PERGUNTA: Mas não existem crianças médiuns, cuja
mediunidade avançada lhes permite superarem as atividades mediúnicas dos
próprios adultos?
RAMATÍS: Dissemos,
há pouco, que a mediunidade é como a flor, exigindo o cultivo só no momento
propício do seu desabrochar. É óbvio que a criança, quando portadora de fenômenos incomuns, por faculdade mediúnica
espontânea, ela os exerce como um fato inerente à sua própria pessoa, mas sem
sofrer angústias ou aflições. Tal como ela ri, canta e salta, também os produz
sem esforço e espanto; para si é manifestação natural de sua própria
constituição ancestral.
É acontecimento que ela não discute, nem guarda
prevenções, pois até os considera próprios da criatura humana. Muitas crianças narram
acontecimentos miraculosos sem demonstrar espanto ou receio; mesmo as visões psíquicas,
que elas identificam, ainda as consideram como um fato natural à sua existência
física. Em conseqüência, depois de adultas, terminam por relacionar os
fenômenos medianímicos que viveram espontaneamente na infância ligando-os então
aos postulados doutrinários do Espiritismo, mas sem considerá-los indesejáveis
ou frutos de distúrbio mental.
Aliás, o intercâmbio mediúnico é serviço de grave
responsabilidade espiritual e, sem dúvida, de pouco sucesso quando entregue ao
menino ou à menina, que ainda vivem sonhos românticos e impulsos festivos, sem
os compromissos próprios dos adultos.
Evidentemente não se recomenda entregar a direção de
fatigante indústria ao menino impulsivo, ou o comando da cozinha de um pensionato,
à menina que ainda se preocupa com as bonecas.
Do livro: “Elucidações
Do Além” Ramatís/Hercílio Maes – Editora do Conhecimento
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