Sabedoria Ramatis

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sexta-feira, 4 de abril de 2014

Umbanda à luz do Cosmo VIII




PERGUNTA: - A nosso ver, há nesses casos uma doutrinação precária. Isso não teria de acontecer em sessão reservada, especialmente com finalidade desobsessiva?


VOVÓ MARIA CONGA: - Na verdade, não há nenhuma doutrinação. Na maioria dos casos, não se fazem necessárias maiores conversações. O choque fluídico propiciado pelo aparelho do médium, conduzido habilmente pelo guia ou protetor, seja preto velho ou caboclo, já é o suficiente para o alivio desse sofredor, qual imersão de peixe asfixiado fora d'água em límpida enseada à beira-mar. Após essa desopressão instantânea, esses socorridos são retidos provisoriamente para hospitais do Astral até que tenham condição de discernimento para entenderem sua situação existencial. Nos mais aguerridos, raivosos e enlouquecidos, se exige a condução para sessões mediúnicas destinadas exclusivamente para esse fim, podendo ser no terreiro umbandista ou no centro espírita. Tudo ocorrerá de acordo com a consciência que está em tratamento, como já afirmamos em pergunta anterior.


PERGUNTA: - Essa exposição demasiada ao mediunismo não se torna prejudicial e até chocante àqueles que o procuram, quando o comparamos a outras maneiras de fazer caridade, em que a mediunidade é instrumento de amparo e socorro?

VOVÓ MARIA CONGA: - A cada um é dado conforme sua necessidade e condição existencial. Nos dias de hoje, ninguém adentra um templo umbandista, no culto evangélico ou na palestra doutrinária do centro espírita obrigado. A época de impor-se às consciências o "certo" ou "errado", fruto da árvore do julgamento dos homens e dos mandatários religiosos "detentores" da verdade, é fato histórico que jaz sepultado num passado algo recente, mas ausente da realidade espiritual da Terra hoje, embora ainda muito nítido no inconsciente de muitos filhos, bem como em algumas regiões da superfície planetária.
Não havendo imposições e intolerâncias, concluímos que o sentir-se chocado resulta de uma decisão exclusivamente individual. Logo, cabe a esse ser buscar aquilo que o satisfaça em seus anseios espirituais, seja em que local for entre os homens. A exposição ao mediunismo nada mais é que uma lembrança da própria condição de espírito de cada um. O Eu Sou verdadeiro e imortal está momentaneamente aprisionado no pesado corpo de carne, e a sessão mais reservada não livra os consulentes dos assédios e intercâmbios com o Além que ocorrem nas 24 horas do dia e não dependem de um local preparado especialmente para esse fim. Todos são médiuns em maior ou menor grau, e refutar a constância e a naturalidade do mediunismo na vida é como negar o próprio ar que os filhos respiram.
Do livro: “Evolução No Planeta Azul” Ramatís e Vovó Maria Conga/Norberto Peixoto – Editora do Conhecimento.

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