Sabedoria Ramatis

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quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Elucidações sobre a prece – 3ª Parte








PERGUNTA: - No entanto, pela tradição histórica sertaneja soubemos de facínoras e guerrilheiros, que tinham o "corpo fechado": graças às "simpatias": rezas e orações misteriosas que eles conduziam consigo, as quais, além de protegê-los contra os seus inimigos, também os livravam de acertarem contas com as autoridades policiais. Que dizeis disso?


RAMATÍS: - Tal acontecimento resulta da convocação de energias subvertidas do mundo astral inferior. É conluio dos espíritos "satânicos" que, por intermédio dos seus bruxos e feiticeiros sediados na carne, operam em favor de súditos afins, proporcionando-lhes a imunização" corpo fechado", isto é, um circuito forte de magnetismo inferior. É mobilização das cargas astralinas agressivas, concentradas num campo magnético denso, sustentando a cortina de fluidos animalizados em torno do protegido. Para o êxito de tal cometimento, esses magos das sombras utilizam-se de talismãs, símbolos, recursos hipnóticos, substâncias odoríferas agrestes ou mesmo apetrechos de uso pessoal do mesmo Depois submetem tais coisas à baixa freqüência vibratória, dentro da lei de que "os semelhantes atraem os semelhantes" 2 e através de exorcismos, liturgias diabólicas e rituais bárbaros, compõem uma atmosfera fluídica isolante ou refratária em torno dos seus adeptos e pupilos.



2 - Nota do Revisor: "Talismãs e altares, vestes e paramentos, símbolos e imagens, vasos e perfumes, não passam de petrechos destinados a incentivar a produção de ondas mentais, nesse ou naquele sentido, atraindo forças do mesmo tipo que as arremessadas pelo operador dessa ou daquela cerimônia mágica ou religiosa e pelas assembléias que os acompanham, visando a certos fins". Trecho extraído da obra "Mecanismos da Mediunidade", capítulo XXV, "Oração", da autoria de André Luiz por Chico Xavier e Waldo Vieira. Edição da Livraria da Federação Espírita Brasileira.

Assim como a lente sob o Sol concentra-lhe os raios formando um foco luminoso e calorífero de maior potencial, esses magos negros fazem convergir as forças primitivas ou maléficas sobre os objetos, coisas e criaturas a serem alvejadas pela magia negra. Malgrado possam imobilizar energias inferiores para a proteção dos seus comparsas na matéria, noutro sentido, também lhes invertem os polos magnéticos; e, em vez de promoverem o tradicional" corpo fechado", hostilizam desafetos, enfeitiçam criaturas atendendo solicitações de vingança e semeiam, nas vítimas, enfermidades e perturbações. Assim, a mesma carga de fluidos inferiores que lhes serve para a segurança dos apaniguados das "trevas", eles também podem usá-la para fins maléficos contra os que lhes são antipáticos.

Em verdade, esses processos de magia, que até há pouco eram considerados superstições, fetichismo e lendas, a Ciência moderna atualmente já os estuda e os experimenta à luz dos laboratórios e verifica que os inacreditáveis "fenômenos sobrenaturais" que sofriam a repulsa das mentes científicas, hoje já se explicam satisfatoriamente sem violentar os padrões científicos do equilíbrio planetário. A bomba atômica veio comprovar a veracidade das historietas infantis, onde os gênios e as fadas desencadeavam forças que destruíam cidades e coisas. As ondas eletromagnéticas emitidas pelas correntes d'água subterrâneas, os veios de chumbo, cobre ou demais metais, hoje já dispõem os cientistas a favor do evento científico de radiestesia; as ondas ultracurtas cerebrais confirmam a realidade inconteste da transmissão telepática; o estudo da radioatividade surpreende pelo poderio do átomo; a identificação das emissões etéricas das auras das coisas e dos seres firma a realidade dos tradicionais "registros akáshicos" tão citados nas obras ocultistas do Oriente e comprovam a psicometria tão conhecida dos monges e iogues da velha Índia.
O raio laser, o radar, o neutrino, o controle magnético remoto, as ondas hertzianas, a desintegração atômica, a microfotografia eletrônica da luminosidade irradiada pelos tecidos, vegetais e animais, a matéria transformando-se em energia e vice-versa, são descobertas que a Ciência hoje domina sem equívocos. No entanto, foram fenômenos espantosos e tidos como absurdos no tempo dos nossos bisavós. Assim como já existem trajes de proteção de vidro à prova de bala, em breve, o homem também poderá garantir-se com um "corpo fechado" ou campo magnético defensivo contra as investi das e as más intenções alheias. E sem parafrasearmos a obra de Wells, 3 não tarda a vestimenta eletrônica, que tornará o homem invisível à visão comum, quando assim o desejar, mesmo para fugir dos seus inimigos.

3 - Obra de H.G. Wells, "O Homem Invisível", mais tarde levada à tela cinematográfica sob a interpretação de Claude Rains.

No entanto, tudo isso que a Ciência já descobriu e ainda explicará no futuro através de experimentos científicos e pelo controle absoluto das forças ocultas, a mente poderosa e treinada dos magos de antanho já o conhecia e o realizava, por um esforço incomum, atuando no campo de energias eletrobiológicas e atendendo à própria lei de que os "semelhantes atraem os semelhantes". No entanto, o lendário "corpo fechado" só era conquista dos "afilhados" das Trevas e, comumente, proporcionado àquele que já possuía algo da faculdade mediúnica de exteriorização ectoplásmica capaz de ativar um campo fluídico-magnético denso e isolante.

Mas, em face da própria lei de que a "semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória", os delinquentes favorecidos pelas Sombras, com o "corpo fechado", que lhes garantia as atividades criminosas e cobertura da justiça do mundo material, depois de desencarnados não se livram dos seus protetores diabólicos, que passam a utilizá-los como instrumentos vivos para as tarefas repulsivas de obsessões e vampirismo contra os vivos.
Isto comprova que não é destituída de fundamento a lenda do "homem que vendia a alma ao Diabo", pois toda criatura que é apadrinhada na matéria pelos espíritos malignos, depois, fica a lhes dever a paga, obrigando-se a desempenhar funções maléficas.
É evidente que a oração, em sua sublime expressão de catalisador angélico, não pode servir para cobertura iníqua do lendário" corpo fechado", que se destina a livrar o seu portador das conseqüências punitivas devidas a atos criminosos. As clareiras de luz que se formam em tomo do homem durante o êxtase da prece, em que a emoção do seu espírito evoca o Amor de Deus, não podem servir de condensador de fluidos inferiores para fins execráveis. Enquanto a prece é uma vibração de energias excelsas para o serviço do Bem e do Amor, a proteção do "corpo fechado" é condensação de forças hostis e primitivas do astral inferior, para então servirem de escudo à ação dos malfeitores.


Do livro: “ELUCIDAÇÕES DO ALÉM” Ramatís /Hercílio Maes – Editora do Conhecimento.

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