Sabedoria Ramatis

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domingo, 13 de abril de 2014

Enfeitiçamento verbal – III


PERGUNTA: - Gostaríamos de uma explicação mais clara.


RAMATÍS:  Há diferença de "tensão" ou "impacto" no feitiço verbal, ou na praga, quando é pronunciado por um homem egoísta, avarento, invejoso, luxurioso ou pusilânime, pois embora sempre seja crueldade causar qualquer dano ao próximo, a palavra conduz na sua base o fluido gerado pelo pecado fundamental de cada ser! Servindo-nos de um exemplo, algo rudimentar, diríamos que a maldição do avarento é mais avara na sua contextura vocabular daninha, do que a mesma praga pronunciada por um homem pródigo. As pragas proferidas pelas pessoas "otimistas" são bem mais inofensivas do que as maldições das "pessimistas"; as primeiras não conseguem eliminar da base de suas palavras ofensivas o sentido peculiar de verem as coisas de um modo saudável. As segundas, no entanto, através da emissão verbal, vertem toda a sua mágoa do mundo e dos demais seres, pois transbordam um rio de vingança pela ofensa de algumas "gotas de água".
Também existe profunda diferença entre o ato de maldizer e abençoar, que se revela na própria expressão psicofísica da figura humana, porque também difere o tipo e a qualidade de energias que são utilizadas para manifestar cada uma dessas atitudes.
Quando abençoamos, mobilizamos energias dosadas desde o reino espiritual, mental, astral, etérico e físico, na forma de um combustível superior, para expressar a idéia, o sentimento e a emoção sublimes do nosso espírito naquele momento. Durante o ato de abençoar, o homem revela na sua configuração humana a magnitude, altiloqüência, mansuetude e o recolhimento do espírito preocupado em invocar forças superiores e benfeitoras em favor de alguém. O brilho dos olhos, o gesto das mãos, a expressão do rosto e a quietude do corpo formam um conjunto de aspecto atraente, a combinar-se mansamente com o fluido amoroso que sempre acompanha a palavra benfeitora. Há indizível encanto e respeito no gesto da mãe que abençoa o filho, quando ela mobiliza a sua força materna e invoca a condição divina de médium da vida, a fim de rogar ao Criador a proteção amorosa para o seu prolongamento vivo, no mundo. O pior bandido comove-se diante da sinceridade e do sentimento puro de alguém que o abençoa, e não rejeita essa oferenda espiritual, que não humilha nem ofende!
A bênção é uma invocação divina outorgada aos homens para ajudar outros homens, pois, em vez de pedido ou rogativa egotista a favor de quem abençoa, é uma súplica a Deus para beneficiar o próximo. A bênção é a homenagem fraternal, que adoça a alma de quem a recebe e beneficia a quem a dá!


Do Livro: “Magia De Redenção” Ramatís/Hercílio Maes – Editora do Conhecimento.

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