Sabedoria Ramatis

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terça-feira, 30 de outubro de 2012

Algumas observações sobre animismo - VIII






PERGUNTA: Sob vossa opinião será impossível a comunicação de um Marcos, João, Mateus, Lucas ou Paulo de Tarso?

RAMATÍS: De modo algum a achamos impossível, desde que para isso exista o médium afinizado aos mesmos propósitos e idéias superiores que eles esposam. Importa-nos frisar que justamente os espíritos mais elevados e conscientes de sua condição espiritual são os que mais apreciam o anonimato e procuram esconder sua identidade sob pseudônimos singelos, quando se comunicam com a Terra. É o caso de João Evangelista que, tendo sido Samuel, o profeta puro da Bíblia, retomou à carne no século XII como Francisco de Assis, por cujo motivo, se realmente ele estivesse preocupado em salientar sua figura mais lisonjeira do mundo físico, também se apresentaria nos trabalhos mediúnicos com esta última personalidade mais evidente na sua linhagem espiritual.

Os grandes líderes espirituais preferem o anonimato em suas manifestações mediúnicas, evitando nutrir o senso de superioridade nos médiuns, que se envaideceriam com a sua presença gloriosa. Sob a figura humilde, amorosa e iletrada do preto-velho ou do "joão ninguém", muitas vezes esconde-se um espírito fúlgido, do Senhor, tudo fazendo para não humilhar os demais médiuns que não usufruem de sua alma angélica. Os anjos não descem à Terra para com suas luzes afrontarem os pecadores, mas vestem-se ao nível dos seres humanos que pretendem ajudar.


PERGUNTA:  Porventura todos esses guias, como Francisco de Assis, os apóstolos e demais figuras de relevo do Cristianismo, são apócrifos? Os médiuns que os recebem estarão iludidos?


RAMATÍS: Não vos esqueçais do que notificamos antes. Tais almas podem "inspirar" os medianeiros terrenos, intuí-los mesmo para que prossigam no serviço espiritual sob o paraninfo de seus nomes consagrados junto ao Mestre Jesus. Todo desejo e objetivo de recuperação espiritual é imediatamente assistido pelo Alto e, conseqüentemente, paraninfado por grupos de espíritos que operam sob a égide de determinado "santo" ou apóstolo consagrado. Mas é preciso que os médiuns despertem para o bom senso, lembrando-se de que tais almas não podem viver-lhes às costas solucionando quizilas domésticas e proferindo máximas lacrimosas, que devam justificar-lhes a personalidade terrena.


Do livro: “Mediunismo” Ramatís/Hercílio Maes – Editora do Conhecimento.

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