PERGUNTA: Poderíeis explicar-nos algo proveitoso sobre a mente?
RAMATÍS: A mente é o principal meio de ação do espírito sobre as formas ocultas ou
visíveis da matéria; é responsável por todas as criações e metamorfoses da vida. Há muitos séculos, já se citava, na Terra, o sábio aforismo hindu: "o homem se converte naquilo que pensa"; equivalente, também, ao
conceito ocidental de que "O homem é o produto do que pensa". O poder, ou a energia mental própria de todo espírito, serve para realizar seus objetivos, de conformidade com as aspirações da consciência. E um reflexo do poder do pensamento emanado da Mente Divina, manifestado através dos espíritos imortais.
O espírito do homem aciona, pelo pensamento, a energia sutilíssima da mente e atua, de imediato, através do duplo-etérico, no corpo físico, onde cessa o impulso gerado no mundo oculto. Sob o processo mental, produzem-se modificações incessantes nas relações do indivíduo com o ambiente e as pessoas. Em conseqüência, o homem é o resultado exato do seu pensamento, porque a mente é o seu guia, em qualquer plano da vida. A mente, enfim, é a usina da inteligência, do progresso moral, físico, científico, artístico ou espiritual. É a base da felicidade ou da desventura, da saúde ou da doença, do sucesso ou da fracasso. A atitude mental pessimista do ser estigmatiza-lhe, nas faces, o temor, o desânimo ou a velhice prematura, enquanto os pensamentos otimistas dão juventude ao rosto velho, coragem ao fraco e desanuviam os aspectos desagradáveis. Através das diversas vidas físicas, o espírito educa e aprende a governar suas forças mentais, até plasmar sua forma angélica e usufruir a Ventura Eterna.
O homem pensa pela mente, sente pelo astral e age pelo físico. Sofre, por conseguinte, o bem ou mal que pensar, pois, há pensamentos destruidores e há pensamentos construtivos. O pensamento, sendo imaterial, possui um poder maior do que as realidades físicas. E deve conhecer, tanto quanto possível, a ação e o mecanismo da mente, a fim de governá-la como senhor, e não, ser seu escravo.
Do livro: "Sob A Luz Do Espíritismo" Ramatís/Hercílio Maes - Editora do Conhecimento.
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