PERGUNTA:
Que devemos entender por animismo, no
tocante às comunicações mediúnicas da seara espírita?
RAMATÍS:
Animismo, conforme explica o dicionário do vosso mundo, é o
"sistema fisiológico que considera a alma como a causa primária de todos
os fatos intelectivos e vitais. O
fenômeno anímico, portanto, na esfera de atividades espíritas, significa a intervenção
da própria personalidade do médium nas comunicações dos espíritos desencarnados,
quando ele impõe nelas algo de si mesmo à conta de mensagens transmitidas do
Além-Túmulo.
Assim, quando os aficionados do Espiritismo afirmam que
determinada comunicação mediúnica foi "puro-animismo" querem explicar
que a alma do médium ali interveio com exclusividade, tendo ele manifestado
apenas os seus próprios conhecimentos e conceitos pessoais, embora depois os
rotulasse com o nome de algum espírito desencarnado.
Essa
interferência anímica inconsciente, por vezes, é tão sutil, que o médium é
incapaz de perceber quando o seu pensamento intervém ou quando é o espírito
comunicante que transmite suas ideias pelo contato perispiritual.
PERGUNTA:
Porventura não considerais o animismo um percalço indesejável nas comunicações
espíritas?
RAMATÍS: Servindo-nos dos médiuns da Terra, curvamo-nos imensamente gratos ao Pai pelo
ensejo de podermos inspirá-los em favor da ventura, do bem e da alegria dos seres
humanos. Por isso não desprezamos a oportunidade dos médiuns anímicos quando eles
nos interpretam a seu modo pessoal, desde que conservem a idéia central e
autêntica daquilo que lhes incutimos na alma.
Do livro:
“Mediunismo” Ramatís/Hercílio Maes – Editora do Conhecimento.
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