Sabedoria Ramatis

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domingo, 22 de setembro de 2013

Elucidações sobre a prece – 5ª Parte



PERGUNTA: - Que dizeis da ação da prece usada como recurso defensivo nos trabalhos mediúnicos de intercâmbio com os espíritos desencarnados?

RAMATÍS: - A prece, realmente, é um dos recursos eficientes para o bom êxito do intercâmbio medi único, uma vez que essa relação mediúnica entre "vivos" e "mortos" processa-se geralmente através do contato perispiritual dos desencarnados com o perispírito do médium. Desde que o intercâmbio mediúnico efetua-se particularmente pelo ajuste oculto e energético do perispírito de ambos os comunicantes, é óbvio que o seu sucesso depende bastante da qualidade dos fluidos e do magnetismo que forem mobilizados no ambiente dos trabalhos espíritas.
Sem dúvida, tal sucesso é negativo nas relações mediúnicas entre os espíritos de baixa categoria espiritual e os homens venais ou corruptos, que se afinam mentalmente a um campo magnético de forças inferiores. O intercâmbio sadio exige no ambiente ausência de quaisquer fluidos mortificantes e perniciosos; e a prece é um poderoso agente de profilaxia e defesa vibratória. Mas é óbvio que, durante o intercâmbio mediúnico com o Além, os guias e os mentores espirituais não são obrigados a sustentar no ambiente de trabalho um padrão fluídico superior, quando os seus próprios componentes permaneçam dominados por impulsos mentais censuráveis, que alteram a harmonia do conjunto.


PERGUNTA: - Em que condições a prece é insuficiente, negativa ou até mesmo inconveniente?

RAMATÍS: - Insistimos em dizer que a prece, em face de sua natureza excelsa e imponderável, é súplica religiosa ou rogativa terna, pairando acima dos interesses egoístas do ser. Ela vivifica a alma e exalta o Bem; sendo, portanto, censurável que alguns homens subvertidos convoquem forças mentais para atender aos seus objetivos mercenários, egocêntricos ou até vingativos. A oração é negativa quando não é mobilizada exclusivamente para o bem do Espírito imortal ou em benefício do próximo. Eis por que não são preces, mas, sim, "invocações satânicas", os apelos e as cerimônias litúrgicas dos sacerdotes imprudentes, quando benzem canhões, cruzadores, submarinos belicosos e armas mortíferas, que se destinam a massacrar pretensos inimigos em guerras fratricidas.
Também não correspondem ao caráter excelso e redentor da prece as rezas, os cantochões e as ladainhas extensas com que esses infelizes ministros de Deus julgavam burlar a lei do Amor quando, nas fogueiras da Inquisição, queimavam as suas vítimas indefesas. Jamais o Alto admitiria esse truncamento da oração mediadora do Espírito e estímulo da Vida - para cobertura de crueldades tão maléficas e diabólicas, embora executadas sob o pálio da religião oficial. Deus não patrocina a indústria da Morte, fora da lei normal de evolução e libertação espiritual no prazo justo. Ele não possui inimigos, pois todos são seus filhos e dignos do mesmo Amor. Inconveniente também é a oração como rogativa interesseira para melhorar negócios, evitar deveres cotidianos, satisfazer paixões ilícitas, desforrar-se do adversário ou conseguir fortuna fácil mediante especulações de negócios escusos. A prece desafoga o ser nas horas cruciantes e perturbadoras, renovando-lhe o ânimo pelo energismo superior e consolando-lhe a alma pela certeza de breve libertação dos sofrimentos redentores na carne.
Jesus, Francisco de Assis, Dom Bosco, Teresinha de Jesus, Vicente de Paula e outras criaturas de elevado porte espiritual, que sobrepunham a Vida Eterna à transitoriedade do mundo material, voavam nas asas da prece até as esferas angélicas e comungavam, felizes, com o reino celestial do Senhor.

Do livro: “ELUCIDAÇÕES DO ALÉM” Ramatís /Hercílio Maes – Editora do Conhecimento.

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