Sabedoria Ramatis

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sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Correntes astrais coletivas de pensamentos parasitas – VI parte.








PERGUNTA - Mas todo esse entusiasmo e maior disseminação das técnicas e conhecimentos projetivos de desdobramento, que ocorrem na atualidade, não estão de acordo com nosso atual momento de consciência coletiva? Afinal, um dia não teremos que "explorar o universo" que nos cerca?


RAMATÍS - Os homens se distanciam de suas capacidades divinas inerentes quando supervalorizam o ego e fortalecem as personalidades atuais e, como se fragmentassem, ignoram suas individualidades imorredouras, integrantes da totalidade cósmica, e se afastam das potencialidades do Criador. Essa oposição do ego avantajado e da personalidade enrijecida causa angústia pelo medo da morte, pela sensação de finitude que a maioria tem inconsciente, pois a personalidade transitória rebela-se e se amotina contra o plano da Consciência Una, de unidade cósmica sem a temporalidade impessoa e onde o eterno é absoluto por todo e sempre.
O vosso atual momento de consciência coletiva está muito longe de vos conduzir à percepção da realidade universal supraconsciente. O homem só encontrará a plenitude espiritual quando encontrar a sua realidade interna de espírito infinito, deixar de identificar-se com o ego e substituir a instabilidade existencial, a ansiedade e a volatilidade exterior das coisas que o cercam e iludem, e voltar-se para a libertação da sua centelha espiritual escravizada pelo egoísmo e pelo eu inferior. Claro está que os exercícios estruturados, que almejam despertar as vivências pessoais e as experiências místicas, vos auxiliarão na busca incessante do espírito na sua volta ao seio universal, da totalidade com o Criador. As filosofias antigas como o Zen-Budismo e a Vedanta mostram há milênios o caminho para se "curar" a dissociação entre a personalidade e a individualidade espiritual.
Por sua vez, os graus cada vez mais ampliados de percepção psíquica e de expansão da consciência vos levam a um entendimento maior do próprio processo evolutivo, dentro das vidas sucessivas. Pelo natural esquecimento da individualidade espiritual quando encarna novamente, há uma tendência natural de fortalecimento da atual personalidade, situação que vos leva a recair em condicionamentos arraigados que vos retêm na caminhada. Nesse ir e vir chegará um momento em que o ego se ligará definitivamente ao espírito, "concluindo" que a profundidade de sua essência espiritual, a individualidade imortal que faz parte do todo cósmico, está além dos limites carnais de uma estada terrena.
O ser individual personificado em uma encarnação se liberta dos seus medos e angústias, se conectando definitivamente à individualidade espiritual sem fragmentar-se e adquirindo a convicção reforçada pelas experiências conscientes extracorpóreas, de que a plenitude de sua divindade interior é a mesma do Deus exterior. Interioriza o amor por tudo e por todas as coisas manifestas às suas percepções cada vez mais ampliadas, iniciando a sua libertação do ciclo carnal.
Nesse estágio de vossa evolução tereis o amor e a divina compaixão que vos une a todas as coisas, estando aberta a primeira porta para o longo percurso que vos conduzirá, harmoniosamente e sem sobressaltos extemporâneos como tudo no cosmo à "exploração do universo".


Do livro: “Jardim Dos Orixás” – Ramatís/Norberto Peixoto – Editora do Conhecimento

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