Sabedoria Ramatis

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segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Complexos psíquicos e as imagens mentais – II







PERGUNTA: - Para a aplicação da apometria ser bem sucedida é essencial que o dirigente esteja apto a elaborar imagens mentais e "sugestionar" o grupo. Considerando que somos naturalmente desconcentrados, concluímos que nem todos se adaptam à dinâmica apométrica. Nesses casos, podemos deduzir que há uma exigência de postura pessoal e treinamento mental muito mais ativo do que a "mera" passividade mediúnica tradicional, em que se espera os espíritos aproximarem-se da mesa no escuro, entre cochilos e bocejos?



RAMATÍS: - Sem dúvida, para os trabalhos mágicos com apometria ser bemsucedidos, é de fundamental importância que o operador encarnado tenha a capacidade mental para movimentar as energias cósmicas e condensá-las, direcionando-as e controlandoas no plano astral, processo que é potencializado pelo apoio dos espíritos que dão suporte ao agrupamento. Evidente que os princípios de criação das formas de pensamento em que todos se apoiarão são os mesmos da magia de todos os tempos, precisando o mago operante no plano material ter a disciplina e a concentração mental necessárias para a "solidez" das imagens nas dimensões etérica e astral.
Há de se salientar que a mente se oporá com acentuada rebeldia às tentativas conscientes de treiná-la. Os artifícios inconscientes irão das dores de cabeça e palpitações às agitações e dificuldade de concentração, entre outras artimanhas próprias que acompanham o hábito indisciplinado de pensar. A mente "julga" pelas impressões do corpo mental concreto, arraigado aos padrões tradicionais que precisam dos estímulos visuais e auditivos para reterse por alguns minutos em atenção. É quase impossível deter-se esse fluxo de pensamentos rebeldes, o que exigia dos antigos iogues um esforço hercúleo de anos para conseguir esvaziar a mente de forma disciplinada, com a força do ato volitivo consciente. Infelizmente, esse treinamento é escasso nos dias de hoje, pois o que vemos na grande maioria dos grupos de apometria é uma dificuldade enorme de concentração dos sensitivos, e raramente a capacidade mental adestrada de criarem-se formas abstratas sem os estímulos sensórios dos sentidos físicos convencionais. Na maioria das vezes, se não fossem as adestradas mentes dos espíritos benfeitores que dão cobertura aos trabalhos apométricos, essas lides seriam um fracasso. A ansiedade e a agitação comuns no Ocidente são corrosivas para o esvaziamento mental necessário à elaboração, nas dimensões suprafísicas, de formas que amparem as energias que estão sendo condensadas. Sendo assim, não existe muita diferença entre os cochilos e bocejos da mesa mediúnica tradicional da habitual desconcentração agitada dos médiuns apômetras. Em ambos os casos, a caridade acontece e lá está o plano espiritual trabalhando arduamente.
Por outro lado, assim como existem grupos concentrados e dinâmicos na passividade mediúnica, localizados em mesas medi únicas penumbrosas, também na apometria, entre contagens e estalos de dedos estridentes, muitos são os operadores capazes e médiuns zelosos que procuram dar o máximo de si. Ao apontardes as deficiências dos vossos irmãos de labores caridosos, não façais qual o síndico ardiloso do edifício que avisa a todos que o vizinho de tal andar possui um vazamento que está a provocar goteiras no apartamento de baixo, "esquecendo-se" de divulgar o escapamento na tubulação de gás da sua cozinha, que pode explodir a qualquer momento.



Do livro: “VOZES DE ARUANDA” Ramatís e Babajiananda/Norberto Peixoto – Editora do Conhecimento.





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