Sabedoria Ramatis

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terça-feira, 20 de agosto de 2013

VICIAÇÃO MENTAL EMOCIONAL – VI











PERGUNTA: - Entendemos que existe uma relação que sustenta essas conchas astral-mentais. Parece-nos de limites muito tênues, quase inseparáveis, as atuações do corpo mental inferior e a do corpo astral. Quando nos libertarmos das viciações mentais emocionais, conseguiremos atuar no plano mental e no astral sem ser iludidos?



RAMATÍS: - Vosso inconsciente tem mecanismos de compensação das frustrações. Muitas das visões que os videntes relatam, relacionadas com os colegas de agrupamento mediúnico, principalmente dizendo que são de vidas passadas, compensando vossas carências psicológicas, nada mais são que visões das conchas astral-mentais que o próprio ente cria. Observai a trivialidade com que certos sensitivos se descobrem emaranhados uns com os outros. No mais das vezes, refletem as viciações mentais-emocionais que vos confundem entre esses dois planos vibratórios, o mental e o astral.

Tende consciência de que a matéria mental que circunda o plano astral, de frequência mais rápida, interpenetrando-o, vibra rapidamente respondendo aos estímulos das ondas mentais do espírito em seu ato pensante. Quando se associam os desejos e as emoções, desprovidos de sentimentos elevados, de alta vibração, a matéria astral responde condensando-se em volta do ovóide que é o corpo mental inferior.
Como o plano mental é o domicílio próprio, em sua plenitude dimensional, de consciências funcionando em pensamentos livres do cérebro físico, podeis entender que a própria condição do espírito retido no ciclo carnal é um impedimento natural, uma espécie de barreira vibratória, para acesso amplo e irrestrito às dimensões superiores do plano astral, a partir dos sub-planos inferiores do plano mental.
O homem real, o pensador, é próprio dos níveis superiores ou causais do plano mental. Como o cérebro físico e o sistema nervoso são limitados, só conseguem reproduzir fracionadas as impressões mentais dos planos astral e mental.
A matéria do plano mental é capaz de se combinar e, sob o impulso da mente pensante, acomoda-se facilmente nas formas astrais. Assim como vosso petróleo (matéria-prima) se transforma em pneus, combustíveis, plásticos e outros derivados, a matéria mental própria do plano mental responde prontamente aos impulsos dos pensamentos, modelando as formas de pensamento astral-mentais.

O céu e o inferno de cada ser encontram-se dentro de cada um. O auto conhecimento libertador e os sentimentos altruísticos e elevados que direcionam o foco do espírito para além do ego encarnado e da personalidade ilusória, extrapolando as estreitas paredes dele próprio para as dimensões dos planos mental superior e búdico, levam milênios. Quanto mais o ser estiver imbuído de ideais de auxílio ao próximo e amor incondicional, tanto mais se abrirão as portas das verdades espirituais do Além.

Até esse dia chegar, cada criatura vai gradativamente construindo o despertar de sua consciência, que vagarosamente se amplia pelo atrito dos corpos inferiores enredados no ciclo carnal, como cárcere situado nos planos mental, astral e físico. Para sua libertação, se exige as ações concretas, redentoras das almas, em prol dos semelhantes.




PERGUNTA: - Os pensamentos se identificam com a personalidade animada na experiência reencarnatória mais recente, que findou. Essa constatação, somada às sutilezas dos planos vibratórios, nos deixa um pouco confusos. Não é mais fácil tratar tudo como sendo plano espiritual e perispírito?



RAMATÍS: - A codificação espírita, para ser aceita e compreendida à época em que foi transmitida do Espaço, levou os espíritos responsáveis por ditar esses ensinamentos a adotar uma nomenclatura de fácil entendimento para a maioria da coletividade de então, e que acomodasse os conhecimentos milenares do Oriente, a fim de que fossem amplamente aceitos pelo racionalismo do homem ocidental. Claro está que não existem imposições, e cada consciência deve nortear-se de acordo com sua capacidade de compreensão. De nada adianta o médico dizer ao cidadão comum que ele está com uma doença infecciosa viral altamente transmissível que causará irritabilidade nasofaríngea, acompanhada de cefaléia e desânimo geral, para descrever uma simples gripe. Assim como o músico trompetista, ao se dirigir à platéia, não dirá que vai fazer uma apresentação com o dispositivo de metal que assegura afinação e permite o alongamento do tubo instrumental produzindo todas as notas sonoras, para definir o trompete. Cada coisa .no seu lugar e no seu tempo. Portanto, é chegado o momento de aprofundamentos que contemplem os que sintonizam com os nossos singelos escritos, pois o estudante comprometido com o auxílio ao semelhante deve preparar-se o melhor possível para a batalha da caridade.

As distinções entre os planos vibratórios e os corpos espirituais estão mais que de acordo com esse momento da consciência coletiva do Ocidente, em que a utilização da apometria, como técnica de apoio ao mediunismo que socorre e conforta, se alarga.

A identificação do homem, após a morte física, com a personalidade recentemente encarnada, é o que os orientais . denominam de nível rupa (com forma) do mental. Quando o ser consegue entender, ao menos parcialmente, sua condição de espírito e individualidade imortal, entra no nível arupa (sem forma) de compreensão, fazendo com que o ego se fixe na programação reencarnatória, percebendo a necessidade evolutiva sem iludir-se com a transitoriedade da forma ocupada em uma estada terrena.



Do livro: “VOZES DE ARUANDA” Ramatís e Babajiananda/Norberto Peixoto – Editora do Conhecimento.

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