PERGUNTA:
Poderíeis dar-nos alguns exemplos desses
estigmas, que se transmitem do perispírito para o corpo físico, em cada
reencarnação?
RAMATÍS: Alhures já dissemos que o corpo físico é a materialização do perispírito,
com qualidades e defeitos que lhe são próprios; é uma espécie de
"mata-borrão" vivo, que durante a existência humana absorve as
toxinas da alma. Os estados de espírito em equívoco do homem em cada vivência
carnal geram-lhe condições aflitivas ou mesmo trágicas nas existências futuras.
Aliás, o pecado não é uma ofensa a Deus, mas ao próprio = pecador, em face da
ação dos resíduos patológicos de natureza psíquica, que depois infelicitam pela
sua natureza opressiva.
A
crueldade, por exemplo, produz fluidos tóxicos tão corrosivos e aderentes à
alma perversa, que ao descerem ou drenarem do perispírito para o corpo físico,
na próxima existência, perturbam o metabolismo neuropsíquico e causam
distúrbios mentais, tais como as paranóias, esquizofrenias, personalidades
psicopáticas perversas. Daí o motivo por que existe uma periculosidade latente
em todos estes casos, pois ele sente em si mesmo as erupções das maldades
anteriores. As impotências e esterilidades, mais afins às áreas do sistema
endocrínico, podem ser efeitos do excesso de luxúria em vidas pregressas; as paixões
violentas e destrutivas conduzem futuramente à epilepsia, aos ataques
convulsivos, cuja compensação medicamentosa é difícil e, às vezes, quase
impossível, terminando na demência epiléptica.
Os avarentos retomam mendigos, e toda inteligência aplicada
censuravelmente em proveito pessoal político, pecaminoso ou pilhagem alheia,
produz futuramente as oligofrenias. A gula estigmatiza e deforma o sistema
digestivo perispiritual, ocasionando futuros distúrbios digestivos. Os viciados
em entorpecentes, no passado, como heroína, morfina, ópio, haxixe ou cocaína e,
atualmente, em maconha, mescalina, psiroliscibina, DMT ou LSD, tanto quanto os
que abusam da inteligência em desfavor alheio, sempre retomam à vida humana
compondo a fauna triste e infeliz dos retardados mentais ou psicopatas, cujas
faces embrutecidas traem o estigma e o torpor do vício pregresso. 15
15 - Nota do Médium - Vide conto esclarecedor sobre o assunto,
da autoria de Irmão X, intitulado "Grande Cabeça", capítulo XXIII, da
obra "Contos e Pontos", transmitido a Chico Xavier; idem, o conto reencarnacionista
"Ergástulo de Carne", da obra "Semeando e Colhendo" ditada pelo
espírito Atanagildo e sob o patrocínio de Ramatís.
Finalmente, durante algumas existências e encarnações acumula-se
um fluido pecaminoso produzido pelos atos negativos do espírito, gerado sob os
estados censuráveis de maledicência, calúnia, julgamento mau, injusto, pragas,
feitiços mental, verbal e através de objetos ou ritos diabólicos. Trata-se de
um fluido tão pernicioso e aderente ao perispírito, que a entidade, sob essa culpa,
necessita de duas, três ou até mais encarnações, a fim de drená-lo de modo
suportável e sobreviver sem o desespero da auto destruição.
Comumente, os espíritos saturados desse fluido mórbido e que na
vida espiritual afeta atrozmente o perispírito, precisam preparar-se preliminarmente
em existência física anterior, inclusive rogar a proteção de amigos
espirituais, a fim de os ajudarem a suportar a prova cruciante até o prazo
fixado pela Lei.
PERGUNTA: Qual é a enfermidade cármica que resulta desse fluido mórbido, proveniente de
atos negativos do espírito encarnado?
RAMATÍS: Quando esse fluido enfermiço, produto dos maus pensamentos, das
más palavras e dos atos físicos de prejuízo ao próximo, desagrega-se do
períspirito imortal, atraído pelo magnetismo do corpo físico, então afeta o
campo celular do homem, reduz a taxa de prana, diminui a oxigenação e aumenta o
carbono, lesando o núcleo das células. Tratando-se de um procedimento cármico
contra o princípio positivo e criativo da própria vida, do qual resultam
impactos de cargas fluídicas negativas, que diminuem a assimilação prânica,
então, se produz a conhecida anomalia cancerígena, o temido câncer, que tanto
mais se alastra quanto a humanidade se atira famélica à pilhagem, ao prejuízo e
à maldosa competição humana.
DO
LIVRO: “O EVANGELHO À LUZ DO COSMO” RAMATÍS/HERCÍLIO MAES – EDITORA DO
CONHECIMENTO.
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