Sabedoria Ramatis

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quinta-feira, 31 de outubro de 2013

OS QUE EMIGRARÃO PARA UM PLANETA INFERIOR – X






PERGUNTA:  Dissestes alhures, que há vida animal nesse astro; no entanto, pelo que está ao alcance do nosso entendimento, esse planeta não recebe suficientemente a luz solar para possuir vida orgânica. Planetas mais próximos do nosso Sol, como Saturno, Netuno e Plutão, são dados pela nossa ciência como impossibilitados de manter vida orgânica. Que dizeis a esse respeito?

RAMATÍS: Não podemos nos estender em descrições fisioquímicas com relação a Saturno, Plutão ou Netuno, de modo a vos provar que a vida que lá existe é preciosa e compatível com as determinações do Divino Arquiteto. Se ele fez o mais difícil, como seja criar os mundos, consequentemente faria o mais fácil: povoá-los! As leis que estabelecestes, valendo-vos dos fenômenos conhecidos da vossa tela astronômica, não servem para que analiseis a vida no planeta que se aproxima, cujo evento estamos relatando sob dois aspectos distintíssimos: o acontecimento físico, acessível à vossa ciência astronômica no futuro, após o progresso da ótica etérica, e o evento espiritual só compreensível aos cabalísticos.
Não poderíamos explicar-vos minuciosamente o processo em suas bases expressivas, porque se trata de um fenômeno que ocorre no "mundo interior", onde a efervescência de energias suplanta as demarcações das formas objetivas e muda os conceitos de distância e velocidade! Na realidade, o que vos parece um deslocamento geográfico ou astronômico é só operação de mudança vibratória interior e a criação de um campo magnético condutor dos acontecimentos determinados na zona mental.
É necessário não esquecerdes de que o Supremo Arquiteto não criou um só grão de areia que não fosse visando a consciência espiritual de seus filhos. Os seus propósitos inteligentes disciplinam rigorosas medidas que controlam as despesas na economia do Cosmo; os orbes, os sistemas, as constelações e galáxias são celeiros de formas vivas, sob as mais variadas expressões, sem se distanciarem um mícron da direção íntima espiritual, que cuida e plasma as consciências individuais através dos seus obreiros espirituais. Não é necessário vos afastardes da Terra para comprovardes que por toda parte existem condições de vida sob aspectos os mais extremistas e contraditórios!
Enquanto o condor tem o seu "habitat" no pico dos Andes, em atmosfera rarefeita, o tatu, a toupeira ou a minhoca encontram conforto no meio asfixiante do subsolo; o pássaro se banha na leveza do oceano de luz atmosférica, mas o monstro marinho suporta ciclópicas toneladas de pressão oceânica na sua morada submarina; o leão sacode a juba, feliz, sob o calor ardente do deserto, enquanto o urso polar mostra o seu euforismo na continuidade da neve; a carapaça alimenta-se nas pedras, e os batráquios se rejubilam no gás de metano dos pântanos; a borboleta é um floco delicado que se extingue ao sopro da brisa mais forte, enquanto a tartaruga é pesado bloco de pedra viva, que sobrenada na água; a foca saltita contente na água gelada e inúmeros insetos reavivam-se nos gêiseres de água fervente!

Variam indefinidamente as pressões, as temperaturas e os estados físicos, mas a vida se revela em tudo; assim, há seres vivos que podem adaptar-se a qualquer orbe onde os cientistas sentenciam gravemente a impossibilidade de vida. O Sol estende-se com a mesma prodigalidade sobre todos os seres e coisas, criando temperaturas diversas e homens diferentes, e tanto atende à vida em vosso orbe quanto em Plutão ou Saturno!
Estamos certos de que, se o vosso mundo fosse povoado exclusivamente de africanos, estes lançariam o seu anátema à possibilidade de existirem homens brancos, louros e de olhos azuis; e se, pelo contrário, a Terra fosse unicamente povoada por brancos, provavelmente terminariam queimando o ousado profeta que afirmasse a existência do homem de cor preta! E, se o mundo fosse povoado só de pretos e brancos, o primeiro homem vermelho que aparecesse, de cabelo ruivo, cor de fogo, iria para uma jaula, por considerarem-no um bicho esquisito!
O vosso orbe é um celeiro vivo e representativo da fauna e dos diversos reinos de outros mundos, oferecendo aspectos para avaliardes todos os fenômenos possíveis que ocorrem nas diversas moradas planetárias que se balouçam na abóbada celeste. Deus plasmou o seu pensamento repleto de vida na substância formativa dos mundos, e a sua magnífica vontade faz desatar sonhos em todos os quadrantes do Cosmo; as leis que os criam são sempre as mesmas na sua função "interior", e agem equitativamente em todos os sentidos; por isso, é estultícia e mesmo ridículo considerardes que o acanhado padrão humano terrícola deva ser a fórmula única para toda a vida planetária.

PERGUNTA:  Considerando que há íntima relação entre o corpo físico e o seu molde preexistente, que é o perispírito, formado com as substâncias magnéticas do meio em que sempre se reencarna, achamos que haverá profunda dificuldade para os espíritos terrícolas se adaptarem a um meio primitivo, como o é o do astro de que se trata. Que dizeis?

RAMATÍS:  Assim como inúmeros espíritos marcianos e de outros orbes mais evoluídos têm podido reencarnar-se no vosso mundo, para auxiliarem o progresso científico, artístico e filosófico, também os exilados da Terra hão de adaptar-se ao ambiente primitivo do astro intruso. Aos espíritos é mais fácil a descida vibratória e a adaptação a condições semelhantes às em que já viveram alhures, do que a ascensão para zonas dinamicamente superiores. Na realidade, eles emigram atendendo à própria exigência científica das relações cósmicas, em perfeita afinidade com o ambiente inferior eletivo ao seu metabolismo astro-etérico, consideravelmente deprimido pelas paixões primitivas que lhes ajustam a psique do homem das cavernas. É certo que as almas superiores, quando descem de outros orbes evoluídos, suportam inauditas dificuldades para se adaptarem ao vosso mundo, mas isso é porque, sendo missionárias e não exiladas, devem reduzir o seu campo psico-magnético a fim de alcançar o metabolismo biológico no éter químico terráqueo. Os exilados da Terra revelam no seu psiquismo as condições naturais que se afinam especificamente às paixões animais do planeta para onde emigram, enquanto que os marcianos, por exemplo, quando atuam na vossa humanidade, ficam muito além das faixas vibratórias terrestres e têm que realizar hercúleos esforços para se situarem na frequência vibratória mais baixa.

DO LIVRO: “MENSAGENS DO ASTRAL” RAMATÍS/HERCÍLIO MAES – EDITORA DO CONHECIMENTO.

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