Sabedoria Ramatis

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quinta-feira, 21 de março de 2013

Pagamento pelo benefício dos Espíritos e o fracasso dos médiuns – 4ª Parte







PERGUNTA:  Já presenciamos alguns diretores terrenos baixarem normas em seus centros desautorizando médiuns que ainda comem carne de trabalhar, inclusive nos passes, alegando seguirem vossos ensinamentos sobre a alimentação carnívora e o vegetarianismo para justificar estas medidas. Deve-se proibir os médiuns que são carnívoros de participar ativamente dos trabalhos mediúnicos?


RAMATÍS:  Sem dúvida, somos de opinião que é contraproducente o médium sentar-se à mesa espírita ou apresentar-se à corrente de Umbanda poucos minutos depois de farto banquete de cortes mal passados, quando não de miúdos, fígados, moelas, corações e intestinos dos irmãos menores do orbe, finamente temperados.
Nos trabalhos de orientação psicográfica dos mentores no centro espírita ou de consulta na casa de Umbanda com os pretos velhos e caboclos, guias e protetores, os resíduos metabólicos desses glutões repercutirão etericamente em suas auras, tornando-as densas e pesadas, próprias para a sintoma com o astral inferior, com espíritos sofredores, sedentos desse tipo de "alimentação" fluídica. Nesses casos, entendemos ser de bom senso que os médiuns, exauridos e sonolentos de tantas iguarias de baixas vibrações, evitem trabalhar no estado lastimável em que se apresentam, pois somente darão "trabalho" aos benfeitores do lado de cá, que terão que isolá-los das atividades de caridade, programadas para o dia. Acreditamos de bom alvitre, dentro dos preceitos do Cristo, de convivência fraterna e amorosa, que sejam orientados pelos diretores terrenos para se absterem da alimentação carnívora, se não continuadamente, por falta de ânimo e preparo, ao menos no dia do trabalho mediúnico, o que fica distante de proibições definitivas. A mudança do milenar condicionamento alimentar arraigado no ser humano deve ser gradativa e sem traumas, o que aliás foi nossa sugestão explícita em obra anteriormente ditada (1), na qual não preconizamos proibição aos médiuns, e sim descrevemos as dificuldades naturais que resultam no exercício mediúnico pela ingestão da carne. Em singela comparação, é como se a atividade mediúnica fosse a montanha a ser escalada, e o médium carnívoro decidisse fazê-lo com uma bola de ferro atada aos pés e um fardo de pedras suspenso às costas.


1 - "Não sugerimos a violência orgânica para aqueles que ainda não suportariam essa modificação drástica; para esses, aconselhamos gradativas adaptações do regime da carne de suíno para o da de boi, do de boi para o de ave e do de ave para o de peixe e mariscos. Após disciplinado exercício em que a imaginação se higieniza e a vontade elimina o desejo ardente de ingerir os despojos sangrentos, temos certeza de que o organismo estará apto pra se ajustar a um novo método nutritivo de louvor espiritual. Mas é claro que tudo isso pede por começar ..." - Ramatís - Fisiologia da Alma, psicografado por Hercílio Maes, Ed. do Conhecimento.


O ideal é que haja, por parte dos orientadores terrenos, uma conscientização fraterna e racional, conduzindo-vos a um esforço de iniciativa íntima, sem imposições que desrespeitem o livre-arbítrio e a consciência de cada um de vós, para vos absterdes de saciar a fome com os tecidos musculares e órgãos dos vossos irmãos menores do orbe. É oportuno lembrarmos que os fluidos pesados, saturados de miasmas e bacilos psíquicos, que abundam no processo digestivo e de metabolização orgânica das carnes bovinas e de porcos, entre outras, criam um ambiente psicoastral opressivo para os bons espíritos.
Nas atividades de socorro às comunidades umbralinas densas, apegadas sofregamente ao sensório, ao sexo, à comida, às drogas e a todos os excessos possíveis de quando estavam encarnados, tais médiuns acabam servindo de "iscas" para as turbas de dementados que se acotovelam em volta de suas auras como se fossem enxame de moscas. Temos que proporcionar retaguarda espiritual para esses médiuns não saírem servindo de "repastos vivos" após o término das atividades mediúnicas, socorrendo os espíritos destrambelhados que lhes sugavam os fluidos etéricos malcheirosos dos restos de carnes digeridas, putrefatas nos intestinos do equipo físico.
Evidente que se todos na crosta planetária deixassem de comer carne, de escorrerem toneladas de sangue diariamente dos irmãos menores do orbe nos matadouros, e cedessem a volúpia por guerras sanguinolentas que enodoam e se esparramam pela superfície terrena, as comunidades densas e igualmente sedentas desses fluidos pestilentos deixariam de existir, cessando assim a necessidade de socorro repetido nos moldes descritos. Deveis pautar vossas condutas dentro dos mais elevados alicerces de fraternidade e tolerância tão bem enunciados no exemplo de Jesus. Este mestre nunca desrespeitou as consciências, embora tenha contrariado muitos interesses com as suas orientações libertadoras.
Que nossos singelos comentários realizados anteriormente em outra obra sobre os vícios do álcool, do fumo e os malefícios da alimentação carnívora e as benesses do vegetarianismo, sirvam de esclarecimento e despertamento das consciências, mas não vos deixeis levar por atitudes desrespeitosas entre irmãos de jornada evolutiva.



Observações do médium:
Aos medianeiros que anseiam ampliar suas faculdades e, aos obreiros dos grupos de Apometria, relatamos que nas lides apométricas tem se mostrado de inestimável valia o fato de termos abandonado a carne de nossa alimentação, processo que foi gradativo, sem nunca termos nos sentido privados de quaisquer atividades mediúnicas. Mais especificamente, estamos vivenciando uma melhora significativa nos desdobramentos, que culminou com a intensificação, regular, da percepção dos planos suprafísicos. Além de notarmos um aumento surpreendente da lembrança dos fatos ocorridos fora do corpo físico, principalmente no estado entre a vigília e o sono físico durante as madrugadas, sentimos que a sintonia e percepção mediúnica se ampliaram.
Entre outros motivos, como por exemplo os decorridos dos "amacis" e iniciações na Umbanda, com certeza isto também se potencializou pela sutilização do duplo etérico, haja visto que cessamos de bombardeá-lo ininterruptamente com os fluidos densos e animalizados das carnes vermelhas, entre outras.



 
Do Livro: “Jardim dos Orixás” Ramatís/Norberto Peixoto – Editora do Conhecimento


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