PERGUNTA:
- Ficamos um tanto confusos. Uma consciência maldosa e egoísta, seja espírito
sofredor ou mago negro, encarnado ou desencarnado, não é capaz de elaborar
pensamentos abstratos?
RAMATÍS:
- Com certeza um ente maldoso e egoísta pode elaborar
pensamentos abstratos. Nesses momentos fugazes, as ondas mentais fracamente
emitidas interferem na matéria do plano mental superior, que, por sua vez,
tenta se aglutinar no informe e definhado corpo mental superior, que não
funciona como veículo da consciência. Um
campo de força não se molda com a ausência de força ou matriz magnética. Os pensamentos
abstratos elaborados nesses casos são como lampejos que rapidamente oferecem um
rasgo de luz num quarto escuro. Todavia, no momento em que entra a vibração
pessoal, sintonizada às questões do eu inferior que dominam esse ente,
habitualmente almejando algo em proveito próprio que significa o mal para os
semelhantes, as ondas de pensamento emitidas baixam abruptamente de freqüência.
Cessa o tênue estímulo ao corpo mental superior (que ainda não
"nasceu", como se fosse um feto adormecido), passando o pensamento
desse espírito a conectar-se com a matéria dos planos mental inferior e astral,
por uma simples questão de afinidade vibratória.
Pode
um mago negro elaborar um pensamento abstrato a ponto de acionar um corpo mental
superior embrionário se "esquecer", ao menos momentaneamente, toda a
sua maldade no exato instante em que idealiza o pensamento abstrato. A
dificuldade está na manutenção do pensamento altruístico contínuo, que não é
natural ao espírito por não ser aquisição perene dentro das leis da natureza
cósmica, de causa e efeito, que regem o carma e a evolução individual. Para
vosso entendimento, concebei um canguru tendo de deslizar como um golfinho na
superfície marítima ou um jacaré ereto colhendo maçãs.
PERGUNTA:
- Os espíritos que não têm mais os corpos astral e mental inferior, habitando
os três subplanos superiores do plano mental, e, a partir daí, outras esferas
vibratórias superiores (dimensões búdica e átmica), se comunicam com os médiuns
encarnados somente pelo pensamento? Nesses casos, o intelecto desenvolvido do
sensitivo torna o seu corpo mental (o inferior como o superior) expandido o
suficiente para o intercâmbio mediúnico se dar com facilidade?
RAMATÍS:
- Os sensitivos que conseguiram afastar as influências do eu inferior, ou seja,
aqueles que são altruístas, amorosos e fraternos, e não apresentam lampejos de interesses
pessoais nas lides com o Além, como se fossem iniciados do amor crístico, apresentam
o corpo mental superior expandido, de cores vivas, irradiando ao seu redor sentimentos
de tranqüilidade, paz e felicidade. Paradoxalmente,
os seres considerados simplórios pelos homens de grande intelecto, para lidar
com as coisas ocultas, são os que têm maior propensão ao desenvolvimento do corpo
mental superior, e que conseguem interiorizar o amor na sua simplicidade
cósmica, como flor que se abre à primeira brisa primaveril. O
intelecto desenvolvido não quer dizer amor interiorizado. Por isso, muitos
espíritos benfeitores, de grande elevação nas dimensões do amor cósmico,
inefáveis, preferem o anônimo e simples médium ao destacado tribuno ou
"doutor" terreno.
Claro está que o médium estudioso, que expande sua intelectualidade conseguindo não perder a simplicidade dos sentimentos amorosos, o que denota sabedoria, será de inestimável valia ao plano espiritual.
Claro está que o médium estudioso, que expande sua intelectualidade conseguindo não perder a simplicidade dos sentimentos amorosos, o que denota sabedoria, será de inestimável valia ao plano espiritual.
É
no plano mental que a maior parte da influência espiritual se dá, através dos pensamentos,
o que não quer dizer que ocorra somente dessa maneira. Vós tendes uma disposição
para as interpretações estandardizadas, algo parciais, como se uma coisa eliminasse
outra, em especial nas interpretações doutrinárias que tratam do mundo dos mortos,
como se o ar que atravessa as folhas do eucalipto em dia ensolarado não fosse o
mesmo que oxigena o solo úmido e escuro.
O sensitivo desdobrado no corpo mental, seja inferior ou superior, é mais receptivo aos ensinamentos diretos dos mentores, que podem ser transmitidos com maior eficácia do que se fossem ministrados diretamente no plano astral. Isso não quer dizer que os sentidos do corpo astral não possam ser impressionados. Na maioria das vezes, os instrutores do "lado de cá" utilizam corpos astrais de ilusão e painéis pictóricos criados por sua interferência mental no plano astral, aglutinando as moléculas astralinas, que são de extrema plasticidade, assim estimulando o corpo astral do sensitivo.
Podeis receber estímulos em mais de um veículo da consciência ao mesmo tempo, e as dimensões vibratórias se interpenetram, da mais rápida à mais lenta.
O sensitivo desdobrado no corpo mental, seja inferior ou superior, é mais receptivo aos ensinamentos diretos dos mentores, que podem ser transmitidos com maior eficácia do que se fossem ministrados diretamente no plano astral. Isso não quer dizer que os sentidos do corpo astral não possam ser impressionados. Na maioria das vezes, os instrutores do "lado de cá" utilizam corpos astrais de ilusão e painéis pictóricos criados por sua interferência mental no plano astral, aglutinando as moléculas astralinas, que são de extrema plasticidade, assim estimulando o corpo astral do sensitivo.
Podeis receber estímulos em mais de um veículo da consciência ao mesmo tempo, e as dimensões vibratórias se interpenetram, da mais rápida à mais lenta.
Do livro: “VOZES DE ARUANDA” Ramatís e Babajiananda/Norberto
Peixoto – Editora do Conhecimento.
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