PERGUNTA
- Quais vossas recomendações para que se mantenham as condições vibratórias e
energéticas à "altura" dos Guias e Protetores? Por que isso é tão
difícil, em alguns casos quase impossível, exigindo um esforço hercúleo?
RAMATÍS
- A própria condição de existência na carne vos torna frágil diante
dos desafios da vida diária. A necessidade do ganho financeiro para o sustento,
a competição, o estresse dos cidadãos, os congestionamentos de vosso trânsito,
a poluição do meio ambiente, o excesso de ruído, as drogas e os vícios em
geral, a violência contínua e ininterrupta, tudo isto e muito mais, são fatores
que tornam a existência terrena um grande desafio para o espírito encarnado.
Os
médiuns, por terem uma maior sensibilidade em relação aos planos suprafísicos, encontram
potencializadas as suas agruras. Afora as questões existenciais ligadas à
matéria – um filho fica doente inexplicavelmente, faltam as moedas para os
alimentos e o aluguel da humilde casa, o chefe tirano persegue diuturnamente a
esposa no trabalho, o automóvel com prestações vincendas é roubado em pleno
dia, entre outros tormentos - tendes que lidar com o mundo do além-túmulo, nada
amigável, pois adversários de outrora tudo fazem para vos derrubar.
Deveis
ter em mente, de forma cordial, vossos defeitos e fragilidades, não pretendendo
parecer santos em convento. A verdadeira iniciação se dá na luz do dia-a-dia,
no redemoinho do mundo profano de vossa sociedade hodierna, eivada de imoralidade,
concupiscência, vaidade e sensualismo exacerbado. É quadro que se agrava entre
os medianeiros, sendo eles os maiores obstáculos de si próprios por suas
fraquezas da alma e pelas ressonâncias de vidas passadas que ficam intensificadas
no labor mediúnico. O mecanismo de sintonia com o lado de cá, fundamental para
o socorro dos estropiados do astral inferior, apoia-se em vossos defeitos e
reminiscências anímicas imorais - eis que semelhante cura semelhante. Antes de
almejardes a contínua assistência vibratória dos Guias e Protetores, deveis,
gradativamente, ir expurgando vossas nódoas através do trabalho socorrista
continuado, "purificando-vos" através do atrito implacável do carma,
que com suas ferramentas moldará a futura peça de ourivesaria para ocupar o
cofre perene do Eu Superior.
Do Livro: “Jardim dos Orixás” Ramatís/Norberto Peixoto –
Editora do Conhecimento
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