PERGUNTA:
Supondo-se um médium anímico que, embora só transmitindo o que é de si e à
conta de manifestação de espíritos, seja tão culto, sensato e de conduta moral
irrepreensível, que exponha os seus pensamentos em alto teor intelectivo e
espiritual, como poderíamos classificação na tese anímica?
RAMATÍS:
Nesse caso é criatura que supera a maioria dos médiuns, pois, se é
inteligente, de moral superior e sensível à vida espiritual angélica, não deixa
de ser um médium intuitivo-natural, um feliz inspirado que pode absorver
diretamente na Fonte Divina os mais altos conceitos filosóficos da vida imortal
e as bases exatas da ascese espiritual. Ao
contrário da criatura exclusivamente anímica, que só oferece um conteúdo pobre
e superficial na sua passividade psíquica, o intuitivo natural chega a
pressentir a própria transformação do futuro e reconhece com absoluta segurança
quais os valores evolutivos da mais alta espiritualidade.
Domina o fenômeno de
sua auscultação espiritual e dirige-o desperto e consciente, em apreciável
coerência garantida pela sensatez do seu intelecto superior. No entanto, o
médium anímico mas inculto, sugestionável, enfermiço
ou moralmente falho é a vítima passiva de suas próprias ideias fixas, das
emersões da memória pregressa e das sugestões anímicas medíocres. Facilmente
ele há de tomar por manifestação de espíritos desencarnados tudo aquilo que se
patenteia à superfície de sua mente e sob a influência de qualquer clima
catalisador de animismo.
Do
livro: “Mediunismo” Ramatís/Hercílio Maes – Editora do Conhecimento.
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