Sabedoria Ramatis

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domingo, 6 de abril de 2014

Umbanda à luz do Cosmo - IX



PERGUNTA: - Podeis descrever-nos, sob o ponto de vista do Plano Astral, a movimentação invisível aos nossos olhos carnais que ocorre nessas giras de caridade, praticadas nas casas de Umbanda?
VOVÓ MARIA CONGA: - Toda casa de Umbanda que é séria e faz a caridade gratuita e desinteressada é um grande hospital das almas, tendo o apoio de falanges espirituais do Astral Superior. Essas giras de caridade são grandes pronto-socorros espirituais, onde não se escolhe o tipo de atendimento, estabelecendo enormes demandas no Além. Os consulentes que procuram os pretos velhos e caboclos para a palavra amiga e o passe, avançam trazendo os mais diversos tipos de problemas: doenças, dores, sofrimentos, obsessões, desesperos etc. Processa-se a caridade sem alarde, pura, assim como o Cristo-Jesus procedia, atendendo a todos que o procuravam. É indispensável um ambiente harmonioso e de energias positivas no grupo de médiuns que formarão a corrente vibratória. Para se conseguir as vibrações elevadas, se cantam pontos, que são verdadeiros mantras, faz-se a defumação com ervas de limpeza físico-etérea e espargem-se essências aromáticas que auxiliam a elevar as vibrações.

No Plano Astral, estabelece-se um campo vibratório de proteção espiritual. Vários quarteirões em volta do local da gira ou templo, os caboclos e guardiões já se colocam com seus arcos e flechas com dardos paralisantes e soníferos. Bandos de desocupados e malfeitores tentam passar por esse cordão de isolamento, mas são repelidos por uma espécie de choque, através de uma imperceptível malha magnética. Outras entidades que acompanham os consulentes não são barradas e, ao adentrar a casa, são colocados em local apropriado de espera. Várias entidades auxiliares lhes prestam socorro e preparação inicial. Por isso, os consulentes sentem muita paz quando entram numa casa e aguardam o momento da consulta.
No ato da consulta, o guia ou protetor está trabalhando junto ao médium e dirige os trabalhos, tendo vários auxiliares invisíveis que ainda não "incorporam". Havendo necessidade, é dada passagem para as entidades obsessoras ou sofredoras que estão acompanhando os consulentes, como descrito em resposta anterior. Manipulam com grande destreza o ectoplasma do médium, que é "macerado" com princípios ativos eterizados de ervas e plantas, fitoterápicos astralizados usados para a cura. Os espíritos da natureza trabalham ativamente buscando esses medicamentos naturais nos sítios vibratórios que lhes são afins, bem como recolhem, para a manipulação perfeita do caboclo ou preto velho, as energias ou elementais do fogo, ar, terra e água, que sempre estão em semelhança vibratória com os consulentes, refazendo as carências energéticas localizadas. É a magia dos quatro elementos utilizada para amenizar os sofrimentos dos homens.

Nos casos em que se requer atendimento à distância, nas casas dos consulentes, ficam programados trabalhos para a mesma noite ou posteriores, dependendo da urgência. Há intensa movimentação e praticamente nunca descansamos. Numa casa grande, bem estruturada, chegamos a atender 500 a 600 consulentes, sendo que a população de espíritos desencarnados socorridos numa gira com essa demanda pode chegar a 4 mil. Os chefes de falanges "anotam" todos os serviços que serão realizados durante e após a gira, pois as remoções e socorros continuam ininterruptamente, sendo o dia de caridade pública aos encarnados o cume da grande montanha que se chama caridade


PERGUNTA: - Poderíeis nos dar maiores esclarecimentos sobre esses atendimentos à distância nas casas dos consulentes? Quais são os tipos de serviços "anotados" pelos chefes de falanges, e o que ocorre nessas remoções socorristas?



VOVÓ MARIA CONGA:  Esses atendimentos são em geral de remoção de comunidades de espíritos sofredores que ficam habitando junto à casa do filho doente e que procurou auxílio espiritual. Os chefes de falanges organizam os socorros que serão realizados em espécie de ronda que irão dirigir. Como são espíritos experientes nessas lides já sabem antecipadamente os imprevistos com que se depararão: vampiros, torturadores de aluguel, irmãos com aparência animalesca, resíduos e fluidos pútridos, drogados e viciados em sexo, enfim, verdadeiras comunidades sofredoras e maldosas habitando a mesma área etérea. Os caciques vão à frente liderando os comandados. É montada rede magnética de detenção à volta do local a ser higienizado. As falanges de apoio ficam em guarda em torno do local, e esse bolsão de miséria é removido para localidades hospitalares do Astral que comportam a densidade espiritual de cada envolvido, onde os socorristas aguardam para o atendimento de urgência de todos esses filhos.



PERGUNTA: - Nunca se comprovou a utilização do termo Umbanda dentro dos ritos, cultos e crenças africanistas. Diante da participação ativa dos pretos velhos da Angola e do Congo nas hostes umbandistas, pode-se negar a origem africana dessa religião?


VOVÓ MARIA CONGA: - A Umbanda é muito mais antiga que o próprio homem na Terra. Muitos dos negros da Angola e do Congo foram sacerdotes no Egito, na Caldéia, na Pérsia e na Atlântida. Embora não haja a comprovação "histórica" para o convencimento dos incrédulos homens, o conhecimento uno, antigo e milenar jaz nesses negros, mesmo naqueles que utilizam a magia para o mal em ritos, cultos e crenças distorcidas e aparentemente sem ligação com a Umbanda.
Do livro: “Evolução No Planeta Azul” Ramatís e Vovó Maria Conga/Norberto Peixoto – Editora do Conhecimento.

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