PERGUNTA: Sob
vossa opinião será impossível a comunicação de um Marcos, João, Mateus, Lucas
ou Paulo de Tarso?
RAMATÍS: De modo algum a achamos impossível, desde que para isso exista o médium
afinizado aos mesmos propósitos e idéias superiores que eles esposam.
Importa-nos frisar que justamente os espíritos mais elevados e conscientes de
sua condição espiritual são os que mais apreciam o anonimato e procuram
esconder sua identidade sob pseudônimos singelos, quando se comunicam com a
Terra. É o caso de João Evangelista que, tendo sido Samuel, o profeta puro da
Bíblia, retomou à carne no século XII como Francisco de Assis, por cujo motivo,
se realmente ele estivesse preocupado em salientar sua figura mais lisonjeira
do mundo físico, também se apresentaria nos trabalhos mediúnicos com esta
última personalidade mais evidente na sua linhagem espiritual.
Os
grandes líderes espirituais preferem o anonimato em suas manifestações
mediúnicas, evitando nutrir o senso de superioridade nos médiuns, que se
envaideceriam com a sua presença gloriosa. Sob a figura humilde, amorosa e
iletrada do preto-velho ou do "joão ninguém", muitas vezes esconde-se
um espírito fúlgido, do Senhor, tudo fazendo para não humilhar os demais médiuns
que não usufruem de sua alma angélica. Os anjos não descem à Terra para com
suas luzes afrontarem os pecadores, mas vestem-se ao nível dos seres humanos
que pretendem ajudar.
PERGUNTA:
Porventura todos esses guias, como
Francisco de Assis, os apóstolos e demais figuras de relevo do Cristianismo, são
apócrifos? Os médiuns que os recebem estarão iludidos?
RAMATÍS:
Não vos esqueçais do que notificamos antes. Tais almas podem
"inspirar" os medianeiros terrenos, intuí-los mesmo para que
prossigam no serviço espiritual sob o paraninfo de seus nomes consagrados junto
ao Mestre Jesus. Todo desejo e objetivo de recuperação espiritual é
imediatamente assistido pelo Alto e, conseqüentemente, paraninfado por grupos
de espíritos que operam sob a égide de determinado "santo" ou
apóstolo consagrado. Mas é preciso que os médiuns despertem para o bom senso, lembrando-se
de que tais almas não podem viver-lhes às costas solucionando quizilas
domésticas e proferindo máximas lacrimosas, que devam justificar-lhes a
personalidade terrena.
Do
livro: “Mediunismo” Ramatís/Hercílio Maes – Editora do Conhecimento.
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