Pergunta: Quando o espírito volta para o corpo físico, não deveria a sua memória astral
conjugar-se automaticamente à memória do cérebro carnal?
Ramatís: Aquilo que é visto e vivido pelo cérebro físico transforma-se em
conhecimentos definitivos para o espírito, visto que este sempre se encontra
presente a todos os acontecimentos em ambos os mundos, o material e o astral;
mas aquilo que o espírito só percebe ou de que participa quando em liberdade no
astral, não pode ser registrado no cérebro físico, pela simples razão de que se
mantém ausente. Deste modo, é muito difícil ao espírito, quando encarnado,
recordar com clareza as suas saídas astrais, ou então evocar acontecimentos que
só foram vividos noutras existências anteriores, pois embora tudo isso esteja
realmente gravado no cérebro do perispírito imortal, continua a ser da mais
completa ignorância do cérebro físico de cada nova encarnação.
Uma
vez que o cérebro carnal não pode perceber acontecimentos que, durante a noite,
são presenciados unicamente pelo perispírito, ou que se registraram em outras
encarnações e só foram observados por outros cérebros já "falecidos",
é evidente que também não poderá recordá-los através de nova consciência gerada
no mundo físico e completamente alheia ao pretérito! Se não podeis transportar
para o cérebro físico, em cada nova encarnação, a lembrança dos acontecimentos
gravados exclusivamente no cérebro do perispírito imortal, é natural que,
durante a nova existência carnal, também não possais recordar o passado, salvo por
efeito de aguçada sensibilidade psíquica ou através de alguma experiência
psíquica incomum, como no caso da hipnose.
As evocações do passado, no entanto,
tornam-se possíveis àqueles que se ausentam com facilidade do corpo físico,
pois a libertação astral, quando assídua, muito ajuda a projetar a memória
perispiritual para o cérebro de carne. A maior familiaridade dos orientais para
com o fenômeno do mundo oculto e os seus labores iniciáticos permitem-lhes
maior revivescência da memória etéreo-astral, fazendo-os recordarse dos fatos
mais importantes das suas vidas anteriores.
DO
LIVRO: “A Sobrevivência do Espírito” Ramatís E Atanagildo/Hercílio Maes –
EDITORA DO CONHECIMENTO.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.