PERGUNTA:
Então a comunicação do médium completamente anímico não passa de mistificação
inconsciente; não é assim?
RAMATÍS:
Quando o médium não tem o intuito de enganar os que o ouvem, não
podeis admitir a mistificação inconsciente. A comunicação anímica é decorrente
da falsa suposição íntima de a criatura julgar-se atuada por espíritos, por
cujo motivo transmite equivocadamente suas próprias idéias. A mistificação, no
entanto, é fruto da má intenção.
PERGUNTA:
No conceito da mediunidade, o médium anímico tem algum valor positivo?
RAMATÍS:
A criatura anímica, quando
em transe, pode revelar também o seu temperamento psicológico, as suas alegrias
ou aflições, suas manhas ou venturas, seus sonhos ou derrotas. Desde que essa
manifestação anímica, à guisa de mediunidade, se manifeste pelo transe
conturbado e assinalada por cenas dolorosas, fatos trágicos ou detestáveis, então
trata-se de médium desajustado ou doente, que necessita mais de amparo e orientação
espiritual, para dominar as impressões mórbidas do subconsciente, do que mesmo
de desenvolvimento mediúnico.
Algumas vezes ele transmite animicamente os fatos mórbidos
que o impressionaram na infância ou mesmo as cenas trágicas vividas na
existência pregressa, como se fossem a história de espíritos infelizes
desencarnados. As emersões freudianas da terminologia psicanalítica também são responsáveis
por algumas dessas supostas manifestações intempestivas e conturbadas, em que
os médiuns excessivamente anímicos e sugestionáveis pressupõem manifestações do
Além-Túmulo.
Do
livro: “Mediunismo” Ramatís/Hercílio Maes – Editora do Conhecimento.
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