Sabedoria Ramatis

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quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Algumas observações sobre animismo - Parte final





PERGUNTA: Nesse caso, como se pode ter confiança nos conselhos e nas respostas dos guias, quando necessitamos realmente orientar-nos através da personalidade do médium consultado?


RAMATÍS: No aprendizado espírita, sob qualquer hipótese, o mais aconselhável é a criatura devotar-se corajosamente ao estudo, à auscultação psíquica e enfrentar os equívocos e os óbices naturais de sua experiência espiritual no contato com a matéria. É necessário evitar o julgamento antecipado, a premeditação religiosa ou firmar quaisquer conceitos doutrinários em definitivo, quando ainda não se podem comprovar os seus fundamentos lógicos e sensatos. Muitos aforismos, postulados e recomendações que trazem o endosso de distinguido espírito, por vezes são apenas sentenças sem proveito espiritual e fruto do médium anímico.
Certo espírito laborioso já vos disse em determinada obra mediúnica:" 0 homem que já viveu um dia com o Cristo poderá caminhar um século com a humanidade". Evite-se, portanto, transformar o Espiritismo em agência de informações, mesmo que se trate do melhor trabalho mediúnico ou do médium em que se deve confiar. É conveniente não se anular o esforço próprio em qualquer circunstância da vida, pois Jesus foi indiscutivelmente claro e incisivo quando, seguindo à nossa frente, arrostou os escolhos da estrada terrena, advertindo-nos sabiamente: "Toma a tua cruz e segue-me".
Naturalmente só vos poderia ser possível conhecer a individualidade exata do guia com que vos simpatizais, se pudésseis ouvi-lo através de um médium neutro, absolutamente esclarecido e dotado de invulgar senso de autocrítica. Então ele poderia transmitir o pensamento do seu mentor tão facilmente quanto o leito do regato deixa manar a água límpida da nascente.
As inconveniências e as decepções mais comuns na seara espírita ainda são mais próprias da imprudência dos neófitos ignorantes do mecanismo da mediunidade, que por isso têm os médiuns na conta de oráculos infalíveis e capazes de solver todos os problemas complexos da vida. No entanto, o médium, como ser humano e por isso imperfeito, é o instrumento em afinação para as grandes causas futuras, o mensageiro em aperfeiçoamento, e não o "abre-te-sésamo" para as soluções mais excêntricas.


Do livro: “Mediunismo” Ramatís/Hercílio Maes – Editora do Conhecimento.

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