PERGUNTA: Já presenciamos alguns diretores terrenos baixarem normas em seus centros
desautorizando médiuns que ainda comem carne de trabalhar, inclusive nos
passes, alegando seguirem vossos ensinamentos sobre a alimentação carnívora e o
vegetarianismo para justificar estas medidas. Deve-se proibir os médiuns que
são carnívoros de participar ativamente dos trabalhos mediúnicos?
RAMATÍS:
Sem dúvida, somos de
opinião que é contraproducente o médium sentar-se à mesa espírita ou
apresentar-se à corrente de Umbanda poucos minutos depois de farto banquete de
cortes mal passados, quando não de miúdos, fígados, moelas, corações e intestinos
dos irmãos menores do orbe, finamente temperados.
Nos
trabalhos de orientação psicográfica dos mentores no centro espírita ou de
consulta na casa de Umbanda com os pretos velhos e caboclos, guias e protetores,
os resíduos metabólicos desses glutões repercutirão etericamente em suas auras,
tornando-as densas e pesadas, próprias para a sintoma com o astral inferior,
com espíritos sofredores, sedentos desse tipo de "alimentação" fluídica.
Nesses casos, entendemos ser de bom senso que os médiuns, exauridos e
sonolentos de tantas iguarias de baixas vibrações, evitem trabalhar no estado lastimável
em que se apresentam, pois somente darão "trabalho" aos benfeitores
do lado de cá, que terão que isolá-los das atividades de caridade, programadas
para o dia. Acreditamos de bom alvitre, dentro dos preceitos do Cristo, de
convivência fraterna e amorosa, que sejam orientados pelos diretores terrenos
para se absterem da alimentação carnívora, se não continuadamente, por falta de
ânimo e preparo, ao menos no dia do trabalho mediúnico, o que fica distante de
proibições definitivas. A
mudança do milenar condicionamento alimentar arraigado no ser humano deve ser gradativa
e sem traumas, o que aliás foi nossa sugestão explícita em obra anteriormente
ditada (1), na qual não preconizamos proibição aos médiuns, e sim descrevemos
as dificuldades naturais que resultam no exercício mediúnico pela ingestão da
carne. Em singela comparação, é como se a atividade mediúnica fosse a montanha
a ser escalada, e o médium carnívoro decidisse fazê-lo com uma bola de ferro
atada aos pés e um fardo de pedras suspenso às costas.
1
- "Não sugerimos a violência orgânica para aqueles que ainda não
suportariam essa modificação drástica; para esses, aconselhamos gradativas
adaptações do regime da carne de suíno para o da de boi, do de boi para o de
ave e do de ave para o de peixe e mariscos. Após disciplinado exercício em que
a imaginação se higieniza e a vontade elimina o desejo ardente de ingerir os
despojos sangrentos, temos certeza de que o organismo estará apto pra se
ajustar a um novo método nutritivo de louvor espiritual. Mas é claro que tudo
isso pede por começar ..." - Ramatís - Fisiologia da Alma, psicografado por
Hercílio Maes, Ed. do Conhecimento.
O
ideal é que haja, por parte dos orientadores terrenos, uma conscientização
fraterna e racional, conduzindo-vos a um esforço de iniciativa íntima, sem
imposições que desrespeitem o livre-arbítrio e a consciência de cada um de vós,
para vos absterdes de saciar a fome com os tecidos musculares e órgãos dos
vossos irmãos menores do orbe. É
oportuno lembrarmos que os fluidos pesados, saturados de miasmas e bacilos
psíquicos, que abundam no processo digestivo e de metabolização orgânica das
carnes bovinas e de porcos, entre outras, criam um ambiente psicoastral
opressivo para os bons espíritos.
Nas
atividades de socorro às comunidades umbralinas densas, apegadas sofregamente
ao sensório, ao sexo, à comida, às drogas e a todos os excessos possíveis de
quando estavam encarnados, tais médiuns acabam servindo de "iscas"
para as turbas de dementados que se acotovelam em volta de suas auras como se
fossem enxame de moscas. Temos que proporcionar retaguarda espiritual para
esses médiuns não saírem servindo de "repastos vivos" após o término das
atividades mediúnicas, socorrendo os espíritos destrambelhados que lhes sugavam
os fluidos etéricos
malcheirosos dos restos de carnes digeridas, putrefatas nos intestinos do
equipo físico.
Evidente
que se todos na crosta planetária deixassem de comer carne, de escorrerem toneladas
de sangue diariamente dos irmãos menores do orbe nos matadouros, e cedessem a volúpia
por guerras sanguinolentas que enodoam e se esparramam pela superfície terrena,
as comunidades densas e igualmente sedentas desses fluidos pestilentos
deixariam de existir, cessando assim a necessidade de socorro repetido nos
moldes descritos. Deveis pautar vossas condutas dentro dos mais elevados
alicerces de fraternidade e tolerância tão bem enunciados no exemplo de Jesus. Este
mestre nunca desrespeitou as consciências, embora tenha contrariado muitos
interesses com as suas orientações libertadoras.
Que
nossos singelos comentários realizados anteriormente em outra obra sobre os
vícios do álcool,
do fumo e os malefícios da alimentação carnívora e as benesses do
vegetarianismo, sirvam de esclarecimento e despertamento das consciências, mas
não vos deixeis levar por atitudes desrespeitosas entre irmãos de jornada
evolutiva.
Observações
do médium:
Aos
medianeiros que anseiam ampliar suas faculdades e, aos obreiros dos grupos de Apometria,
relatamos que nas lides apométricas tem se mostrado de inestimável valia o fato
de termos abandonado a carne de nossa alimentação, processo que foi gradativo,
sem nunca termos nos sentido privados de quaisquer atividades mediúnicas. Mais
especificamente, estamos vivenciando uma melhora significativa nos
desdobramentos, que culminou com a intensificação, regular, da percepção dos
planos suprafísicos. Além de notarmos um aumento surpreendente da lembrança dos
fatos ocorridos fora do corpo físico, principalmente no estado entre a vigília
e o sono físico durante as madrugadas, sentimos que a sintonia e percepção
mediúnica se ampliaram.
Entre
outros motivos, como por exemplo os decorridos dos "amacis" e
iniciações na Umbanda, com certeza isto também se potencializou pela
sutilização do duplo etérico, haja visto que cessamos de bombardeá-lo
ininterruptamente com os fluidos densos e animalizados das carnes vermelhas,
entre outras.
Do Livro: “Jardim dos Orixás” Ramatís/Norberto Peixoto –
Editora do Conhecimento
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