PERGUNTA: - Há fundamento na explicação de que certos centros espíritas ou terreiros são protegidos pelos espíritos trevosos?
RAMATÍS:
- Pois se os espíritos "das sombras" perseguem
e tentam aniquilar os centros espíritas onde prevalece o Evangelho do Cristo, é
óbvio que eles prestam seu apoio e incentivam todos os esforços, reuniões e
agremiações espiríticas ou de Umbanda, onde os conceitos possam ser deformados
e ridicularizados. Deste modo, os mentores do astral inferior recomendam aos
seus tutelados que assistam os trabalhos mediúnicos de baixo nível moral, onde
a tolice, o ridículo, a vaidade e o interesse mercenário constituem um
verdadeiro "desserviço" à linhagem iniciática do Espiritismo.
Acresce,
ainda, que muitas criaturas adulteram as funções da mediunidade, entregando-se
a trabalhos anímicos de Umbanda, semeando sandices e truncando a realidade
espiritual, à guisa de um serviço mediúnico superior. As comunidades do astral inferior
fazem o seu estacionamento nos centros espíritas e terreiros nos quais só
domine a ansiedade do fenômeno espetacular, em vez da "auto-redenção".
Ali estiola-se o espírito de iniciativa, desvirtua-se o discernimento
espiritual e cresce o descuido para com a responsabilidade espiritual do ser. 3
3 - Nota do Revisor: Vide a obra "Nos Domínios da Mediunidade",
capítulo XXVII, intitulado "Mediunidade Transviada", à página 226, em
que o autor focaliza muito bem esse assunto da "proteção" dos legados
das sombras nos trabalhos espíritas de natureza inferior.
PERGUNTA:
- Em geral os espíritas atribuem aos sacerdotes católicos desencarnados a
primazia de "desmanchar" os centros ou reuniões espiríticas. Isso tem
fundamento?
RAMATÍS:
- Não há dúvida de que existe do "lado de cá"
um grande movimento sustentado pelo Clero Romano, no sentido de tolher as
atividades do Espiritismo; e trata-se de iniciativa comandada pelos maus sacerdotes,
isto é, por aqueles que, na Terra, já viveram vida corrupta e censurável no seio
dos próprios templos. Foram homens que, em vez de cumprir com dignidade os
propósitos assumidos para com a Igreja Católica, só buscaram no mundo os gozos
e os benefícios ilícitos protegendo-se pela santidade das vestes sacerdotais.
Quando encarnados, foram prejuízos vivos contra a própria comunidade a que
pertenceram, porquanto desmentiam o trabalho santificado e útil das almas
excelsas que cumpriam seus votos religiosos sob a inspiração do Cristo. A
Igreja Católica não é responsável por esses trânsfugas, que no Além-túmulo
continuam a macular suas vestes sacerdotais em perseguição ao Espiritismo, pois
é dessa mesma Igreja que surgiram as figuras sublimes de um Francisco de Assis,
Vicente de Paulo, Terezinha de Jesus,
Dom Bosco, Antônio de Pádua, Padre Damião e outros, cuja vida foi um hino de beleza
e amor ao próximo.
Como
o rótulo não modifica o vinho azedo e o hábito não faz o monge, esses maus padres
seriam perversos, ambiciosos ou imorais, em qualquer setor de atividade humana
a que se devotassem. Deste modo, eles sempre estariam operando no "lado de
cá", não somente contra o Espiritismo, mas também contra qualquer instituição
espiritualista que se devote a melhorar o padrão espiritual do homem.
Em
verdade, a classe sacerdotal indigna do próprio templo religioso em que conviveram
na Terra, possui, no Espaço, vasta agremiação e movimentos destinados a destruir
na Crosta qualquer esforço de caráter espiritual superior. Dirigem-nos os
gênios "maus" das "Trevas" e atacam qualquer reunião ou
centro espírita que lhes facilite o ensejo demolidor; infiltram-se no seio dos
trabalhadores descuidados e solapam as bases sadias das atividades
construtivas, procurando incentivar a vaidade e promover a confusão entre os
seus participantes. Quando logram comandar algum organismo mediúnico menos vigilante,
destacam-se pelas comunicações pomposas e pela verborragia oca, apresentando-se
com o nome de homens famosos ou de criaturas já santificadas. O nome de homens
famosos ou de criaturas já santificadas.
Inescrupulosos,
sarcásticos e por vezes inteligentes, de longo tirocínio no campo da astúcia,
eles conseguem infiltrar-se entre os espíritas neófitos, que ainda se
entusiasmam pelo fenômeno, muito antes de buscarem sua modificação espiritual.
Quando logram estabelecer a discórdia, a desconfiança e o choque personalístico
entre os membros de uma agremiação espírita, então, eles a destroem depois de
rompida a segurança espiritual mantida pelos protetores do Alto.
Do livro: “Elucidações do Além” Ramatís/Hercílio Maes – Editora do
Conhecimento.
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