PERGUNTA:
Por que motivo entre os vários retratos que foram pintados mediunicamente sobre
a vossa figura perispiritual, nenhum deles se parece estritamente convosco? O
vosso sensitivo explica-nos que sois amorenado, olhos oblíquos e que não tendes
o aspecto adolescente de um jovem de quinze anos, como vos pintaram. Também
apresentais uma fisionomia expressivamente ocidentalizada, quando, na
realidade, sois um tipo oriental descendente de hindu e chinesa. Diz o médium
que a maior semelhança entre vós e os retratos mediúnicos pintados reside
somente no tipo das vestes, do turbante e das cores de vossa aura. Que dizeis?
RAMATÍS:
As diferenças comumente existentes entre a verdadeira configuração
perispiritual dos desencarnados e as pinturas mediúnicas resultam mais
propriamente dos efeitos imprecisos e muito comuns dos fenômenos de
ideoplastia. As idéias e os pensamentos produzem ondas e radiações que, por sua
vez, devem formar imagens daquilo em que se pensa. No entanto, como as nossas são
configuradas no plano da 4.a dimensão, nem sempre se ajustam com exatidão às
formas tridimensionais da visão carnal.
Assim,
é muito difícil para os encarnados obter uma fotografia perfeita e exata das
idéias ou das imagens que projetamos do Além sobre a mente dos médiuns
intuitivos, videntes ou desenhistas.
Mesmo
quanto à exatidão das comunicações faladas ou psicografadas dos nossos
pensamentos, ainda são raros os médiuns intuitivos que apanham a realidade
intrínseca do assunto que desejaríamos transferir para o conhecimento do mundo
material.
Em
comparação com a frequência retardada dos acontecimentos do mundo material,
ainda é muito grande o aceleramento ou a fuga vibratória dos fenômenos que se
sucedem no mundo astral, do que resulta considerável desajuste no mesmo tempo
da ocorrência. Como ilustração concreta dos nossos dizeres, basta dizer que o
nosso médium, neste momento, mobiliza toda a sua capacidade psíquica para
captar com êxito as idéias que formulamos do "lado de cá" e, no
entanto, não consegue transferir fielmente para a matéria o assunto que sente
na intimidade de sua alma. Servindo-nos de rude exemplo, diríamos que, enquanto
emitimos um "tonel" de pensamentos, o nosso médium só consegue captar
em seu equipo físico a quantidade pensada que simbolicamente só caberia num
"copo".
Do livro:
“Mediunismo” Ramatís/Hercílio Maes – Editora do Conhecimento.
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