É
o momento em que os costumes, as convenções e as tradições comuns, que demarcam
o pudor e a honestidade, se inverterão, sendo levados à conta de concepções
obsoletas e de preconceitos tolos, diante da pseudo-emancipação do século. Sob
rótulos pitorescos e terminologias brilhantes, as maiores discrepâncias de
ordem moral são aceitas como libertação filosófica ou nova compreensão da vida!
Para
os realistas do século atômico, emancipação significa libertação do instinto
inferior, com o cortejo de sensações animais, que se disfarçam sob o fascínio
do traje e dos cenários da civilização moderna. Multiplicam-se então os antros
do prazer fescenino e do jogo aviltante; proliferam as indústrias alcoólicas; desbraga-se
a carne moça recém-saída da escola primária; proliferam os costureiros especialistas
em ressaltar os contornos anatómicos femininos; enriquecem-se os fotógrafos dos
ângulos lascivos da mulher; rompem-se os laços íntimos da família no conflito
dos bens herdados; os desgraçados sofrem fome na vizinhança dos banquetes
aristocráticos do caviar ou do faisão importado; as mulheres pobres tremem de
frio diante dos casacos de pele de elevadíssimo preço, ostentados por mulheres
sobrecarregadas de jóias raras!
Pouco
a pouco odeia-se o trabalho, pois a fortuna se consegue mais facilmente a golpes
de desonestidade; desconfia-se da religião, porque os seus instrutores fazem do
templo uma casa de negócio e o contato com os ricos lhes rouba o tempo para atender
ao pobre!
O mundo se povoa de cassinos, boates, antros de tolerância que se instalam em promiscuidade com as residências de pessoas dignas; surgem os estádios faraónicos, mas apodrece o vigamento do hospital edificado à custa de esmolas; aumenta o comércio do livro obsceno e negocia-se a carne da mulher seduzida pela vida fácil! A verdadeira beleza do espírito perde o controle estético dos objetivos superiores; aumentam os frigoríficos, as charqueadas e os açougues modelo, para matança organizada do irmão inferior, que é enlatado e servido sob os mais pitorescos cardápios; aumenta a carga dos prostíbulos e pede-se a construção de mais penitenciárias! Enquanto isso, os psicólogos e os filósofos sentenciosos ironizam a "ingénua" beleza da moral apregoada pelo Evangelho de Jesus e propalam, sob precioso tecnicismo de fascinação aos incautos, que estamos na época de emancipação do homem e de sua libertação dos preconceitos de antanho!
O mundo se povoa de cassinos, boates, antros de tolerância que se instalam em promiscuidade com as residências de pessoas dignas; surgem os estádios faraónicos, mas apodrece o vigamento do hospital edificado à custa de esmolas; aumenta o comércio do livro obsceno e negocia-se a carne da mulher seduzida pela vida fácil! A verdadeira beleza do espírito perde o controle estético dos objetivos superiores; aumentam os frigoríficos, as charqueadas e os açougues modelo, para matança organizada do irmão inferior, que é enlatado e servido sob os mais pitorescos cardápios; aumenta a carga dos prostíbulos e pede-se a construção de mais penitenciárias! Enquanto isso, os psicólogos e os filósofos sentenciosos ironizam a "ingénua" beleza da moral apregoada pelo Evangelho de Jesus e propalam, sob precioso tecnicismo de fascinação aos incautos, que estamos na época de emancipação do homem e de sua libertação dos preconceitos de antanho!
DO
LIVRO: “MENSAGENS DO ASTAL” RAMATÍS/HERCÍLIO MAES – EDITORA DO CONHECIMENTO.
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