Em verdade, Jesus é o Espírito mais excelso e
genial da Terra, da qual é o seu Governador Espiritual. Foi também o mais
sublime, heróico e inconfundível Instrutor entre todos os mensageiros
espirituais da vossa humanidade. A sua e a sua paixão sacrificial
tiveram como objetivo acelerar, tanto quanto possível, o ritmo da evolução
espiritual dos terrícolas, a fim de proporcionar a redenção do maior número possível
de almas, durante a "separação do joio e do trigo, dos lobos e das ovelhas",
no profético Juízo Final já em consecução no século atual.
O nascimento de "Avatares", ou de altas entidades siderais
no vosso orbe, como Jesus, exige a mobilização de providências incomuns por parte
da técnica transcendental, cujas medidas ainda são ignoradas e incompreendidas
pelos terrícolas. É um acontecimento previsto com muita antecedência pela Administração Sideral, pois do seu
evento resulta uma radical transformação no seio espiritual da humanidade.
Até
à hora de espírito tão elevado vir à luz no mundo terreno, devem ser-lhe
assegurados todos os recursos de defesa e assistência necessários para o
êxito de sua "descida vibratória". Aliás, para cumprir a missão
excepcional no prazo marcado pelo Comando Superior, o plano de sua encarnação
também prevê o clima espiritual de favorecimento e divulgação de sua mensagem
na esfera física. Deste modo, encarnam-se com a devida antecedência espíritos amigos,
fiéis cooperadores, que empreendem a propagação das idéias novas ou redentoras,
recebidas do seu magnífico Instrutor, em favor da humanidade sofredora.
Jesus foi um "Avatar", ou seja, uma entidade da mais alta
estirpe sideral já liberada da roda exaustiva das reencarnações educativas ou
expiatórias. Em conseqüência, a sua encarnação não obedeceu às mesmas leis
próprias das encarnações comuns dos Espíritos primários e atraídos à carne devido
aos recalques da predominância do instinto animal. Os espíritos demasiadamente apegados
à matéria não encontram dificuldades para a sua reencarnação, pois em si mesmos
já existe a força impetuosa do "desejo" impelindo-os para a carne. No
entanto, Jesus, o Sublime Peregrino, ao baixar à Terra em missão sacrificial e
sem culpas cármicas a redimir, para facilitar o seu ligamento com a matéria, viu-se
obrigado a mobilizar sua vontade num esforço de reviver ou despertar na sua
consciência o desejo de retorno à vida física, já extinto em si há milênios e
milênios. A fim de vencer a distância vibratória existente entre o seu fulgente
reino angélico e o mundo terreno sombrio, ele empreendeu um esforço indescritível
de "auto-redução", tão potencial quanto ao que um raio de Sol teria
de exercer em si mesmo para conseguir habitar um vaso de barro. Os espíritos inferiores são arrastados naturalmente
pelos recalques dos "desejos" que os impele para a vida carnal, e
assim ligam-se à matriz uterina da mulher, obedecendo apenas a um imperativo ou
instinto próprio da sua condição ainda animalizada. Em tal circunstância, os
técnicos siderais limitam-se a vigiar o fenômeno genético da Natureza. Trata-se
de encarnações que obedecem aos moldes primitivos das vidas inferiores, cujos
espíritos compõem as "massas" inexpressivas da humanidade terrena.
Mesmo depois de desencarnados, mal dão conta de sua situação, porque ainda vivem
os desejos, as emoções e os impulsos da vida psíquica rudimentar. Sem dúvida, o
Senhor não os esquece no seu programa evolutivo, orientando- os, também, para a
aquisição de consciência espiritual mais desenvolvida.
Ramatís – “O Sublime Peregrino”
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