PERGUNTA
- Quanto à sensibilização e educação do médium encarnado, não são suficientes a
moral e o Evangelho do Cristo interiorizado para a percepção mediúnica com as entidades
Guias e Protetores?
RAMATÍS
- Sem dúvida o Evangelho do Cristo é plano de viagem seguro para o navegador
no mar revolto da mediunidade durante a vida carnal, conduzindo-o a portos
serenos no decurso da longa e tempestuosa travessia do ciclo reencarnatório.
Há
que se considerar que a sensibilização do espírito e sua educação para o amor incondicional
requerem que se submeta o ego inferior à razão fortificada pela moral crística,
sendo que o maior desafio não é o conhecimento e sim a interiorização dos
conteúdos evangélicos no modo de ser do espírito imortal.
Como
a prática mediúnica na Umbanda envolve sutis energias no campo da magia dos quatro
elementos planetários - ar, terra, fogo e água - expande-se sua mecânica para
fronteiras além da moral e do Evangelho, pois requer comprometimento de vidas
passadas e sintonia entre consciências, uma corpórea, e várias outras
extracorpóreas. Os chacras de todos os corpos sutis devem vibrar e estar
alinhados de tal maneira que mantenham o fluxo energético harmônico em todo o
complexo físico-etérico, astral e mental, na mesma faixa de sintonia dos
espíritos comunicantes, que se ligarão nesses núcleos durante o desacoplamento
dos corpos, em especial o astral, para a comunicação mediúnica. Levando
em conta o compromisso socorrista e a necessidade premente de higienização das zonas
abissais do planeta, os médiuns umbandistas atuam com mais desenvoltura no
Umbral inferior, ao mesmo tempo que se lhes impõe enorme exigência de
elasticidade mediúnica para atuarem em várias freqüências, em grandes e baixas
amplitudes de ondas eletromagnéticas, desde o preto velho que os influencia
numa faixa mental até as catarses que liberam a quota de energia necessária
para os socorros nas faixas que o trabalho socorrista requer. Sendo assim, é
comum os aparelhos que servem ao lado de cá se ressentirem energeticamente de
tempo em tempo, o que justifica os "amacis" e assentamentos
vibratórios realizados com ervas previamente maceradas, com certa regularidade,
para a perfeita renovação sintônica com os Guias e Protetores. É como se fosse
providenciada uma intensificação das ondas de um rádio emissor utilizado no
envio de relatos para a estação receptora, a fim de melhorar a qualidade
retransmissora do canal de comunicação com o lado de cá.
Do Livro: “Jardim dos Orixás” Ramatís/Norberto Peixoto –
Editora do Conhecimento
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