PERGUNTA:
- Como a mente concreta (corpo mental inferior) se “vicia” nos estímulos do
corpo imediatamente mais denso (corpo astral), caracterizando as viciações mentais-emocionais?
RAMATÍS:
- Os atributos principais que caracterizam o corpo astral são os sentimentos.
Como a maioria dos cidadãos não os educam nos preceitos elevados de moral e amor
ao próximo, esse corpo sutil acaba sendo veículo para a consciência satisfazer
os seus instintos animalescos, retendo as criaturas no ciclo carnal. Em vez do
desejo, que impulsiona o ato volitivo do corpo mental inferior, ser estimulado
pelos sentimentos amorosos, o é pelos atavismos e apegos sensórios de vidas
passadas, que, por sua vez, se registram no conjunto neuronal como ressonâncias
traumáticas de existências pretéritas.
Assim,
os impulsos projetados do corpo mental inferior, que são atemporais, criam intensa
viciação mental-emocional que repercute grosseiramente no corpo astral, que se escravizará
às sensações e sentimentos de prazer e satisfação animalesca, desencadeando as obsessões
e os variados desequilíbrios psíquicos registrados nos atendimentos
apométricos. É
fundamental ficar claro que os corpos da tríade divina são a chispa crística em
todos vós. É impossível causarem transtornos de qualquer natureza ao espírito
retido nas formas densas, através dos corpos do quaternário inferior.
O
corpo mental inferior, quando burilado pela reforma íntima e o evangelho interiorizado
ao longo das encarnações, resultando em ações práticas redentoras da alma, torna-se
o somatório da cultura estritamente intelectual, da percepção mental concreta, comparando
as formas, estabelecendo razão e julgamento dos atos praticados.
Os
valores morais acabam sendo uma fortaleza inexpugnável ante os desejos e atos volitivos
de paixão, vaidade, inveja, egoísmo e arrogância, entre vários, que chumbam o espírito
à crosta na teia das encarnações sucessivas, e escravizam os corpos astral,
etérico e físico.
PERGUNTA:
- Pela importância do tema, muito esclarecedor, pedimos maiores elucidações quanto
a vossa assertiva de que: "...os impulsos do corpo mental inferior criam
intensa viciação mental-emocional, repercutindo no corpo astral, que se escravizará
às sensações de prazer e satisfação animalesca, desencadeando as obsessões e desequilíbrios
psíquicos".
RAMATÍS:
- O corpo mental inferior, tendo sido por várias encarnações
"bombardeado" pelas paixões e desejos animalescos, acaba ficando
dependente da natureza animal, densa, pois a memória é como um holograma: é
única, atemporal, e está localizada em toda a contextura mental. As paixões, os
gozos, os êxtases nos banquetes pantagruélicos, os vícios de conduta e de
caráter, enfim, todas as inferioridades de que o ente se locupletou na vida
material, estão registradas no arquivo único da memória perene.
Sendo
atemporal, preexistente à atual personalidade encarnada, o corpo mental inferior
tem atuação fora dos estreitos limites da consciência de vigília, estabelecendo
seu território de ataque no inconsciente: antecipa, pelo acesso direto às
lembranças de vidas passadas, as sensações, os prazeres e os gozos, e projeta
no sujeito a força avassaladora da imaginação, das fantasias e dos estados
oníricos, fixando as ressonâncias de vidas passadas na rede sináptica,
influenciando o psiquismo consciente e potencializando os atavismos e a repetição
de comportamentos execráveis.
A
partir de então, desencadeiam-se os pensamentos parasitas, as viciações
mentais, as auto-obsessões e toda sorte de transtornos da alma, ficando aberta
a sintonia para os desafetos do passado, os assédios entre vivos, a criação de
formas de pensamento e artificiais, e os desajustes reencarnatórios.
Do livro: “VOZES DE ARUANDA” Ramatís e Babajiananda/Norberto
Peixoto – Editora do Conhecimento.
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