior espiritual. Aliás, em obra anterior 2, expusemos que o próprio homicida não fica predeterminado a ser assassinado na próxima encarnação, mas, por força de sua índole inferior, é atraído para viver no seio de assassinos. Em verdade, quem mata elege-se para viver num ambiente ou coletividade afim a sua natureza criminosa, assim como o pintor, o músico e o escritor, na Terra, buscam-se, entre si, pela lei de afinidade, e passam a viver mais propriamente em grupos eletivos. 
Evidentemente, a mulher que sofre o estupro, e ainda a infelicidade de ser fecundada, malgrado ser vítima de revoltante ignomínia de um indivíduo desnaturado, demonstra encontrar-se desprotegida pela própria Lei infringida por ela no passado, quando provocou desditas semelhantes. A ação corretiva ou exemplificadora da Lei da Vida não implica uma injustiça, porquanto é do conhecimento do homem que "a semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória" ou que "a criatura sempre recebe segundo as suas obras". Não obstante quaisquer justificativas ou revoltas íntimas contra o fato, ainda cabe à mulher infelicitada e inconformada a tarefa de dar à luz o filho do tarado sexual, para redimir-se de culpas pretéritas. Sem dúvida, foi apanhada pela Lei no momento oportuno, pelos laços expiatórios, para saldar débitos passados. O estupro odioso é um acontecimento abominável e revoltante, ferindo profundamente o amor-próprio humano; no entanto, quer seja praticado o aborto por antipatia cármica, quer por questões sociais, financeiras ou excesso de filhos, é sempre um corpo em gestação expulso extemporaneamente do útero materno, onde se acolhia uma alma em terrível aflição psíquica. O certo é que o aborto, em tempo algum, repara qualquer dano ou injustiça. A gravidez é uma determinação cármica e, jamais, produto acidental de um acaso, jubiloso ou triste.

2 — Vide a obra "O Evangelho a Luz do Cosmo", de Ramatís/Hercilio Maes, Editora do Conhecimento.



DO LIVRO: “SOB A LUZ DO ESPIRITISMO” RAMATÍS/HERCÍLIO MAES – EDITORA DO CONHECIMENTO.








Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...