Sabedoria Ramatis

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domingo, 6 de outubro de 2013

"MEU REINO NÃO É DESTE MUNDO"- II









PERGUNTA: - Porventura, Jesus não teria anatematizado a nossa vida material, ao demonstrar que só lhe interessava e era importante a vivência espiritual?

RAMATÍS: - Jamais o Mestre Jesus faria tal condenação, o que desmentiria a sua genial sabedoria e ternura espiritual. Ele apenas procurou distinguir quanto à natureza transitória da existência material, em confronto com a eternidade e liberdade da vida espiritual. Em sua pedagogia evangélica, ficou comprovado quanto à sensatez do homem usufruir da vida terrena como uma escola de aprimoramento moral e científico, jamais com o fim de satisfazer os instintos. Assim como os alunos não devem apegar-se avaramente aos objetos e coisas que servem de base para a sua alfabetização, porque, caso não sejam reprovados, de nada lhes servem no ano seguinte; o espírito do homem também não deve imantar-se aos valores, tesouros materiais, cujo objetivo é favorecer provisoriamente para a sua educação e desenvolvimento consciencial na face dos orbes físicos, e os quais nada lhe significam na futura vivência angélica.
Embora salientando a importância de o espírito encarnado viver na matéria, aconselhou ao homem o estudo, a paciência, tolerância, humildade, o amor e o trabalho, acrescido de um serviço desinteressado aos seus irmãos, como os fundamentos específicos para a mais breve promoção angélica. É de senso comum que ninguém pode alfabetizar-se na escola primária, caso despreze as lições dos professores, destrua compêndios e os instrumentos do seu aprendizado. Embora insistindo sobre a superioridade da vida angélica, o Cristo-Jesus não desprezou nem condenou a existência humana na Terra, mas apenas distinguiu-a como um "curso transitório", funcionando como um meio e não como um fim.

PERGUNTA: - Porventura, para além do tema enunciado por Jesus, de que o seu "reino não é deste mundo", isto é, diferente do nosso mundo físico, ainda existe algum outro acontecimento oculto?

RAMATÍS: - Convém repetirmos que todo ensinamento evangélico de Jesus sempre oculta alguma ação legislativa do Cosmo. Examinando-se as parábolas e os conceitos instrutivos do Amado Mestre, sob o raciocínio mental e os eventos científicos do século XX, é possível à própria ciência acadêmica identificar determinadas regras e leis, que atuam ocultamente no âmago dos enunciados evangélicos. Inúmeras elucidações, ainda incompreensíveis na época messiânica cristã, hoje podem ser observadas e compreendidas,
graças ao progresso científico e técnico do mundo moderno.
Aliás, como a Lei Única do Cosmo e seus derivados disciplinam todos os fenômenos e operações no metabolismo da vida material, obviamente, coordenam e disciplinam desde o nascimento até a decadência dos envoltórios físicos, que servem para a manifestação do espírito no curso educativo das encarnações planetárias. A matéria, em conseqüência, é o meio educativo e de expressão para o espírito simples e ignorante ampliar a sua consciência individual. Mas isso deve ser realizado sem discrepar das leis morais e espirituais, porque elas disciplinam os fenômenos da matéria dentro da Unidade Cósmica.

Do livro: “O Evangelho À Luz Do Cosmo Ramatís /Hercílio Maes – Editora do Conhecimento.

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