Sabedoria Ramatis

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quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Algumas observações sobre animismo - II







PERGUNTA: Então a comunicação do médium completamente anímico não passa de mistificação inconsciente; não é assim?


RAMATÍS: Quando o médium não tem o intuito de enganar os que o ouvem, não podeis admitir a mistificação inconsciente. A comunicação anímica é decorrente da falsa suposição íntima de a criatura julgar-se atuada por espíritos, por cujo motivo transmite equivocadamente suas próprias idéias. A mistificação, no entanto, é fruto da má intenção.
 

PERGUNTA: No conceito da mediunidade, o médium anímico tem algum valor positivo?


RAMATÍS:  A criatura anímica, quando em transe, pode revelar também o seu temperamento psicológico, as suas alegrias ou aflições, suas manhas ou venturas, seus sonhos ou derrotas. Desde que essa manifestação anímica, à guisa de mediunidade, se manifeste pelo transe conturbado e assinalada por cenas dolorosas, fatos trágicos ou detestáveis, então trata-se de médium desajustado ou doente, que necessita mais de amparo e orientação espiritual, para dominar as impressões mórbidas do subconsciente, do que mesmo de desenvolvimento mediúnico. 
Algumas vezes ele transmite animicamente os fatos mórbidos que o impressionaram na infância ou mesmo as cenas trágicas vividas na existência pregressa, como se fossem a história de espíritos infelizes desencarnados. As emersões freudianas da terminologia psicanalítica também são responsáveis por algumas dessas supostas manifestações intempestivas e conturbadas, em que os médiuns excessivamente anímicos e sugestionáveis pressupõem manifestações do Além-Túmulo.


Do livro: “Mediunismo” Ramatís/Hercílio Maes – Editora do Conhecimento.

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