PERGUNTA: Então nunca estamos seguros, pois além dos desencarnados temos que nos cuidar
dos encarnados, incursionando por aí fora do corpo físico?
RAMATÍS
- A mente é potente dínamo e os pensamentos são energia, formando matéria
etéreo-astral. Além dos encarnados fora do corpo físico e dos desencarnados,
não esqueçais das formas-pensamentos que pairam na crosta planetária, todos
compondo a orquestra das fraquezas psicológicas; frustrações, medos, traumas,
contrariedades, insânias, irritações, e o maior dos adubos que fortalecem as
movimentações dos seres, a busca dos gozos sensórios.
Embora
a grande massa da população não domine conscientemente as saídas do corpo físico,
isso não quer dizer que não efetuem excursões em desdobramento. Por esse motivo
o acesso ao conhecimento antigamente era classificado em graus iniciáticos nas
fraternidades fechadas. Os ocultistas do passado exigiam provas da capacidade
moral e do entendimento das lições recebidas pelo futuro adepto, no transcurso
do seu aprendizado como neófito. Os magos brancos avaliavam a educação dentro
das leis de causa e efeito antes de revelarem os segredos ocultos no vasto
campo fenomênico do mundo astral e dos desdobramentos dos corpos inferiores.
Sabiam que descortinado o véu para o profano despreparado moralmente, corriam o
risco de o instrumentar para os desmandos por sua incapacidade de educação dos
sentimentos. Impunha-se conhecer profundamente o perfil psicológico dos futuros
viajores astrais, aprendizes da magia cósmica. Na atualidade, a informação se
adquire em cursos e simpósios de fim de semana regiamente remunerados, em que
os instrutores não avaliam nem se preocupam com as ferramentas que estão passando,
muito menos com a continuidade da assistência, como faziam os gurus de outrora, dedicados
ao áspero labor de preparo moral e psicológico dos neófitos.
A
segurança será encontrada em vossa vigilância mental, nos bons sentimentos e no
Evangelho praticado. Ademais, essas incursões entre encarnados que se visitam
na crosta durante o desprendimento natural imposto pelo sono físico, são a
primeira porta para a entrada nas regiões umbralinas inferiores, sendo que no
mais das vezes, para vossa surpresa, são os habitantes da superfície planetária
que obsediam os viventes das cidadelas da subcrosta. Assim, como demonstrado no
capítulo "Correntes Astrais de Pensamentos Parasitas", sois
arrastados qual folha ao vento para paragens que vos satisfarão na busca
desenfreada dos gozos carnais. A facilidade com que entrais nesses antros de
perdição sensorial animalesca é inversamente proporcional à dificuldade que
encontrareis para vos desligardes dos companheiros das Sombras, que tudo farão para
não perderem seus preciosos repastos vivos.
Do Livro: “Jardim dos Orixás” Ramatís/Norberto Peixoto –
Editora do Conhecimento
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