PERGUNTA: - A nosso ver, há nesses casos uma
doutrinação precária. Isso não teria de acontecer em sessão reservada,
especialmente com finalidade desobsessiva?
VOVÓ MARIA CONGA: - Na verdade, não há nenhuma
doutrinação. Na maioria dos casos, não se fazem necessárias maiores conversações.
O choque fluídico propiciado pelo aparelho do médium, conduzido habilmente pelo
guia ou protetor, seja preto velho ou caboclo, já é o suficiente para o alivio
desse sofredor, qual imersão de peixe asfixiado fora d'água em límpida enseada
à beira-mar. Após essa desopressão instantânea, esses socorridos
são retidos provisoriamente para hospitais do Astral até que tenham condição de
discernimento para entenderem sua situação existencial. Nos mais aguerridos,
raivosos e enlouquecidos, se exige a condução para sessões mediúnicas
destinadas exclusivamente para esse fim, podendo ser no terreiro umbandista ou
no centro espírita. Tudo ocorrerá de acordo com a consciência que está em
tratamento, como já afirmamos em pergunta anterior.
PERGUNTA: - Essa exposição demasiada ao mediunismo
não se torna prejudicial e até chocante àqueles que o procuram, quando o
comparamos a outras maneiras de fazer caridade, em que a mediunidade é
instrumento de amparo e socorro?
VOVÓ MARIA CONGA: - A cada um é dado conforme sua
necessidade e condição existencial. Nos dias de hoje, ninguém adentra um templo
umbandista, no culto evangélico
ou na palestra doutrinária do centro espírita obrigado. A época de impor-se às consciências
o "certo" ou "errado", fruto da árvore do julgamento dos
homens e dos mandatários religiosos "detentores" da verdade, é fato
histórico que jaz sepultado num passado algo recente, mas ausente da realidade
espiritual da Terra hoje, embora ainda muito nítido no inconsciente de muitos filhos,
bem como em algumas regiões da superfície planetária.
Não
havendo imposições e intolerâncias, concluímos que o sentir-se chocado resulta
de uma decisão exclusivamente individual. Logo, cabe a esse ser buscar aquilo
que o satisfaça em seus anseios espirituais, seja em que local for entre os homens.
A exposição ao mediunismo nada mais é que uma lembrança da própria condição de
espírito de cada um. O Eu Sou verdadeiro e imortal está momentaneamente
aprisionado no pesado corpo de carne, e a sessão mais reservada não livra os
consulentes dos assédios e intercâmbios com o Além que ocorrem nas 24 horas do
dia e não dependem de um local preparado especialmente para esse fim. Todos são
médiuns em maior ou menor grau, e refutar a constância e a naturalidade do mediunismo
na vida é como negar o próprio ar que os filhos respiram.
Do livro: “Evolução No Planeta
Azul” Ramatís e Vovó Maria Conga/Norberto Peixoto – Editora do Conhecimento.
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